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Vôlei de Praia

Em Saquarema, nova geração nacional abre a temporada

Primeira etapa do Circuito Brasileiro sub-21 de vôlei de praia reúne medalhistas mundiais e campeões sul-americanos e brasileiros das categorias de base

Circuito Brasileiro Sub-21 de vôlei de praia
Nina e Carolina estão animadas para início da temporada (Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

Eles são o futuro do vôlei de praia brasileiro. Antes dos 21 anos, muitos já colecionam medalhas e títulos, trilhando um caminho rumo a conquistas olímpicas e mundiais. Essa nova geração de talentos será responsável por abrir a temporada 2022 do vôlei de praia nacional e sacudir a praia de Itaúna, em Saquarema (RJ), a partir desta sexta-feira, dia 28, quando começa a primeira das quatro etapas do Circuito Brasileiro sub-21 de vôlei de praia.  

Jaqueline Mourão e Nicole Silveira falam sobre expectativas

Nesta temporada, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) ampliou a conexão entre a competição e o campeonato adulto. O campeão de cada etapa, por exemplo, ganha como bônus por resultado uma vaga na fase principal do Aberto seguinte. Assim, os jovens talentos terão chance de encarar, em sua próxima competição, nomes importantes do vôlei de praia nacional. Além disso, a pontuação obtida no torneio de base passa a valer para o ranking adulto; e os atletas que subirem ao pódio recebem passagem aérea individual para qualquer etapa do Circuito Brasileiro. 

“O objetivo dessas mudanças é auxiliar na transição da categoria de base para o adulto, pensando no desenvolvimento dos atletas e na renovação da modalidade. Queremos que os jovens talentos tenham mais autonomia e responsabilidade para se desenvolver. O Circuito Brasileiro passou por grandes ajustes este ano e as categorias de base estão totalmente integradas a esse movimento”, explicou o gerente de vôlei de praia da CBV, Guilherme Marques.

São novos caminhos para talentos do vôlei nacional que estarão na arena de Saquarema neste fim de semana. Nomes como Nico e Samuel, bronze no Campeonato Mundial sub-19, campeões sul-americanos sub-19 e campeões brasileiros sub-21 no ano passado; Nina e Carol Sallaberry, que conquistaram seis ouros e duas pratas em etapas sub-17, sub-19 e sub-21 do Circuito Brasileiro em 2021 – Carol ainda foi campeã sul-americana sub-19 ao lado de Mafe; Denilson, campeão brasileiro sub-21 na temporada 20/21; e Cadu e Anthony, que levantaram a taça nacional do sub-19 na mesma temporada.

Circuito Brasileiro Sub-21 de vôlei de praia
Nico e Samuel são os atuais campeões sub-21 (William Lucas/Inovafoto/CBV)

“Minha expectativa para esse ano é pegar toda a experiência que tive em 2021, com Mundial, Sul-Americano e as etapas do Brasileiro, juntar tudo e dar 100% em quadra. Eu e Nina estamos treinando bem e muito animadas para a etapa”, afirmou Carol Sallaberry.

Circuito brasileiro começa dia 2

O torneio em Saquarema do Brasileiro sub-21 é só o começo de uma etapa que promete ainda mais emoção nas areias de todo o Brasil.  O Circuito Brasileiro chega a 2022 de cara nova e ainda mais valorizado. Agora, o ranking da competição será um dos itens levados em conta para a escolha das duplas que receberão verba da CBV para representar o Brasil no Circuito Mundial. A premiação total ultrapassa os 6 milhões de reais, um valor 25% superior ao da temporada 2020/2021. 

O Circuito Brasileiro também passa a ser dividido em duas competições por etapa. O Aberto reúne as duplas entre o 8º e o 13º lugar no ranking, além de dois convidados e até oito parcerias classificadas pelo qualifying. Já o Top 8 será disputado pelas sete duplas mais bem ranqueadas, além de um convidado especial: o campeão do Aberto anterior, que ganha o wild card como bônus pela performance. A dupla vencedora de cada etapa Top 8 e seu técnico também terão um benefício além da premiação em dinheiro, e recebem da CBV o custeio de passagem, hospedagem, transporte e alimentação para disputar uma etapa do Circuito Mundial.

Esse sistema permite jogos mais nivelados, entre duplas de ranqueamento mais próximo. No modelo anterior, de competição única com 24 times no torneio principal, os confrontos eram definidos pela colocação no ranking: o mais bem ranqueado enfrentava o time de colocação mais baixa e assim por diante, desnivelando as partidas, principalmente no começo da competição. Também haverá menos dias de disputas para cada atleta, o que diminui o desgaste com a viagem e permite mais tempo para ativações especiais de patrocinadores e da CBV. O convite para o Top 8 dado ao campeão do Aberto é mais um estímulo para a renovação da modalidade, pois todas as duplas podem brigar por uma participação no Circuito Mundial. Tudo está interligado, com critérios claros para os atletas e para quem acompanha a modalidade.

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Durante a temporada 2022, serão realizadas 10 etapas do Top 8 e 15 etapas do Aberto. As etapas adicionais do Aberto também servirão como oportunidade de desenvolvimento e experiência, substituindo as etapas do Circuito Challenger. Para efeito de formação de ranking de entrada, serão levados em consideração os três melhores resultados das quatro últimas etapas (Top 8 ou Aberto), valorizando a performance recente dos atletas. No formato anterior, eram computados os quatro melhores resultados dos últimos cinco eventos entre as 10 competições anteriores realizadas. Todas as etapas somam pontos para o mesmo ranking, e o campeão da temporada 2022 será definido pela soma dos nove melhores resultados dos participantes.

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