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Tóquio 2020

Pamela Rosa chega grande para ganhar o ouro, mas descarta rótulo de favorita

Pamela Rosa desembarca para a estréia do skate em Olimpíadas como a número um do mundo e colecionando ótimos resultados

Pamela Rosa e Rayssa Leal Dew Tour Tóquio
Pâmela, no lugar mais alto do pódio, e Rayssa (Divulgação CBSK)

A brasileira Pâmela Rosa chega grande em Tóquio para a estreia do skate nos Jogos Olímpicos. É a número um do mundo no street, venceu cinco das últimas sete competições que participou e figura entre as quatro melhores nas principais competições internacionais desde o início de 2019. Apesar disso, ela prefere deixar de lado o inevitável rótulo de favorita. “Muitas garotas poderiam conseguir a medalha de ouro”, disse a paulista de 22 anos. “Não há favorita, com certeza.”

Uma breve olhada nas compatriotas mostra que Pâmela Rosa tem razão em ser prudente. E não é por uma eventual política da boa vizinhança, uma cordialidade dentro do Time Brasil. Rayssa Leal, de apenas 13 anos – a atleta mais jovem da história do Brasil nas Olimpíadas – foi medalha de bronze no mundial de Roma, quando garantiu vaga para a disputa olímpica na capital japonesa. Ela já havia sido vice quando tinha apenas 11 anos. Letícia Bufoni é a terceira brasileira que vai competir no street. Levou o mundial em 2015 e venceu nada menos do que cinco vezes o X-Games.

Bonde do Brasil

E não é só no feminino. O Brasil tem representantes entre os favoritos a medalha também no street masculino. Kelvin Hoefler já foi campeão mundial da Street League e atualmente é o quarto colocado do ranking mundial. Na outra modalidade do skate, o park, o país tem Pedro Barros, seis vezes campeão, três vice e uma vez medalha de bronze do X-Games, por exemplo. Luiz Francisco foi vice-campeão mundial em 2019 e é o quarto do ranking mundial. Sem falar em Pedro Quintas, mais um top 10 do ranking. No feminino, Dora Varella, Yndiara Asp e Isadora Pacheco também têm chances. “Temos uma equipe muito boa, street e park. Esta é uma geração muito boa”, afirma Pâmela Rosa.

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Tudo isso sugere que o Brasil tem a infraestrutura para impulsionar esse sucesso, mas a brasileira insiste que é exatamente o oposto. Até recentemente, não havia um único skate park na cidade natal dela, São José dos Campos, região do vale do Paraíba, em São Paulo. Ela acredita que, caso suas previsões para uma grande conquista de medalhas no Brasil se concretizem em Tóquio, o futuro do esporte em sua terra natal será mais promissor. “Isso traria muito mais investimento”, disse ela. “É muito emocionante.”

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