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50m livre feminino

50m livre feminino – Natação – Jogos Olímpicos Tóquio 2020 

Recordes dos 50m livre feminino

Recorde mundial: 23s67 – Sarah Sjöström (SUE) – Budapeste (HUN) – 29/07/2017
Recorde olímpico: 24s05 – Ranomi Kromowidjojo (NED) – Londres (GBR) – 04/08/2012
Recorde Brasileiro: – 24s45 – Etiene Medeiros – Rio de Janeiro (BRA) – 12/08/2016

Chances do Brasil nos 50m livre feminino nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020

Oitava colocada nos 50m livre nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 -onde inclusive marcou o recorde sul-americano com 24s45, nas semifinais -, Etiene Medeiros nadará a prova novamente nas piscinas da Olimpíada de Tóquio. A brasileira não conseguiu o índice olímpico na Seletiva Olímpica da Natação em abril e ficou longe de seu recorde pessoal. (era preciso nadar para 24s77 e Etiene fez 24s90)

+ Confira um perfil completo de Etiene Medeiros

A Fina (Federação Internacional de Natação) atendeu a um pedido da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) e assim foi confirmada a participação de Etiene Medeiros nos 50m livre em Tóquio. Ela havia alcançado o índice A da Fina no Troféu Brasil de 2019, mas a competição não estava incluída na lista de eventos válidos dentro da janela para obter a classificação olímpica.

Etiene não nadou bem na Seletiva, tanto que não conseguiu nenhum índice para nenhuma prova individual. Se conseguir baixar sua melhor marca pessoal, provavelmente consiga chegar novamente à final, tal qual em 2016.

Na Rio-2016, Etiene Medeiros ficou em 8º nos 50m, mas bateu o recorde sul-americano e brasileiro na final (CBDA/Satiro Sodré)

Favoritas do 50m livre feminino nos Jogos de Tóquio-2020

A prova dos 50 m livre feminino está bem aberta para os Jogos de Tóquio-2020. Pelo menos dez atletas tem chances de saírem campeãs olímpicas nas piscinas japonesas.

A atual recordista mundial é a sueca Sarah Sjöström, que marcou 23s67 para se tornar campeã mundial em 2017 e desponta com o favoritismo por ser a mulher que mais nadou abaixo dos 24 segundos na história da prova, 16 vezes no total. Foi vice-campeã mundial em 2019, com 24s07, atrás apenas de Simone Manuel dos Estados Unidos com 24s05.

Atual campeã mundial, Simone cresce bastante em competições de alto nível e vive sua melhor fase na carreira, quando venceu também os 100 m livre no Mundial da Coréia. Sua melhor marca é 23s97, se tornando a primeira e única americana a quebrar a barreira dos 24 segundos, até o momento.

50m livre feminino - Natação - Jogos Olímpicos Tóquio 2020 
A sueca Sarah Sjöström, atual recordista mundial da prova, é uma das grandes favoritas nos 50m em Tóquio 2020 (Reprodução)

Mesmo que não viva grande fase, é importante respeitar a campeã olímpica Pernille Blume, da Dinamarca. Blume nunca mais subiu em pódios de nível mundial da prova depois do título olímpico, mas foi vice campeã europeia em 2018 com 23s75, a terceira melhor marca da história.

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Ranomi Kromowidjojo e as irmãs Cate e Bronte Campbell têm conquistado bons resultados no ciclo e são fortíssimas candidatas na Olimpíada de Tóquio 2020, onde pretendem superar as marcas ruins nos Jogos do Rio. Outros bons nomes da prova são Liu Xiang da China, Maria Kameneva da Rússia, Emma Mckeon da Austrália, Anna Hopkin do Reino Unido e Taylor Ruck do Canadá.

O Brasil nos 50m livre feminino dos Jogos Olímpicos

O Brasil possui duas finais olímpicas nos 50m livre feminino, o que torna a prova a única em tal quesito na história da natação brasileira.

A primeira final veio com Flávia Delarolli, na Olimpíada de Atenas-2004, onde a atleta ficou em oitavo lugar com o tempo de 25s20, apenas 0s29 segundos atrás de Lisbeth Lenton, medalhista de bronze. Quatro anos depois, Flávia participou também de Pequim-2008, terminando nas eliminatórias em 22º lugar com o tempo de 25s38.

+ Veja a lista dos brasileiros classificados para os Jogos

A outra final olímpica do Brasil veio com Etiene Medeiros, o principal nome atual da natação brasileira feminina. Etiene também terminou em oitavo, com 24s69, porém nas eliminatórias quebrou o recorde brasileiro e sul-americano da prova com 24s45, marca ainda vigente. A atleta será a representante brasileira em Tóquio.

Adriana Salazar e Monica Rezende foram as primeiras representantes do Brasil na prova em Jogos Olímpicos, quando disputaram o evento em Seul-1988. Adriana ficou em 17º, a uma posição de avançar de fase, com o tempo de 26s56 e Mônica terminou em 31º com 27s44.

O Brasil não teve participação olímpica na prova em Barcelona-92, Atlanta-96 e Sydney-2000. Na Olimpíada de Atenas, além de Flávia, Rebeca Gusmão avançou as semifinais, terminando em décimo lugar com 25s31. Por fim, Graciele Hermann, foi a outra atleta olímpica do Brasil na prova, ficando em 22º em Londres-2012 e 40º no Rio-2016.

Histórico dos 50m livre feminino nos Jogos Olímpicos

A prova que define a mulher mais rápida das piscinas também entrou no programa olímpico em Seul-1988, assim como a versão masculina. Em sua estreia olímpica, os 50 m livre feminino foram conquistados pela alemã oriental Kristin Otto. A primeira campeã venceu a prova com 25s49, deixando a chinesa Yang Wenyi, que chegara a Seul como recordista mundial da prova, com a prata e o bronze para a também alemã oriental Katrin Maissner, empatada com a americana Jill Sterkel.

Kristin Otto - Natação - Seul-1988 - 50m livre feminino - Natação - Jogos Olímpicos Tóquio 2020 
A alemã-oriental Kristin Otto foi a primeira campeã olímpica dos 50m livre, na Olimpíada de Seul-1988 (Divulgação/Olympics)

Yang Wenyi, mesmo com uma medalha de prata, saiu decepcionada da Coréia, pois se tornara naquele mesmo ano de 1988 a primeira mulher a quebrar a barreira dos 25 segundos na prova, ao marcar 24s98 no campeonato asiático. Na final olímpica de Seul a atleta piorou o seu tempo em 0s66 pra ser vice campeã olímpica com 25s64.

Quatro anos mais tarde, em Barcelona-1992, quebrou novamente o recorde mundial para enfim se tornar campeã olímpica com 24s79, baixando a então melhor marca de todos os tempos. A prata ficou com a também chinesa Zhuang Yong e o bronze com a americana Angel Martino.

Em Atlanta-96 a americana Amy van Dicken ficou com o ouro com 24s87, sendo a primeira americana a nadar na casa dos 24 segundos.

A partir de Sydney-2000, o domínio na prova foi das europeias, que venceram todas as edições olímpicas desde então. Inge de Bruijn, a maior estrela feminina da história da natação holandesa, é até o momento a única bicampeã olímpica da prova. Nos Jogos na Austrália, foi campeã olímpica com 24s13, novo recorde mundial. Inge foi bicampeã mundial em 2001 e 2003 e marcou 24s58 para levar o ouro olímpico de Atenas-2004.

Assim como na versão masculina, o recorde mundial da prova pendurou por oito anos, de 2000 a 2008, quando o tempo de Inge de Bruijn foi finalmente superado por sua compatriota Marleen Veldhuis, que marcou 24s09 no campeonato europeu. Apenas cinco dias depois, Veldhuis perdeu o recorde para Libby Tricket, que se tornou a primeira atleta da história a quebrar a barreira dos 24 segundos com o tempo de 23s97.

Natacão Inge de Bruijn 50m livre feminino - Natação - Jogos Olímpicos Tóquio 2020 
A holandesa Inge de Bruijn é até hoje a única bicampeã olímpica dos 50m livre (Reprodução)

O pódio da Olimpíada de Pequim-2008 foi formado pela alemã Britta Steffen, com novo recorde olímpico na ocasião (24s09). A prata foi para a americana Dara Torres, que aos 41 anos tornou-se então a atleta mais velha da história da natação a conquistar uma medalha olímpica individual. Já o bronze foi para a jovem revelação da natação australiana Cate Campbell, de apenas 16 anos.

A Holanda mostrou sua força e tradição na prova na olimpíada de Londres-2012 colocando duas atletas no pódio. Ranomi Kromowidjojo, atleta de origem surinamesa, foi campeã olímpica com 24s05, recorde olímpico ainda vigente. Já Marllen Veldhuis, que já possuía três medalhas olímpicas em revezamentos, foi medalhista de bronze. No meio das duas estava a bielorrusa Aliaksandra Herasimenia, com a prata.

Apesar de Holanda e Austrália se digladiaram ao longo do ciclo olímpico seguinte pela hegemonia na prova, as nadadoras das duas nações subiu ao pódio nos Jogos Rio-2016.  Quem levou o ouro foi a jovem dinamarquesa Pernille Blume, que não era cotada para ficar com o título. Blume melhorou quase um segundo de sua marca e venceu com 24s07. A prata ficou com a americana Simone Manuel e o bronze, talvez mais surpreendente ainda, com a bielorrussa Herasimenia, que vivia uma péssima fase técnica e sem resultados expressivos desde a Olimpíada de Londres.

As medalhistas dos 50m livre feminino nos Jogos Olímpicos

JogosOuroPrataBronze
Seul 1988Kristin Otto (GDR)Yang Wenyi (CHN)Katrin Meissner (GDR)
Jill Sterkel (USA)
Barcelona 1992Yang Wenyi (CHN)Zhuang Yong (CHN)Angel Martino (USA)
Atlanta 1996Amy Van Dyken (USA)Le Jingyi (CHN)Sandra Völker (GER)
Sydney 2000Inge de Bruijn (NED)Therèse Alshammar (SWE)Dara Torres (USA)
Atenas 2004Inge de Bruijn (NED)Malia Metella (FRA)Libby Lenton (AUS)
Pequim 2008Britta Steffen (GER)Dara Torres (USA)Cate Campbell (AUS)
Londres 2012Ranomi Kromowidjojo (NED)Aliaksandra Herasimenia (BLR)Marleen Veldhuis (NED)
Rio 2016Pernille Blume (DEN)Simone Manuel (USA)Aliaksandra Herasimenia (BLR)

Quadro de medalhas dos 50m livre feminino nos Jogos Olímpicos

PaísOuroPrataBronzeTotal
Holanda3014
China1304
Estados Unidos1236
Alemanha Oriental1012
Alemanha1012
Dinamarca1001
Belarus0112
França0101
Suécia0101
Austrália0022