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Patrícia Matieli Machado

Patrícia Matieli – seleção brasileira de handebol feminino – Jogos Olímpicos de Tóquio 2020

Ficha TécnicaMedalhas
Nascimento:. Rio de Janeiro/RJ
Idade: 32 anos (8/11/1988)
Altura: 1,68m
Clube: MKS Zagłębie Lubin/ Polônia
Olimpíada: 0
Pan: 1 (Lima-2019)

PAN
Lima-2019

Patrícia Matieli Machado, também conhecida como Pati Matieli, é uma das duas armadoras centrais da seleção brasileira feminina de handebol que participará de sua primeira edição olímpica nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

+ Tabela, chances do Brasil, favoritos e mais: Saiba TUDO sobre o handebol feminino em Tóquio 2020

Atual campeã da Polônia e eleita melhor armadora da liga pelo segundo ano consecutivo, será importante na rotação com a experiente e campeã mundial Ana Paula Belo na seleção brasileira comandada pelo técnico Jorge Dueñas.

Escola, pra variar

Assim como boa parte das atletas profissionais, o começo de Matieli no esporte teve uma influência direta da família e da escola. Se considerando “muito ativa” desde cedo, a escolha pelo caminho esportivo foi natural.

“Comecei jogando no meu colégio com 11 anos, eu já praticava outros esportes e conheci o handebol através do convite da minha prima que fazia parte da equipe de handebol do colégio. Depois que joguei a primeira vez não parei mais,” declarou a jogadora em entrevista ao jornalista Paulo Chaccon, do Olimpíada Todo Dia.. 

Atleta de diversas modalidades, a jogadora da seleção brasileira de handebol feminino teve que fazer uma escolha após um período e ela acabou não sendo difícil. Um pouco mais velha, mas ainda na escola, recebeu uma bolsa de estudos em um colégio para jogar handebol e preferiu a modalidade. 

O passo para o handebol deixar de ser uma forma de estudar em um colégio melhor e passar a ser profissão aconteceu de maneira natural. Depois de algum tempo no Rio de Janeiro, seu estado natal, Patricia Matieli foi contratada para atuar pela extinta equipe da Metodista São Bernardo, foi bicampeã da Liga Nacional e decidiu migrar para a Europa.

49 para sempre

Antes de ir ao velho continente, no entanto, o mundo de Matieli se estremeceu. Dona Sônia Matieli, mãe da jogadora da seleção brasileira de handebol, sofreu um infarto. De forma fulminante e sem aviso prévio, o coração de Sônia parou de bater e Patrícia sentiu. 

Jogando no Brasil na época do acontecido mas sem estar por perto da mãe neste momento difícil, a jogadora tomou uma decisão.

“Eu uso o número 49 desde que eu estava na Metodista São Bernardo. Decidi por ele porque foi com essa idade que minha mãe sofreu um infarto severo e nem a medicina explica como ela conseguiu sobreviver. É a maneira que eu encontrei de homenagear e jogar com ela”. 

Patricia Matieli e Dona Sônia anos após o infarto
Patricia Matieli e Dona Sônia anos após o infarto (Arquivo Pessoal)

A carioca virou polaca

Longe do Brasil desde 2015, a escolha do país para jogar na Europa foi pouco usual. Normalmente, quando falamos do handebol, a Espanha aparece como um país “porta de entrada” dos brasileiro no velho continente. Entretanto, Patricia Matieli decidiu por uma rota pouco comum na modalidade. 

“Sei que a Espanha é uma porta de entrada mais natural por ser um país mais parecido com o Brasil. Eu já tinha recebido outras propostas mas não me interessei. Quando surgiu a proposta do Vistal Gdynia, da Polônia, era o fim da temporada brasileira, então veio no momento ideal. A proposta era boa e, por mais que a Polônia tenha uma grande diferença cultural, clima e idioma, eu aceitei esse desafio com a mente aberta e estou aqui até hoje, já são 5 temporadas”. 

MKS Zagłębie Lubin Handebol
(Facebook/MKS Zagłębie Lubin)

Times com muitas consoantes

No velho continente, Pati Matieli já defendeu Vistal Gdynia, entre 2015 e 2018, e desde então é jogadora do MKS Zagebie Lublin. Na Polônia a jogadora já conquistou uma Liga Nacional e uma Copa do país, além de ter sido eleita melhor armadora central da liga polonesa em 2019/2020. 

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Sobre o atual momento da carreira, Matieli é direta.

“Desde que cheguei na Polônia tive um crescimento como atleta e também como pessoa e sinto que posso evoluir ainda mais. Ao longo dos últimos anos eu fiz algumas escolhas e hoje percebo o resultado positivo que elas me trouxeram. Hoje me sinto confortável dentro da minha equipe, sei da importância e responsabilidade que tenho perante o time e isso vem refletindo positivamente dentro de quadra”. 

Patrícia Matieli Copa da Polônia de handebol feminino
Pati atuando na lPolônia (Divulgação MKS Zagłębie Lubin)

Chegada já experiente na seleção brasileira

A partir do momento em que ganhou destaque dentro de quadra na Europa, Pati Matieli cresceu também na seleção brasileira. Presente em convocações para treinamentos, a jogadora passou a competir de maneira oficial em 2017 com a equipe nacional e, desde então, não saiu mais. 

Presente nas disputas de dois mundiais, teve boa atuação nos Jogos Pan-Americanos de lima em 2019, onde ajudou o país a conquistar o hexacampeonato. É, até o momento, seu maior resultado com a seleção feminina. Tem ainda um ouro no Campeonato Sul-americano de 2018. .

Pati Matieli Tóquio Maior Sonho
Pati Matieli arremessando com a seleção feminina (Reprodução/Facebook)

Em 2021

Na atual edição da Liga Polonesa, Patrícia Matieli teve outro ano ano de destaque de maneira constante. Além de sagrar-se campeã polonesa pela primeira vez (ficou com o vice na temporada anterior), recebeu o prêmio de melhor armadora do ano pela segunda temporada consecutiva.

Com a seleção brasileira de handebol feminino, participou em abril do torneio amistoso na Croácia que tinha as donas da casa, a seleção feminina e a atual campeã mundial Holanda. Na ocasião, o Brasil venceu bem a Holanda e perdeu para a Croácia no fim, ficando com o segundo lugar.

Em julho, nos amistosos da seleção feminino preparatórios para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, atuou bem e foi convocada para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.