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Sem acordo com CBV, COB vai administrar o vôlei por seis meses

Comitê Olímpico do Brasil vai gerir o vôlei brasileiro internacionalmente após punição da CBV envolvendo o Caso Wallace

Wallace CBV COB vôlei
(Foto: Gaspar Nobrega/COB)

Sem ter um acordo com a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) envolvendo o Caso Wallace, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) informou que vai administrar o vôlei brasileiro a nível internacional pelos próximos seis meses. Isto significa dizer que as seleções masculina e feminina estão confirmadas nos Jogos Pan-Americanos e nos Pré-Olímpicos da modalidade, a ocorrerem no segundo semestre. A informação em primeira mão é do Olhar Olímpico, do UOL, desta segunda-feira (08).
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A CBV recebeu punição do Conselho de Ética do COB (CECOB) na última semana, por conta do não cumprimento da suspensão do jogador Wallace, imposta pelo próprio CECOB. O oposto havia sido suspenso por três meses por conta de uma postagem em que falava sobre dar tiros no presidente Lula. Após liminar do STJD, a confederação liberou o jogador para atuar na final da Superliga Masculina, no último dia 30 – ele, inclusive, fez o ponto do título do Cruzeiro sobre o Minas.

O CECOB reagiu de forma dura à atitude da CBV e, dessa forma, suspendeu a confederação por seis meses, impedindo o repasse de verbas do COB à entidade. Além disso, o jogador foi suspenso por um período de cinco anos e foi recomendado que o Banco do Brasil encerrasse o patrocínio à entidade. Como forma de aliviar a rígida punição, a diretoria do COB, o CECOB, o Ministério do Esporte e a Advocacia Geral da União tentaram costurar um acordo com a CBV, de acordo com o Olhar Olímpico.

Novo cenário

Neste acordo, a confederação não ficaria suspensa, Wallace seria suspenso por apenas um ano e não haveria rompimento de contrato com o Banco do Brasil. Ainda segundo o blog, Radamés Lattari, vice-presidente da confederação, foi o representante nas conversas e chegou a indicar um acerto, mas depois apresentou uma resposta final negativa. Assim, a punição inicial imposta pelo CECOB permanecerá.

Com o afastamento da CBV, o COB já se prepara para administrar o vôlei internacionalmente. O comitê fará algo semelhante ao que já faz com a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) há algum tempo. Em vez de passar os recursos à confederação, o COB os utilizará de forma direta naquele fim. É o caso das competições internacionais. Assim, o COB vai bancar a participação das seleções brasileiras nos eventos internacionais, como Pré-Olímpico e Jogos Pan-Americanos.

O Pré-Olímpico de vôlei masculino, aliás, acontecerá no Rio de Janeiro, a partir de 30 de setembro. A CBV seguirá sendo a responsável pela organização deste evento, com o COB apenas bancando a ida da seleção para a competição. Torneios nacionais, como a Superliga, também não passarão pelo COB, pois a confederação os organiza de forma independente.

Paulistano de 22 anos. Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estou no Olimpíada Todo Dia desde 2022. Cobri os Jogos Mundiais Universitários de Chengdu e os Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023.

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