Siga o OTD

Tóquio 2020

Empolgada, Sheilla comenta sobre ida aos Estados Unidos

A bicampeã olímpica Sheilla destacou sua preparação e orgulho em fazer parte da estreia da liga americana de vôlei feminino e o desejo de participar dos Jogos Olímpicos de Tóquio

Sheilla Vôlei Tóquio Estados Unidos
Com 37 anos, Sheilla jogará no vôlei dos Estados Unidos em 2021 (FIVB/Divulgação)

Bicampeã olímpica, em Pequim-2008 e Londres-2012, Sheilla é uma das atletas mais vitoriosas do vôlei e do esporte brasileiro. Em 2021, a oposto viverá uma experiência nova em sua carreira de conquistas. A jogadora, que deseja participar dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, assinou contrato com a Athletes Unlimited Volleyball, liga profissional dos Estados Unidos. Serão 44 atletas competindo em um formato de disputa diferente.

+ Definidas as sedes dos mundiais de base do ano que vem

“Será uma boa preparação para a Olimpíada, com jogadoras como a Jordan Larson. Será a primeira liga profissional dos Estados Unidos, um país que respira vôlei, e estou muito feliz de fazer parte disso. Eles fizeram de tudo para que eu pudesse estar com eles nesse primeiro ano. Será muito legal e estou orgulhosa. Espero contribuir o máximo que eu puder e, quem sabe, me destacar também na liga americana””, afirmou Sheilla.

+ Em jogo espetacular, Visotto faz 31 e Campinas vence por 3 a 2

“Pensei em várias coisas antes de aceitar. Antes de conhecer, sinceramente, não tinha vontade de participar. Mas, quando conheci, mudei de ideia. Fazer parte de uma liga nova em um país que ama esporte e que todos os esportes têm espaço é uma grande oportunidade para o vôlei. O vôlei precisa de locais no mundo para atletas e técnicos trabalharem e os Estados Unidos conseguindo fazer a liga perdurar será maravilhoso”, completou a atleta.

O que motivou a escolha?

Sheilla Vôlei Tóquio Estados Unidos
Sheilla participou de coletiva virtual nesta quarta-feira (14) (Divulgação)

Durante a coletiva virtual, Sheilla revelou que sua escolha em deixar o Brasil se deu por dois motivos. “Comecei a querer dar mais qualidade de vida para minhas filhas. Quando a gente teve que ficar trancada no apartamento, por causa da pandemia, foi uma loucura porque elas não entendiam nada, já que estavam acostumadas a ir para o Minas, para escolinha, e viajávamos sempre que possível”, disse a oposto.

+ Osasco volta a vencer Barueri e vai à final do Paulista

“Além disso, preferi jogar uma liga mais curta para que pudesse focar no meu físico. Após tantos anos no vôlei, sei que isso é importante para que possa jogar bem. Nesse ano eu consegui focar em melhorar a qualidade de vida para as minhas filhas e no meu físico, já que a competição começa em fevereiro e só preciso estar lá 15 ou 20 dias antes. Estou me preparando há mais de três meses para chegar bem”, completou Sheilla.

Experiência no vôlei dos Estados Unidos

Sheilla Vôlei
Sheilla acredita que a ida aos Estados Unidos ajudará na preparação visando Tóquio (FIVB/Divulgação)

Sheilla será uma das atletas da Athletes Unlimited Volleyball que, de 26 de fevereiro a 4 de abril, estará no Nashville Municipal Auditorium, local de disputa da competição. A liga apresentará inovações para proporcionar uma versão intensa e única do esporte aos atletas e torcedores. As jogadoras pontuarão individualmente conforme vitórias dos times, desempenhos individuais e, por fim, se consagrarão campeãs na disputa coletiva.

+ Recado para Carol Solberg foi claro: o atleta não pode falar

De acordo com o formato que será aplicado, os pontos poderão ser conquistados em cada jogada e a tabela de classificação da Athletes Unlimited Volleyball muda constantemente. As jogadoras não ficarão fixas em um time, sendo assim, as equipes mudarão a cada semana, com as quatro atletas melhores classificadas atuando como capitãs para formarem seus times na competição.

+ Gabi é destaque e Vakifbank segue invicto na Turquia

“O formato de disputa é uma novidade muito interessante. Sinceramente ainda não sei o que esperar, mas estou empolgada porque precisa do rendimento máximo o tempo inteiro. Você não tem um time para que possa te cobrir em um dia que esteja mal. Participando de times diferentes, a sua performance é que fará a diferença no final, portanto, é um desafio novo em que você tem que estar 100% o tempo inteiro”, comentou Sheilla.

Visão da Liga

Sheilla Estados Unidos Vôlei
A bicampeã olímpica do vôlei deseja participar de sua quarta Olimpíada em Tóquio (FIVB/Divulgação)

A Athletes Unlimited Volleyball tem como parceira neste projeto a USA Volleyball e tem como objetivo reunir as melhores atletas do mundo, com jogadoras de seleções nacionais e atletas consagradas, como Sheilla, e também por recém-formadas na NCAA (Associação Atlética Universitária Nacional) após as 30 partidas da temporada.

+ Líbero do Flamengo sofre lesão no joelho e será operada

“Estamos empolgados por dar as boas-vindas do Athletes Unlimited Volleyball a uma campeã do porte da Sheilla. Jogadoras como a Sheilla são destaques ao redor do mundo e isso ratifica o nosso modelo de mostrar o melhor que o vôlei pode oferecer aqui nos Estados Unidos”, afirmou Jon Patricof, co-fundador e CEO da competição.

+ Sesi Bauru bate Pinheiros e é o primeiro finalista do Paulista

Além de Sheilla, outras jogadoras já estão confirmadas no Athletes Unlimited Volleyball: Jordan Larson, Karsta Lowe, Sherridan Atkinson, Katie Carter, Tiffany Clark, Taylor Cook, Aury Cruz, Nia Grant, Sareea Freeman, Erin Fairs, Erica Handley, Kristen Tupac-Hahn, Cassidy Lichtman, Molly Lohman, Valerie Nichol, Deja McClendon, Molly McCage, Samantha Middleborn, Amanda Peterson e Paige Tapp.

Tóquio 2021 e planos após a Olimpíada

Sheilla Estados Unidos Tóquio
Sheilla será uma das 44 atletas que jogarão na Athletes Unlimited Volleyball (FIVB/Divulgação)

Sheilla está com 37 anos e fará 38 pouco mais de um mês antes dos Jogos de Tóquio. No momento, a oposto está focada em se preparar bem para conquistar uma vaga entre as convocadas de José Roberto Guimarães, técnico da seleção brasileira. Atualmente, a atleta está morando no litoral de São Paulo e treinou por três semanas com o treinador e, no aspecto físico, tem sido supervisionada pelos preparadores físicos do Brasil.

Além das participações nos ouros olímpicos em Pequim-2008 e Londres-2012, Sheilla esteve no elenco que acabou eliminado nas quartas de final da edição Rio-2016. A oposto contou que uma de suas inspirações para poder disputar sua quarta Olimpíada, em Tóquio, são suas filhas. “Com certeza as minhas filhas são uma grande inspiração, isso se elas puderem ir assistir e se eu puder estar lá”, comentou.

+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, NO INSTAGRAM E NO FACEBOOK

“Porém, acho que uma Olimpíada por si só já é uma inspiração e sonho para qualquer atleta. Então, se puder participar de uma quarta Olimpíada será maravilhoso, ainda mais com a chance de ir atrás de mais um ouro olímpico para o Brasil, já que 2016 não foi do jeito que gostaria de encerrar. Portanto, tenho várias inspirações, não só as minhas filhas, mas elas me dão uma força a mais”, complementou Sheilla.

Vôlei de praia?

Sheilla ainda não decidiu o que fará depois de Tóquio. Recentemente, as campeãs olímpicas Mari e Paula Pequena migraram da quadra para a praia, mudança que passou pela cabeça dela após o nascimento de Liz e Ninna. “Ainda não tenho planos. Até o ano passado eu pensava em jogar na praia, mas depois mudei isso e ainda não voltei a pensar se vou ou não para praia. Prefiro focar no momento e deixar acontecer”, finalizou Sheilla.  

Mais em Tóquio 2020