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Vôlei

Saque brasileiro vira arma para vencer Argentina na VNL

Lucarelli e Isac destacam agressividade do saque como ponto chave para vencer a Argentina na Liga das Nações

Lucarelli executa saque durante partida do Brasil contra a Argentina na VNL
(Foto: FIVB)

Se o saque foi um empecilho na derrota do Brasil para Cuba na estreia da VNL, foi uma arma para que a equipe conseguisse a primeira vitória na competição, diante da Argentina, na noite desta quinta-feira (24). Após a partida, os jogadores brasileiros destacaram a importância dos bons serviços para quebrar o passe adversário e, consequentemente, enfraquecer o ataque argentino que ajudaram no triunfo verde-amarelo.

“Acho que o vôlei de hoje se resolve muito no saque. A Argentina é um time que tem um levantador que joga rápido para todos os lados. Quando o saque fica tranquilo, ele tem um passe na mão, a gente fica correndo atrás e é difícil jogar. Então, temos que tomar alguns riscos para tentar tirar a bola um pouquinho, para facilitar para o nosso bloqueio. Acho que poderíamos ter feito ainda melhor o bloqueio, porque tivemos oportunidades de fazer ações melhores no bloqueio para a defesa, mas já melhorou bastante”, falou Lucarelli, que anotou 17 pontos.

Contra Cuba, foram 21 erros de saque do Brasil. Contra a Argentina, esse número caiu para 12 – seis deles de Darlan. Brasil anotou quatro aces contra os hermanos, sendo três de Lucarelli e um de Isac. Todos eles vieram em momentos decisivos da partida. Depois que a seleção brasileira atropelou no primeiro set, caiu de rendimento na segunda e na terceira parcial e precisava se estabilizar no quarto set. Foi quando o ponteiro e o central anotaram pontuaram no saque e ajudaram a abrir uma vantagem, que se concretizou com a vitória no set.

Isac vibra com ponto na VNL
(Foto: VNL/FIVB)

Já no tie-break, o Brasil abriu uma vantagem no início, mas a Argentina vinha em um momento de crescimento. Foi quando Lucarelli entrou no saque e rendeu três pontos seguidos ao Brasil, com direito mais um ace. Para Isac, foi essa passagem que definiu a partida. “A gente soube controlar bem e ser agressivo, mas com poucos erros de saque. Isso coloca o outro time na pressão e a gente consegue controlar um pouco mais o jogo”, falou o central.

Primeira vitória especial

Isac voltou a vestir a ser titular da seleção brasileira assim como o ponteiro Adriano. Os dois haviam sido relacionados para o duelo de estreia contra Cuba, mas ficaram no banco de reservas (Adriano entrou em um único momento para sacar). Adriano também foi um dos destaques da partida, sendo preciso na defesa e eficaz nas viradas de bola. Ele anotou 15 pontos e foi o terceiro maior pontuador na vitória brasileira.

“Jogar no Brasil é muito bom, a torcida sempre a favor. O pessoal sempre lutando e vibrando. E Brasil contra Argentina não tem o que falar, acaba sendo sempre histórico, uma rivalidade de anos e anos. Estou muito feliz com o desempenho da equipe, com tudo que foi possível, que todos nós fizemos hoje. Não faltou garra e não faltou vibração. Mesmo nos momentos difíceis, nós soubemos sobressair dessa situação”, disse Adriano.

Bruninho vibrante em partida da Liga das Nações de vôlei masculino
(Foto: VNL/FIVB)

Por fim, o capitão Bruninho destacou a mudança de postura da equipe em relação à estreia. O levantador começou a partida entre os titulares, mas foi substituído por Cachopa na metade do terceiro set, em um momento de queda de ritmo, e entrou em quadra somente em momentos pontuais de inversão de 5×1. Segundo ele, a vibração foi fundamental para que a seleção conquistasse a primeira vitória na VNL.

“Acho que foi muito bacana que a gente conseguiu mudar um pouco a chave da primeira partida. Foi exatamente a energia que a gente colocou na quadra. Eu acho que isso era uma coisa que a gente ficou devendo no primeiro jogo. Hoje a gente entrou com a faca nos dentes e foi bonito de se ver. Nós precisamos muito evoluir. No segundo set, a gente falhou um pouco nos contra-ataques e na recepção depois, mas energia não faltou”, falou Bruninho.

Paulistano de 22 anos. Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estou no Olimpíada Todo Dia desde 2022. Cobri os Jogos Mundiais Universitários de Chengdu e os Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023.

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