Jogos Pan-Americanos – Lima 2019 – Remo – Skiff duplo masculino
Chances do Brasil
Mescando jovens remadores com outros mais experientes, a Confederação Brasileira de Remo convocou 20 atletas para o período de treinamentos e avaliações às vésperas dos Jogos Pan-Americanos, no Rio de Janeiro. Foram dois meses de trabalho, entre maio e julho. A expectativa da comissão técnica é superar o resultado abaixo da média em Toronto 2015, quando o Brasil trouxe para casa somente uma medalha de prata. Para o skiff duplo masculino, está escalada a promissora dupla formada por Lucas Verthein e Uncas Tales.
A estrela dos Jogos
Contando com parcerias diferentes, o norte-americano Bill Knecht conquistou duas medalhas de ouro no skiff duplo nos Jogos Pan-Americanos. E o sucesso do remador veio no início da história da competição. O primeiro título foi garantido em Chicago 1959 ao lado de John Kelly. Na sequência, juntamente com Robert Cabeen, Knecht comemorou o bicampeonato em São Paulo 1963.
Décadas depois foi a vez de um cubano igualar o feito histórico, novamente em terras brasileiras. Yoennis Hernández esteve com a delegação do país nas edições de Santo Domingo 2003 e Rio de Janeiro 2007, onde faturou dois ouros com Yosbel Martínez e Janier Concepción, respectivamente. Além disso, Hernández terminou com a prata em Guadalajara 2011.
Nossos pódios
O Brasil tem tradição na prova e figura na quarta colocação do quadro geral de medalhas na categoria. Ao todo, são dois ouros, três pratas e um bronze desde Buenos Aires 1951. Edgard Gijsen (bronze em São Paulo 1963 e ouro em Cali 1971) e Marcelus Marcili (prata em Mar del Plata 1995 e em Santo Domingo 2003) são os brasileiros com mais de uma medalha na categoria.
Além deles, Gilberto Gerhardt, Mario Castro Filho e Harry Klein também asseguraram uma medalha de ouro. Anderson Nocetti, Gibran Cunha, Alexandre Soares e Antonio Marinho levaram a prata, enquanto Francesco Tedesco é dono de um bronze.
Medalhistas
ANO | |||
---|---|---|---|
1951 | Adolfo Yedro Mario Guerci Argentina | Não concedido | Não concedido |
1955 | Walter Hoover Jim Gardiner EUA | Carlos Pineiro Juan Cremer Argentina | Hugo Enriquez Helmuth Roesler México |
1959 | John Kelly Bill Knecht EUA | Mariano Caulin Paulo Carvalho Uruguai | Jorge Calderón Reginal Santos Peru |
1963 | Bill Knecht Robert Cabeen EUA | Alberto Demiddi Antonio Soma Argentina | Edgard Gijsen Francesco Tedesco Brasil |
1967 | James Dietz Jim Storm EUA | Douglas Clark Leif Gotfredsen Canadá | Alberto Dulce Hector Ferreira Argentina |
1971 | Harry Klein Edgard Gijsen Brasil | Claudio Krotsch Alfredo Krotsch Argentina | John Nunn Tom McKibbon EUA |
1975 | Gilberto Gerhardt Mario Castro-Filho Brasil | Michael Verlin Lawrence Klecatsky EUA | Federico Castillo Ruben Avin Cuba |
1979 | Patrick Walter Bruce Ford Canadá | Christopher Allsopp Thomas Howes EUA | Horacio Cabrera Francisco Rodríguez Cuba |
1983 | Robert Mills Philip Haggerty Canadá | Curtis Fleming James Dietz EUA | Eduardo Castro Miguel Castro Cuba |
1987 | John Biglow Greg Walker EUA | Alejandro Hube Marcelo Hube Chile | Claudio Guindón Ruben Dandrilli Argentina |
1991 | Sanchez Ramirez Cuba | Dave Dickison Don Dickison Canadá | Boldo Pfano Argentina |
1995 | Ruben Knulst Guillermo Pfaab Argentina | Antonio Marinho Marcelus dos Santos Brasil | Todd Hallett Henry Hering Canadá |
1999 | Walter Balunek Damian Ordás Argentina | Gibran Cunha Alexandre Soares Brasil | Phil Graham Kevin White Canadá |
2003 | Yosbel Martínez Yoennis Hernández Cuba | Anderson Nocetti Marcelus dos Santos Brasil | Conal Groom Sloan DuRoss EUA |
2007 | Yoennis Hernández Janier Concepción Cuba | Rodrigo Murillo Ariel Suárez Argentina | Deaglan McEachern Francis Cuddy EUA |
2011 | Cristian Rosso Ariel Suárez Argentina | Janier Concepción Yoennis Hernández Cuba | Cesar Amaris Jose Guipe Venezuela |
2015 | Eduardo Rubio Ángel Fournier Cuba | Cristian Rosso Rodrigo Murillo Argentina | Pascal Lussier Matthew Buie Canadá |
Quadro de medalhas
Posição | País | Total | |||
1 | EUA | 5 | 3 | 3 | 11 |
2 | Argentina | 4 | 5 | 3 | 12 |
3 | Cuba | 4 | 1 | 3 | 8 |
4 | Brasil | 2 | 3 | 1 | 6 |
5 | Canadá | 2 | 2 | 3 | 7 |
6 | Chile | 0 | 1 | 0 | 1 |
Uruguai | 0 | 1 | 0 | 1 | |
8 | México | 0 | 0 | 1 | 1 |
Venezuela | 0 | 0 | 1 | 1 | |
Peru | 0 | 0 | 1 | 1 |
O esporte
As provas de remo são disputadas no sistema de eliminatória, contando com repescagem, semifinal e final. As distâncias percorridas nas provas são de dois mil metros. As raias, com largura padrão recomendada pela FISA, têm 13,50 metros de largura e profundidade entre 3 e 3,50 metros.
Os barcos utilizados para as competições são constituídos por um, dois, quatro ou oito remadores. Quando são oito remadores, é obrigatório ter um timoneiro. Ele é um integrante que não rema, mas é o responsável por orientar e incentivar a sua equipe durante as provas. Cada remador pode conduzir o barco utilizando um ou dois remos dependendo do tipo de barco. O formato do remo varia conforme a modalidade. Em algumas provas são utilizadas remos de até 4 metros. (Reprodução/Casal Travinha)