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Boxe

Boxe nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020

Categorias

Calendário

DataEventoTempo/Resultado
57 kg feminino – Rodada de 32
69 kg feminino – Rodada de 32 x
57 kg masculino – Rodada de 32 x
69 kg masculino – Rodada de 32 x
91 kg masculino – Rodada de 32
57 kg feminino – Rodada de 32 x
57 kg masculino – Rodada de 32 x
69 kg masculino – Rodada de 32 x
Acima de 91kg masculino – Rodada de 32 x
51 kg feminino – Rodada de 32
75 kg feminino – Rodada de 32 x
81 kg masculino – Rodada de 32
51 kg feminino – Rodada de 32 x
63 kg masculino – Rodada de 32 x
63 kg masculino – Rodada de 32 - Wessan Salamana (REF) x Wanderson Oliveira (BRA)
81 kg masculino – Rodada de 32 x
52 kg masculino – Rodada de 32 x
75 kg masculino – Rodada de 32 x
57 kg feminino – Oitavas de final x
52 kg masculino – Rodada de 32 x
75 kg masculino – Rodada de 32 x
57 kg feminino – Oitavas de final - Jucielen Romeu (BRA) x Kerriss Artingstall (GBR)
69 kg masculino – Oitavas de final x
60 kg feminino – Rodada de 32
69 kg feminino – Oitavas de final x
69 kg masculino – Oitavas de final x
91 kg masculino – Oitavas de final x
91 kg masculino – Oitavas de final - Abner Teixeira (BRA) x Cheavon Clarke (GBR)
60 kg feminino – Rodada de 32 x
69 kg feminino – Oitavas de final x
57 kg feminino – Quartas de final x
75 kg feminino – Oitavas de final x
57 kg masculino – Oitavas de final x
81 kg masculino – Oitavas de final - Keno Machado (BRA) x Daxiang Chen (CHN)
57 kg feminino – Quartas de final x
75 kg masculino – Oitavas de final - Hebert Sousa (BRA) x Erbieke Tuoheta (CHN)
75 kg feminino – Oitavas de final x
57 kg masculino – Oitavas de final x
81 kg masculino – Oitavas de final x
75 kg masculino – Oitavas de final x
Acima de 91kg masculino – Oitavas de final x
75 kg masculino – Oitavas de final x
Acima de 91kg masculino – Oitavas de final x
51 kg feminino – Oitavas de final x
51 kg feminino – Oitavas de final - Graziele de Jesus (BRA) x Tsukimi Namiki (JAP)
60 kg feminino – Oitavas de final x
69 kg feminino – Quartas de final x
69 kg masculino – Quartas de final x
81 kg masculino – Quartas de final x
81 kg masculino – Quartas de final - Keno Machado (BRA) x Benjamin Whittaker (GBR)
91 kg masculino – Quartas de final x
60 kg feminino – Oitavas de final x
60 kg feminino – Oitavas de final - Beatriz Ferreira (BRA) x Shih-Yi Wu (TPE)
69 kg feminino – Quartas de final x
69 kg masculino – Quartas de final x
81 kg masculino – Quartas de final x
91 kg masculino – Quartas de final - Abner Teixeira (BRA) x Hussein Eishaish (JOR)
52 kg masculino – Oitavas de final x
63 kg masculino – Oitavas de final x
75 kg feminino – Quartas de final x
57 kg feminino – Semifinal 1 x
52 kg masculino – Oitavas de final x
63 kg masculino – Oitavas de final - Dzmitry Asanau (BLR) x Wanderson Oliveira (BRA)
75 kg feminino – Quartas de final x
57 kg feminino – Semifinal 2 x
51 kg feminino – Quartas de final x
57 kg masculino – Quartas de final x
69 kg masculino – Semifinal x
75 kg masculino – Quartas de final x
81 kg masculino – Semifinal 1 x
Acima de 91 kg masculino – Quartas de final x
51 kg feminino – Quartas de final x
57 kg masculino – Quartas de final x
69 kg masculino – Semifinal 2 x
75 kg masculino – Quartas de final - Hebert Sousa (BRA) x Abilkhan Amankul (CAZ)
81 kg masculino – Semifinal x
Acima de 91 kg masculino – Quartas de final x
52 kg masculino – Quartas de final x
57 kg masculino – Semifinal 1 x
63 kg masculino – Quartas de final x
91 kg masculino – Semifinal x
60 kg feminino – Quartas de final x
57 kg feminino – Final x
60 kg feminino – Quartas de final x
60 kg feminino – Quartas de final - Beatriz Ferreira (BRA) x Raykhona Kodirova (UZB)
52 kg masculino – Quartas de final x
57 kg masculino – Semifinal 2 x
63 kg masculino – Quartas de final x Wanderson de Oliveira (BRA) x Andy Cruz (CUB)
91 kg masculino – Semifinal 2 x Abner Teixeira x Julio La Cruz
69 kg masculino – Final x
51 kg feminino – Semifinal x
69 kg feminino – Semifinal x
Acima de 91 kg masculino – Semifinal x
81 kg masculino – Final x
60 kg feminino – Semifinal x
60 kg feminino – Semifinal - Beatriz Ferreira (BRA) x Mira Potkonen (FIN)
52 kg masculino – Semifinal x
75 kg masculino – Semifinal x
75 kg masculino – Semifinal - Hebert Sousa (BRA) x Gleb Bakshi (RUS)
57 kg masculino – Final x
75 kg feminino – Semifinal x
63 kg masculino – Semifinal x
91 kg masculino – Final x
52 kg masculino – Final x
51 kg feminino – Final x
75 kg masculino – Final x Hebert Sousa (BRA) x Oleksandr Khyzhniak (UCR)
69 kg feminino – Final x
60 kg feminino – Final x Beatriz Ferreira (BRA) x Kellie Anne Harrington (IRL)
63 kg masculino – Final x
75 kg feminino – Final x
Acima de 91 kg masculino – Final x

Local da competição

As disputas do boxe nos Jogos Tóquio-2020 acontecerão na Ryogoku Kokugikan, também chamada de Ryogoku Sumô Hall, tradicional palco de lutas de sumô e que também hospeda um museu dessa modalidade tradicional do Japão. Aberta em 1985 a arena tem o seu interior em formato de tigela, para que os espectadores pudessem assistir as lutas de sumô de qualquer ponto dela. Durante a Olimpíada, a Ryogoku Kokugikan terá a capacidade de receber 7.300 mil torcedores.

O Brasil no boxe dos Jogos Olímpicos

O Brasil participou pela primeira vez do torneio olímpico na edição de Londres-1948, quando contou com a participação de quatro pugilistas. Manoel do Nascimento, no peso-galo, José do Nascimento Dias, no peso-pena, Vicente dos Santos, no peso-pesado, e Ralph Zumbano, no peso leve. Enquanto Ralph avançou até as quartas de final em sua chave, mas acabou não resistindo aos golpes do americano Wallace Smith.

Nas edições seguintes o Brasil seguiu enviando representantes aos Jogos Olímpicos, mas a primeira medalha só veio na edição de 1968, na Cidade do México, com o bronze de Servílio de Oliveira no peso-mosca. No México, Servílio venceu seus dois primeiros confrontos contra Engin Yedgard, da Turquia, e Joe Destimo, de Gana. Nas semifinais, Servílio foi derrotado pelo mexicano Ricardo Delgado, assegurando assim a primeira medalha de bronze do país no boxe olímpico. Seu algoz, Ricardo Delgado, acabou se sagrando campeão olímpico.

Por mais de 40 anos o país não conseguiu avançar além das quartas de final, passando perto de conquistar uma medalha olímpica. Somente na edição de Londres-2012 o país voltou a subir ao pódio no boxe.

A primeira medalha do boxe naquela edição foi conquistada por Adriana Araujo, na categoria leve feminino. Era a primeira vez que as mulheres subiam ao ringue olímpico. Adriana, natural de Salvador, foi uma das pioneiras do boxe brasileiro nesse novo desafio. A baiana se tornou a primeira mulher brasileira a vencer uma luta olímpica no confronto contra a cazaque Saida Khassenova. No confronto seguinte, mais uma vitória, agora contra Mahjouba Oubtil, do Marrocos.

Na semifinal, Adriana foi derrotada pela russa Sofya Ochigava, mas assegurou a medalha de bronze, a primeira medalha do boxe feminino do país. Ela ainda colocou fim a um jejum de 44 anos do país sem conquistas na modalidade. Para completar, a medalha da baiana foi a de número 100 do Brasil na história olímpica entre todos os esportes.

A segunda medalha de Londres-2012 veio com Yamaguchi Falcão na categoria meio-pesado. Vindo de uma família de boxeadores, Yamaguchi se classificou para as Olímpiadas de Londres-2012 juntamente com o seu irmão, Esquiva Falcão. Capixaba de São Mateus, Yamaguchi precisou vencer três adversários até se classificar para as semifinais, incluindo o cubano Julio Cézar De La Cruz, campeão mundial e grande favorito ao ouro na capital britânica. Nas semifinais o capixaba acabou sendo derrotado pelo russo Egor Mekhontsev, mas assegurou sua medalha de bronze.

A terceira medalha brasileira em Londres veio com o irmão mais novo de Yamaguchi, Esquiva Falcão. O capixaba de Vitória estreou no torneio olímpico vencendo o azeri Soltan Migitinov. Na fase seguinte a vitória foi contra Zoltán Harcsa, da Hungria, se classificando para a semifinal. Contra o dono da casa, superou o britânico Anthony Ogogo, avançando a uma inédita final para o Brasil em Olimpíadas.

Diante do japonês Ryota Murata, uma luta equilibrada, onde Murata acabou sendo considerado vencedor pela arbitragem por 14 a 13, com as punições dadas pelo árbitro central contra Esquiva sendo decisivas para o resultado, apesar do protesto da delegação brasileira. De toda forma, a prata de Esquiva Falcão era até então o melhor resultado do Brasil no boxe.

Quatro anos depois, na Rio-2016, Robson Conceição foi o responsável pela maior glória do boxe olímpico do Brasil. Natural de Salvador, o pugilista já havia participado de outras duas edições olímpicas, mas acabou passando longe da luta por medalhas. O baiano era apontado como um dos favoritos ao pódio Rio e não decepcionou.

Em seu primeiro confronto, vitória fácil por nocaute contra Anvar Yusunov, do Tadjiquistão. No confronto seguinte a vitória foi contra o uzbeque Hurshid Tojibaev. A luta da semifinal foi a mais difícil, sendo considerada a final antecipada da categoria, quando Robson enfrentou o cubano Lázaro Álvarez, bicampeão mundial e medalhista de bronze em Londres-2012. Apesar da a dificuldade, o brasileiro venceu e foi à final. Diante do francês Sofiane Oumiha, Robson confirmou o favoritismo e assegurou a primeira medalha de ouro do boxe brasileiro em Jogos Olímpicos.

Em Tóquio os brasileiros Wanderson Oliveira (63 kg), Keno Machado (81 kg), Hebert Conceição (75 kg), Abner Teixeira (91 kg), Grazieli Jesus (51 kg), Jucielen Romeu (57 kg) e Beatriz Ferreira (60 kg) terão a missão de manter o Brasil no pódio olímpico da modalidade. Caso consigam, será a terceira edição consecutiva em que o Brasil trará medalhas no esporte, um dos mais tradicionais e repletos de estrelas do programa olímpico.

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Grandes nomes do boxe nos Jogos Olímpicos

O boxe tem nos Estados Unidos a sua maior potência, seja no boxe profissional ou no boxe olímpico. Alguns desses boxeadores fizeram história tanto em Jogos Olímpicos quanto no mundo profissional, sendo alguns considerados entre os melhores desportistas da história.

O maior nome desses boxeadores é sem dúvida Muhammad Ali. Nascido Cassius Clay Jr, ele se tornou campeão olímpico em Roma-1960 na categoria meio-pesado aos 18 anos de idade, passando para o boxe profissional logo em seguida. Ao longo de sua carreira conquistou o título mundial dos pesos-pesados por três vezes, tendo se aposentado ainda detendo o seu cinturão.

Ao longo de sua vida o boxeador sempre aliou política e esporte. Após se converter ao islamismo, Ali se recusou a lutar pelos Estados Unidos na Guerra do Vietã. Como punição, acabou tendo o seu título mundial retirado em 1967, sendo proibido de lutar por três anos. Amigo de grandes figuras como Martin Luther King e Malcom X, esteve presente em marchas e protestos do movimento negro americano. Foi considerado pela revista esportiva Sports Illustrated como o maior esportista do século XX. Em 1996 foi o responsável pelo acendimento da pira olímpica dos Jogos de Atlanta.

Outros nomes americanos contemporâneos de Muhammad Ali também fizeram sucesso no boxe olímpico, como Joe Frazier (ouro em Tóquio-1964) e George Foreman (ouro na Cidade do México-1968), entre os pesados; Sugar Ray Leonard, campeão olímpico em Montreal-1976 no meio-médio-ligeiro; Oscar De La Roya, ouro no peso leve em Barcelona-1992; Evander Holyfield, bronze em Los Angeles-1984 no meio-pesado; e Floyd Mayweather Jr, bronze no peso pena em Atlanta-1996.

Cuba faz o contraponto aos Estados Unidos não apenas na política, mas também no esporte. E o boxe é a maior representação dessas diferenças entras as duas nações, potencias esportivas continentais. Cuba começou o seu domínio do esporte a partir da década de 70. Teófilo Stevenson e Félix Sávon são a máxima representação do boxe e do esporte cubano. Tricampeões olímpicos, os dois pugilistas nunca aceitaram propostas milionárias para abandonarem o país em busca do boxe profissional, algo que se tornou recorrente nas últimas décadas.

Teófilo Stevenson talvez seja o maior nome do esporte cubano. Tricampeão olímpico entre os pesados nas edições de 1972, 1976 e 1980, o pugilista é considerado por muitos como o melhor boxeador amador da história. Stevenson não teve a chance de tentar o seu quarto título olímpico devido ao boicote dos países socialistas, ao qual Cuba fazia parte, aos Jogos de Los Angeles-1984. Ele morreu em 2012, aos 60 anos, vítima de um infarto.

Já Félix Savón foi tricampeão olímpico entre Barcelona-1992 e Sydney-2000, também no peso-pesado. Assim como Stevenson, Savón recusou diversas vezes os convites vindos dos Estados Unidos para se profissionalizar. O pugilista dizia lutar por amor ao seu país e não por dinheiro como fazem os profissionais. Félix Savón foi obrigado a se aposentar aos 33 anos em 2000, devido ao limite de 34 anos impostos ao boxe amador na época.

A Europa concentra um grande número de medalhistas olímpicos e mundiais no boxe amador. Entre os países de maior destaque estão Rússia, Polônia, Irlanda, Azerbaijão e Hungria. A maior potência europeia, entretanto, é a Grã-Bretanha. Com grande destaque na primeira metade do século XX, os britânicos dividiam o posto de grande força da modalidade com os Estados Unidos, até aparecerem novas potências.

Dois destaques do boxe britânico são Amir Khan, vice-campeão olímpico em Atenas-2004 no peso leve, com apenas 17 anos, o pugilista mais jovem de seu país a conquistar uma medalha no boxe, e Anthony Joshua, campeão olímpico em Londres-2012 entre os superpesados. Também brilharam no boxe olímpico Lennox Lewis e Chris Finnegan.

Uma das escolas mais tradicionais do boxe olímpico foi a União Soviética. Nunca teve a força de Cuba ou Estados Unidos, mas seus pugilistas apareciam constantemente no pódio. Um dos principais representantes do país foi Boris Lagutin, bicampeão olímpico no super-meio-médio, em Tóquio-1964 e Cidade do México-1968, além do bronze conquistado em Roma-1960. Assim o soviético entrou no seleto grupo dos boxeadores que conquistaram três medalhas olímpicas.

A Ucrânia também fez sucesso no boxe olímpico, especialmente com Wladimir Klitschko e Vasyl Lomachenko. Klitschko talvez seja o maior nome do país na modalidade. Campeão olímpico em Atlanta-1996 entre os pesos-pesados, o boxeador passou a se dedicar ao boxe profissional no mesmo ano. Ele venceu as suas 16 primeiras lutas no boxe profissional, ganhando na sequência título interino de campeão internacional dos pesos-pesados do Conselho Mundial de Boxe. Depois, foi campeão por outras organizações.

Já o seu compatriota Vasyl Lomachenko, antes de brilhar no boxe profissional, se tornou um dos maiores boxeadores olímpicos da história, com duas medalhas de ouro olímpicas em diferentes categorias. Com 20 anos, o ucraniano tornou-se campeão olímpico no peso-pena em Pequim-2008. Em Atenas-2004, Lomachenko levou o ouro na categoria leve.

Boxe feminino ganha espaço

Após anos tentando fazer parte do programa olímpico, as mulheres enfim puderam competir no maior evento esportivo do mundo a partir dos Jogos de Londres-2012. Apesar de terem disputado apenas duas edições e em apenas três categorias três grandes pugilistas já escreveram seus nomes entre os maiores do esporte em Olimpíadas.

O primeiro desses nomes é o da irlandesa Katie Taylor. Natural da cidade de Bray, Katie colecionou diversos títulos ao longo de sua carreira, como o ouro em Londres-2012 no peso leve, um pentacampeonato mundial na mesma categoria, seis títulos europeus e um ouro nos Jogos Europeus de 2015. Atualmente a pugilista é a atual campeã mundial do peso leve e detém um cartel de 17 lutas e 17 vitórias, seis delas por nocaute.

As outras duas boxeadoras que completam o trio são a inglesa Nicola Adams e a americana Claressa Shields. As duas boxeadoras se tornaram bicampeãs olímpicas nas duas edições disputadas em suas respectivas categorias.

Enquanto Nicola Adams conquistou o ouro em Londres-2012 e Rio-2016 no peso-pena, Claressa Shields foi campeã nas mesmas edições, mas no peso-médio. Atualmente as duas se dedicam ao boxe profissional, detendo os títulos mundiais de suas categorias.

Quadro de Medalhas

PaísTotal
1Estados Unidos502439113
 2Cuba37191773
 3Grã-Bretanha18132556
 4Itália15151747
 5União Soviética14191851
 6Rússia1051530
 7Hungria102820
 8Polônia892643
 9Argentina771024
 10Cazaquistão77822
 11França691025
 12África do Sul64919
 13Alemanha5121229
 14Alemanha Oriental52613
 15Bulgária45918
 16Tailândia44614
 17Ucrânia43714
 18Uzbequistão42814
 19Coreia do Sul371020
 20Canadá37717
 21China33612
 22Iugoslávia32611
 23Tchecoslováquia3126
 24Irlanda25916
 25México23813
 26Coreia do Norte2338
 27Finlândia211215
 28Japão2035
 29Romênia191525
 30Dinamarca15612
 31Venezuela1326
 32Mongólia1247
 Holanda1247
 34Noruega1225
 35Quênia1157
 36Brasil1135
 37Bélgica1124
 38Nova Zelândia1113
 39Argélia1056
 40Alemanha Ocidental1056
 41República Dominicana1012
 42Suécia05611
 43Nigéria0336
 44Uganda0314
 45Filipinas0235
 Peru0235
 47Espanha0224
 48Belarus0202
 49Azerbaijão0178
 50Porto Rico0156
 51Colômbia0145
 52Austrália0134
 53Chile0123
 Egito0123
 Gana0123
 56Camarões0112
 Equipe Unificada0112
 58Australasia0101
 República Tcheca0101
 Estônia0101
 Tonga0101
 62Marrocos0044
 63Índia0022
 Moldávia0022
 Tunísia0022
 66Armênia0011
 Bermudas0011
 Croácia0011
 Geórgia0011
 Guiana0011
 Lituânia0011
 Maurício0011
 Níger0011
 Paquistão0011
 Síria0011
 Tajiquistão0011
 República Árabe Unida0011
 Uruguai0011
 Zâmbia0011

O Esporte

Um dos esportes mais antigos do mundo, o boxe é o esporte onde os lutadores utilizam apenas os punhos, tanto para se defender quanto para atacar. A palavra se deriva do inglês box, ou pugilismo (bater com os punhos). O esporte teve origem na antiga Mesopotâmia. Registros dos primeiros combates datam de 3000 a.C, mais precisamente na Suméria. Posteriormente o esporte foi levado para o Egito e para a Grécia, onde fazia parte dos olímpicos da antiguidade. Àquela época, os lutadores amarravam faixas de couro para proteção e lutavam até alguém se render ou até alguém vir a nocaute.

As bases do boxe moderno surgiram das lutas por dinheiro do século XVII, onde os aristocratas apostavam em um vencedor de uma luta de socos. Com o intuito de enfim tornar o esporte aceito pela sociedade, uma vez que o esporte era considerado ilegal, foram introduzidas várias regras. Entre elas, o uso obrigatório de luvas, um ringue de luta apropriado, contagem de 10 segundos para um pugilista caído e um número previamente acertado de assaltos por luta. Basicamente o boxe atual tem como base essas regras.

As regras foram evoluindo, a violência foi sendo limitada e o esporte entrou no programa olímpico em 1904, na edição de Saint-Louis. Na primeira aparição da modalidade foram disputadas sete categorias, sendo todos os pugilistas dos Estados Unidos. Desde aquela edição o boxe só não esteve presente nos Jogos Olímpicos de 1912, em Estocolmo, na Suécia, pois as leis do país proibiam a sua prática.

As lutas são realizadas no ringue, uma plataforma quadrada e elevada, com a sua superfície acolchoada por lona, com as suas laterais delimitadas por cordas e com a área máxima de 6,10 metros. O boxe disputado em Olimpíadas é o chamado boxe olímpico, sendo disputados três rounds com a duração de três minutos cada, onde os oponentes trocam vários golpes, como ganchos, cruzados, diretos e jabs. No fim de cada round soa uma campainha avisando do fim daquele assalto e é dado um tempo de um minuto até que se inicie o outro.

Ganha-se a luta por nocaute, nocaute técnico, superioridade técnica ou por pontos. Ao fim de cada round, os árbitros distribuem pontuações para os boxeadores definindo quem, para eles, venceu cada assalto. Atualmente são cinco juízes no boxe olímpico, sendo que cada um ao fim dos três assaltos precisa apontar o vencedor. Dessa forma, um vencedor por unanimidade pode conquistar no máximo 5 pontos, enquanto a decisão dividida mais apertada seria um 3 a 2.

Os atletas participantes são divididos em duas chaves opostas através de um sorteio. O atleta pode ter sorte e enfrentar adversários mais fracos em sua chave ou ver logo dois favoritos pelo caminho. O ranking mundial ajuda os mais bem colocados a se enfrentarem apenas nas fases mais avançadas do torneio olímpico. Em Tóquio serão disputadas oito categorias no masculino e pela primeira vez na história cinco no feminino.