Silvana Lima

(reprodução/Instagram)

Experiente surfista e duas vezes vice-campeã mundial, Silvana Lima é uma dos dois atletas que representarão o Brasil no surfe feminino nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Ao lado de Tatiana Weston-Webb, é uma das esperanças da modalidade estreante em Olimpíadas.

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Surfando na madeira

Uma experiente cearense com um surfe a frente do seu tempo que batalhou muito para chegar aonde chegou. Silvana Lima passou a infância morando em uma barraca de praia com a mãe e quatro irmãos, sem cama e quarto em Paracuru, no Ceará.

Começou a surfar aos sete anos de idade com pedaços de madeira, por influência de seus irmãos mais velhos, sem outras intenções que não fossem a de se divertir. A menina viu que tinha jeito para a coisa e decidiu investir na carreira de surfista.

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Decidiu sair de casa em 2002, aos 17 anos, para tentar a sorte nas águas do Rio de Janeiro. Sem patrocínio, teve que se virar na capital fluminense. Começou a vencer competições amadoras e a investir o dinheiro em sua carreira. Conseguiu, também, comprar uma casa para sua mãe e seus irmãos.

Pioneira no Circuito Mundial

Seu talento logo a levou para ao Circuito Mundial de Surfe (WSL). Estreou em 2006 e foi logo chamando a atenção das principais surfistas do mundo. Um ano depois, já terminou o ano na 3ª colocação.

Bateu na trave nos dois anos seguintes, sendo vice-campeã do Circuito Mundial de Surfe em 2008 e em 2009. 2009, por sinal, foi um ano muito marcante para Silvana Lima. A surfista venceu duas provas na Austrália: New South Wales e a tradicional Bells Beach, onde tocou o famoso sino.

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De 2006 a 2012, Silvana Lima terminou o ano entre as cinco melhores do mundo.Uma série de lesões e a falta de apoio/reconhecimento a atrapalharam a surfista oito vezes campeã brasileira. Sem desistir, Silvana voltou com tudo em 2019. Aos 34 anos, idade em que muitos surfistas já estão aposentados, Silvana Lima conquistou a vaga para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 na etapa de Maui, no Havaí, do circuito mundial de surfe feminino.

Em 2021

Silvana Lima participaria dos Jogos Mundiais de surfe da ISA (Associação Internacional de Surfe) para ratificar a vaga para Tóquio. A atleta, no entanto, contraiu Covid-19 e não pode cair na água.