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BMX Race feminino

BMX Racing feminino – Ciclismo BMX – Jogos Olímpicos Tóquio 2020 

Chances do Brasil no BMX Racing feminino nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020

Em Tóquio, o Brasil será novamente representado por Priscilla Stevaux no BMX Racing feminino. Por ter terminado na nona colocação do ranking mundial por países, o Brasil ganhou o direito de enviar uma ciclista para os Jogos Olímpicos. Melhor brasileira no ranking mundial, na 37ª colocação, Priscilla foi a escolhida pela CBC (Confederação Brasileira de Ciclismo) para representar o país em Tóquio. Caberá a Priscilla a dura missão de tentar pela primeira vez na história levar o país para a final do BMX em Olimpíadas.

Melhor brasileira no ranking mundial, Priscilla Stevaux será a nossa representante no BMX Race em Tóquio (Divulgação)

+ Veja a lista dos brasileiros classificados para os Jogos

Histórico do Brasil no BMX Racing feminino nos Jogos Olímpicos

A primeira participação brasileira na prova feminina do BMX foi em Londres-2012. Após ficar de fora da estreia da modalidade em Pequim-2008, o país conseguiu sua classificação para a edição britânica do maior evento esportivo através de Squel Stein. A catarinense de Ibirama acabou terminando na última colocação em sua bateria semifinal, não conseguindo avançar para a final.

Quatro anos depois, nas Olimpíadas disputadas no Rio de Janeiro em 2016, o Brasil contou com a participação de Priscilla Carnaval. A sorocabana acabou repetindo o desempenho de Squel Stein, terminando na oitava colocação em sua bateria, sem conseguir avançar para a final.

Favoritas do BMX Racing feminino nos Jogos de Tóquio-2020

Maior nome do BMX Racing atualmente, a colombiana Mariana Pajón tentará em Tóquio conquistar a sua terceira medalha de ouro consecutiva na prova. Caso consiga, Pajón será a primeira ciclista de BMX a conseguir tal feito, tanto entre homens quanto entre mulheres.

Entretanto, Pajón não terá tarefa fácil, já que este foi o ciclo em que a colombiana mais encontrou resistência de suas rivais, tendo conquistado apenas uma medalha de bronze em mundiais, no ano de 2017. Campeã pan-americana de Lima-2019, Mariana Pajón terá de se superar para manter a sua hegemonia em Jogos Olímpicos.

As principais ameaças à Pajón são Alise Post e Laura Smulders. A americana Alise Post atualmente assina seu nome como Alise Whilloughby após se casar, mas sua performance segue a mesma, senão ainda melhor. Campeã mundial em 2017, a americana voltou a conquistar o título, com seu novo nome, em 2019 na cidade de Heusden-Zolder, na Bélgica. Alise ocupa atualmente a 11ª colocação do ranking mundial nessa temporada.

Alise Post BMX Race
Atual campeã mundial, a americana Alise Post ameaça a hegemonia da colombiana Mariana Pajon (Reprodução)

Já a holandesa Laura Smulders vem de um bronze olímpico conquistado na Rio-2016, mas dessa vez quer subir no topo do pódio. Com um ciclo olímpico bastante consistente, Smulders é a atual líder do ranking mundial da temporada e conquistou a medalha de ouro no mundial de 2018 e a medalha de prata no mundial de 2019, quando terminou atrás de Alice Post.

Outras holandesas e americanas também devem aparecer com boas possibilidades de pódio, já que são as nações mais fortes do ciclo e as únicas que conseguirão enviar três atletas para a disputa do BMX Race feminino. Dos Estados Unidos, aparecem Payton Ridenour, terceira colocada no ranking da Copa do Mundo e 14ª no ranking mundial, e Felicia Stancil. Da Holanda, também estarão presentes a irmã de Laura, Merel Smulders, medalhista de prata no Campeonato Mundial de 2018, e Judy Baauw, medalhista de bronze na mesma competição.

Também aparecem com chances a australiana Caroline Buchanan, vice-campeã mundial em 2017, a francesa Axelle Étienne, medalhista de bronze no Mundial de 2019 e 12ª colocada no atual ranking mundial, além das ciclistas da Rússia. 

Histórico do BMX Racing feminino nos Jogos Olímpicos

O BMX estreou em Jogos Olímpicos em Pequim-2008 e tem a Colômbia como sua maior vencedora no feminino, com duas medalhas de ouro. Em seguida, aparece a França com um ouro e uma prata, e os Estados Unidos com uma prata e um bronze. O Brasil conta com duas participações olímpicas, em 2012 e 2016, ficando de fora apenas da estreia da modalidade em Pequim-2008. Nas duas edições em que o Brasil participou nossas representantes não alcançaram a final.

A primeira campeã olímpica foi a francesa Anne-Caroline Chausson na edição de Pequim-2008. Um dos maiores nomes do ciclismo feminino, a francesa dominou várias modalidades do esporte além do BNX, como o downhill, o cross-country, mountain bike e o enduro. Ao todo, antes do BMX ter se tornado olímpico, a francesa já havia conquistado 16 medalhas de ouro em campeonatos mundiais, seja júnior ou sênior. A medalha de prata em Pequim ficou com outra francesa, Laetitia Le Corguillé, enquanto o bronze foi conquistado por Jill Kintner, dos Estados Unidos.

Para muitos o maior nome da história do BMX Race feminino, a colombiana Mariana Pajón brilhou nas duas últimas Olimpíadas disputadas, Londres-2012 e Rio de Janeiro-2016, se sagrando a primeira mulher a se tornar bicampeã olímpica da modalidade. Grande estrela do esporte colombiano e sete vezes campeã mundial, a ciclista chegou aos Jogos Olímpicos de Londres como a grande favorita da categoria e não decepcionou.

Mariana Pajón Ciclismo BMX
Maior nome do BMX, a colombiana Mariana Pajón tem dois ouros olímpicos no currículo e busca o terceiro em Tóquio (Divulgação/Red Bull)

Após ficar em terceiro na tomada de tempo, Mariana Pajón desbancou grandes nomes da modalidade para ficar com o ouro. A neozelandesa Sarah Walker, três vezes medalhista de ouro em mundiais em diferentes provas do BMX, ficou com a medalha de prata, enquanto o bronze foi conquistado pela holandesa Laura Smulders.

O segundo ouro de Mariana Pajón foi conquistado no Rio de Janeiro em 2016. Os colombianos compareceram em peso no dia da final do BMX para presenciarem o show de sua compatriota em terras brasileiras. Com o Parque de Deodoro tomado por bandeiras colombianas, Pajón não decepcionou e confirmou seu favoritismo, tornando-se a primeira bicampeã olímpica da modalidade e da Colômbia. Alise Willoughby, dos Estados Unidos, ficou com a medalha de prata, enquanto a venezuelana Stefany Hernández levou o bronze.

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As medalhistas BMX Racing feminino nos Jogos Olímpicos

JogosOuroPrataBronze
Pequim 2008Anne-Caroline Chausson (FRA)Laëtitia Le Corguillé (FRA)Jill Kintner (USA)
Londres 2012Mariana Pajón (COL)Sarah Walker (NZL)Laura Smulders (NED)
Rio 2016Mariana Pajón (COL)Alise Post (USA)Stefany Hernández (VEN)

Quadro de medalhas do BMX Racing feminino nos Jogos Olímpicos

PaísOuroPrataBronzeTotal
Colômbia2002
França1102
Estados Unidos0112
Nova Zelândia0101
Holanda0011
Venezuela0011