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Anderson Henriques

Ficha TécnicaMedalhas
Nascimento: Caçapava do Sul/RS
Idade: 29 anos (03/03/1992)
Clube: AABLU (SC)
Pan: 1 (2011 -Guadalajara)
Olimpíada: 0

MUNDIAIS
– Chorzow 2021 – 4x400m

Anderson Henriques é um nome do atletismo que fará a sua estreia nos Jogos Olímpicos de Tóquio na disputa do revezamento misto dos 4x400m.

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Na prova de Tóquio, o atleta estará ao lado de Tiffani Marinho, Tabata Vitorino, João Henrique Falcão e Pedro Burmann. Geisa Coutinho será a reserva caso alguém se lesione

Começo sem querer

O esporte sempre este diretamente ligado à infância de Anderson Henriques. Nascido em Caçapava do Sul, no Rio Grande do Sul, o jovem guri sempre adorou praticar esporte desde muito cedo, porém as suas modalidades favoritas eram o futebol e o skate.

Porém, tudo isso mudou após o seu professor pedir para que Anderson completasse o seu time do revezamento 4x100m do colégio. Curioso, o jovem aceitou o convite e rapidamente se apaixonou pela modalidade.

Anderson Henriques teve um início no atletismo de forma inusitada (Divulgação)

Com 18 anos, Anderson Henriques se viu na necessidade de dar um novo salto da carreira e precisou se mudar para a capital do estado, Porto Alegre, para que pudesse entrar numa equipe e se profissionalizar no esporte e alcançar voos mais novos.

Grandes resultados

Treinando pelo Sogipa, Anderson começou a levar o atletismo ainda mais a sério e passou por grandes mudanças. Após começar a correr nos 100m, Anderson descobriu que gostava mais de competir os 200m, porém conseguia os seus melhores resultados nos 400m.

Anderson Henriques Jogos Olímpicos Tóquio revezamento misto 4x400m 400m
Anderson Henriques acumula grandes resultados no Pan de 2011 e Mundial de 2013 (Divulgação)

Foi na prova maior que conseguiu os seus principais resultados na carreira. Na Universíade de 2013 em Kazan (Rússia), conquistou a medalha de prata. No Campeonato Mundial de Moscou 2013, quebrou duas vezes o seu recorde pessoal, chegando à final. Nos Jogos Pan-Americanos de 2011, em Guadalajara, foi finalista, terminando em 8º lugar. 

Dificuldades acompanham o velocista

Apesar do começo meteórico e animador na carreira, o atleta precisou conviver com problemas que dificultaram muito. Uma das dificuldades foram as lesões. Após ter sido prejudicado por uma forte febre no dia da decisão dos Jogos Pan-Americanos de 2011, o atleta ainda acabou prejudicado com uma pubalgia, que impossibilitou o atleta de buscar uma vaga nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, e uma facite plantar, que prejudicou a sua tentativa de classificação para o Rio 2016.

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A ausência nos Jogos realizados no Brasil causaram ainda mais problemas. Por conta da não classificação, alguns patrocinadores acabaram se desvinculando do velocista, o que acarretou em graves perdas financeiras. Sem uma perspectiva de melhora, o atleta precisou demitir Leonardo Ribas, técnico com que já trabalhava há quase uma década na tentativa de cortar gastos.

Revezamento 4×400 m

Ao mesmo tempo que se destacava nas provas individuais dos 400m, o atleta passou a integrar a equipe brasileira do revezamento 4x400m misto. Em Yokohama, o revezamento teve Lucas Carvalho, Tiffani Marinho, Cristiane Silva e Alexander Russo e fez 3min18s26, na semifinal, recorde brasileiro e sul-americano, e foi 6º na final, com 3min20s71.

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Em Doha, a equipe teve Lucas Carvalho, Tiffani Marinho, Geisa Coutinho e Alexander Russo e foi 8ª colocada (3min16s22), garantindo a presença do Brasil na prova nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Na semifinal, o grupo, com Anderson Henriques no lugar de Alexander, bateu o recorde sul-americano, com 3min16s12. Será a primeira vez que o 4×400 m misto integrará o programa olímpico do atletismo.

Em 2021

Pela prova do revezamento misto, o grande destaque da temporada veio na disputa do Campeonato Mundial de Revezamentos, realizado no estádio da Silésia, na cidade de Chorzow, onde a equipe brasileira conquistou a medalha de prata ao completar a prova 3min17s54.

Na ocasião, a equipe foi formada por Geisa Coutinho, Anderson Henriques, Tiffani Marinho e Alison Santos e ficou atrás da primeira colocada Itália (3min16s60) e à frente da República Dominicana, que ficou com o bronze com o tempo de 3min17s58. Vão chegar com chances em Tóquio.

Tiffani Marinho - 400m e revezamento 4x400m misto - Olimpíada de Tóquio 2020
Revezamento brasileiro conquistou a medalha de prata na Polônia (Reprodução)