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Revezamento 4x100m masculino

Jogos Pan-Americanos Lima 2019 – Atletismo – Revezamento 4x100m masculino

Chances do Brasil

Depois de conquistar quatro vezes seguidas a medalha de ouro no revezamento 4x100m masculino, entre os Jogos Pan-Americanos de Winnipeg 1999 e Guadalajara 2011, o Brasil chega a Lima 2019 com grandes chances de voltar a subir no lugar mais alto do pódio. A equipe convocada é a mesma que sagrou-se campeã no Mundial de revezamentos, disputado em maio:  Paulo André de Oliveira, Rodrigo Nascimento, Derick Souza e Jorge Henrique Vides. Erik Felipe Cardoso, campeão brasileiro e sul-americano na categoria sub-20, será o reserva.

Além de ter alcançado recentemente a maior glória da história do revezamento 4x100m masculino nacional, a equipe brasileira chegará a Lima 2019 com um favoritismo ainda maior porque Estados Unidos e Jamaica, que seriam os principais concorrentes pela medalha de ouro, não costumam mandar seus principais velocistas para os Jogos Pan-Americanos.

Local da competição

Estádio Atlético Pan-Americano

Local: Lima

Capacidade: 12.000 torcedores

Estrela dos Jogos

Apesar de só ter levado uma medalha de ouro nas últimas sete edições dos Jogos Pan-Americanos, os Estados Unidos seguem sendo os maiores vencedores do revezamento 4x100m masculino. Entre Buenos Aires 1951 e Indianápolis 1987, o domínio foi praticamente completo. Em dez edições, foram nove medalhas de ouro e uma de bronze. O único país que conseguiu quebrar a hegemonia foi a Jamaica em Cáli 1971.

Na última dessa sequência de conquistas, os Estados Unidos contou com a presença de Carl Lewis (foto), um dos maiores velocistas de todos os tempos. De lá para cá, no entanto, os americanos optaram por levar equipes mais jovens para os Jogos Pan-Americanos e, ainda assim, levaram duas pratas e um bronze em seis edições. O fim do jejum aconteceu em Toronto 2015, quando o país voltou a subir no lugar mais alto do pódio no revezamento 4x100m masculino, mas a vitória só aconteceu porque a equipe canadense, que tinha vencido a prova, acabou desclassificada.

Nossos Pódios

O Brasil é o segundo maior vencedor da história do revezamento 4x100m masculino nos Jogos Pan-Americanos, atrás apenas dos Estados Unidos, com quatro medalhas de ouro, uma de prata e duas de bronze. Depois de passar em branco nas sete primeiras edições, os brasileiros chegaram ao pódio pela primeira vez em San Jan 1979. A equipe ficou em terceiro lugar com Milton de Castro, Rui da Silva, Nelson dos Santos e Altevir de Araújo.

Quatro anos depois, em Caracas, o Brasil alcançou de novo a medalha de bronze com Gerson de Souza, João Batista de Silva, Nelson dos Santos, único remanescente dos Jogos anteriores, e o então jovem Robson Caetano. Mas a primeira vitória teve que esperar 16 anos e só saiu nos Jogos Pan-Americanos Winnipeg 1999.

Com Claudinei Quirino, André Domingos, Edson Ribeiro e Vicente Lenílson, o Brasil faturou a medalha de ouro. Feito que foi repetido nas três edições seguintes dos Jogos Pan-Americanos. Em Santo Domingo 2003, a mesma equipe de quatro anos antes subiu ao lugar mais alto do pódio. No Rio de Janeiro 2007, Vicente Lenílson levou sua terceira medalha de ouro no revezamento 4x100m masculino, mas com a companhia de Rafael Ribeiro, Basílio Morais e Sandro Viana.

Em Guadalajara 2011, Sandro Viana repetiu a dose ao lado de Ailson Feitosa, Nilson André e Bruno de Barros. Em Toronto 2015, o Brasil teve sua sequência de conquistas quebrada, mas ficou com a medalha de prata com Gustavo dos Santos, Vitor Hugo dos Santos, Bruno de Barros e Aldemir Júnior.

Medalhistas

ANOMedalha de ouroTEMPOMedalha de prataTEMPOMedalha de bronzeTEMPO
1951 EUA41.0 Cuba41.2 Argentina41.8
1955 EUA40.96Venezuela41.36 México41.94
1959 EUA40.4Venezuela41.1 Jamaica41.6
1963 EUA40.40Venezuela40.71 Trinidad e Tobago40.87
1967 EUA39.05 Cuba39.26Colômbia Colômbia39.92
1971 Jamaica39.28 Cuba39.84 EUA39.84
1975 EUA38.31 Cuba38.46 Canadá38.86
1979 EUA38.85 Cuba39.14 Brasil39.44
1983 EUA38.49 Cuba38.55 Brasil39.08
1987 EUA38.41 Cuba38.86 Jamaica38.86
1991 Cuba39.08 Canadá39.95 Ilhas Virgens Americanas41.
1995 Cuba38.67 EUA39.12 México39.77
1999 Brasil38.18 Canadá38.49 Jamaica38.82
2003 Brasil38.44 Trinidad e Tobago38.53 Cuba39.09
2007 Brasil38.81 Canadá38.87 EUA38.88
2011 Brasil38.18 São Cristóvão e Névis38.81 EUA39.17
2015 EUA38.27 Brasil38.68 Trinidad e Tobago38.69

Quadro de Medalhas

OrdemPaísMedalha de ouroMedalha de prataMedalha de bronzeTotal
1 EUA102214
2 Brasil4127
3 Cuba27110
4 Jamaica1034
5 Canadá0314
6Venezuela0303
7 Trinidad e Tobago0123
8 São Cristóvão e Névis0101
9 México0022
10 Argentina0011
 Colômbia0011
 Ilhas Virgens Americanas0011

A prova

O revezamento 4x100m rasos é uma modalidade olímpica de atletismo, disputada por equipes de velocistas. A prova é constituída por quatro percursos iguais de 100 metros, percorridos por quatro atletas alternadamente e em sequência, na mesma raia, completando uma volta inteira na pista padrão de 400 metros, carregando um bastão que deve ser passado entre eles.

Apesar do conceito da corrida em revezamento poder ser traçado desde a Grécia Antiga, onde bastões com mensagens em seu interior eram entregues através de uma série de correios, os estafetas, daí o seu nome no português europeu, o revezamento moderno descende das corridas de caridade organizadas pelos bombeiros de Nova York nos anos 1880, em que bandeirolas vermelhas eram entregues a cada 300 jardas.

Regras

Quatro velocistas, na mesma raia designada e marcada no chão da pista, correm 100 m cada um para completar uma volta no estádio. Durante suas corridas individuais eles devem carregar um bastão que deve ser passado ao próximo corredor dentro de uma faixa de troca de 20 metros marcada no chão, 10 metros antes e 10 metros depois da linha de partida de cada “perna” subsequente. O corredor à frente geralmente começa a correr em velocidade total com um braço esticado para trás para receber o bastão do corredor anterior. A entrega dele fora da área designada resulta em desclassificação da equipe. Caso ocorra a queda do bastão, o atleta que recebeu deve voltar e buscar. Tecnicamente, é uma prova onde a sincronia perfeita na troca de bastões pode compensar uma inferioridade na velocidade dos corredores