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Tóquio 2020

Reunião neste sábado deve definir Olimpíada sem público de outros países

Encontro do comitê organizador com integrantes do COI irá oficializar posição do governo japonês para vetar entrada de torcedores estrangeiros

Estádio Olímpico de Tóquio
O governo japonês não pretende permitir a entrada de torcida estrangeira para acompanhar a Olimpíada (Crédito: Japan Sport Council)

O próximo sábado (20) deverá ser o chamado dia D para definir que os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio não contarão com presença de torcedores de outros países. Uma reunião do comitê organizador local com a alta cúpula do COI (Comitê Olímpico Internacional) e de outras quatro entidades envolvidas na organização irá bater o martelo sobre o veto de entrada de estrangeiros para acompanhar os Jogos. A informação foi bancada pela agência Kyodo News nesta quinta-feira (18).

Vale lembrar que foi a mesma Kyodo News, há cerca de uma semana, a primeira a informar que o governo japonês havia tomado a decisão de não permitir a entrada de torcedores de outros países. O motivo seria o atual estágio da pandemia do coronavírus, que passa por uma nova onda ainda mais contagiosa em vários países. O COI, na ocasião, não desmentiu a informação.

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Bem diferente do que ocorreu quando o jornal britânico “The Times” publicou uma reportagem em janeiro dizendo que uma fonte no governo japonês bancava que os Jogos seriam cancelados definitivamente. Neste caso, o desmentido do COI foi imediato.

Entre os participantes do encontro deste sábado, estarão o presidente do COI Thomas Bach, a chefe do comitê organizador Seiko Hashimoto, o brasileiro Andrew Parsons, presidente do IPC (Comitê Paralímpico Internacional) e a governadora de Tóquio, Yuriko Koike.

Na semana passada, o próprio Thomas Bach sinalizou em uma entrevista coletiva que irá respeitar a decisão do governo japonês sobre público estrangeiro. Já Seiko Hashimoto já havia declarado que uma definição precisaria ser tomada antes do início do revezamento da tocha olímpico, previsto para começar daqui a exatamente uma semana, na cidade de Fukushima.

Uma outra definição importante, a respeito da capacidade de público nas arenas olímpicas durante os Jogos, deverá ser tomada durante o mês de abril. Aguarda-se também que deste encontro saia informações sobre reembolso de ingressos vendidos a torcedores do exterior. Números extraoficiais dão conta que cerca de 1 milhão de bilhetes tenham sido comercializados fora do Japão.

Olímpicas

Constrangedor – Se já não tivesse tanto problema para resolver, o comitê organizador de Tóquio-2020 viu-se envolvido em mais um caso constrangedor, para dizer o mínimo. Nesta quarta-feira (17), o  diretor artístico dos Jogos de Tóquio, Hiroshi Sasaki, anunciou sua renúncia. Ele se demitiu após a repercussão negativa de comentários preconceituosos contra uma atriz popular japonesa, Naomi Watanabe. Em uma reunião, Sasaki propôs que Naomi participasse da cerimônia de abertura fantasiada de porco. A “ideia” era fazer um jogo de palavras com a palavra “olímpico”, transformando-a em “olympig”.

Sasaki, responsável pela cerimônia da passagem da bandeira olímpica ao Japão no encerramento da Rio-2016, disse em nota que estava arrependido pelo insulto feito à artista, considerada um ícone da moda no Japão. Em pouco mais de um mês, este é o segundo caso de derrapada ética e de comportamento de cartolas japoneses. No começo de fevereiro, declarações machistas derrubaram Yoshiro Mori, presidente do comitê organizador.

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