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Tóquio 2020

‘Sinto que estou de volta ao alto nível’, afirma Thaisa

Na Superliga 2019/20, a bicampeã olímpica terminou na liderança em aproveitamento de ataque, com 57%, e em pontos de bloqueio, com 94

Thaisa - Minas - Superliga
Thaisa aprovou a decisão do COI pelo adiamento da Olimpíada (Foto: Orlando Bento/MTC)

A bicampeã olímpica Thaisa está de volta ao alto nível. Sempre exigente consigo mesma, a meio de rede fez essa afirmação em entrevista exclusiva ao Olimpíada Todo Dia. Na Superliga feminina de vôlei 2019/20, encerrada sem definir o campeão, pela pandemia do coronavírus, a central do Itambé/Minas estava na liderança em aproveitamento de ataque (57% de eficiência), e em pontos de bloqueio, com 94.

Outro fundamento que Thaisa se destacou foi no saque, fechando a competição na segunda posição, com 36 aces. Os números mostram que a atleta superou as complicações de uma grave lesão que sofreu em abril de 2017, quando atuava no Eczacibasi Vitra, da Turquia. Foram dez meses longe das quadras depois de cirurgia no joelho esquerdo para solucionar uma ruptura parcial do ligamento lateral e de parte do menisco.

Em uma live no instagram oficial de seu clube, a líbero Camila Brait foi pergunta e disse que daria o MVP da Superliga para Thaisa. “Sinto que estou de volta ao alto nível, mas sei que tem muito que ainda posso fazer para seguir melhorando. A Brait é sempre tão amável e agradeço o carinho e respeito dela por mim”, disse a jogadora.

O Itambé/Minas, clube de Thaisa, fechou a fase de classificação da Superliga em terceiro lugar e enfrentaria o São Paulo/Barueri nas quartas de final. A jogadora aprovou a decisão, mas admite frustração. “Foi frustrante, ainda mais em um momento que o time estava em uma crescente, a gente vinha evoluindo. Mas temos que entender, são muitas vidas envolvidas. É uma pandemia e não temos muito o que fazer. Agora era o melhor a se fazer. Não sabemos quanto tempo vai durar essa paralisação”, declarou.

Olimpíada e quarentena

Experiente em Jogos Olímpicos, Thaisa representou o Brasil em três edições da competição, tendo sido campeã em Pequim-2008 e em Londres-2012, e eliminada nas quartas de final da Rio-2016. Por conhecer bem com funciona a dinâmica do evento, a jogadora aprovou a decisão do Comitê Olímpico Internacional (COI) de adiar para 2021.

“Estou totalmente de acordo. São muitas vidas envolvidas. Além dos atletas, tem voluntários, público e outras pessoas que trabalham no evento. Não podemos olhar só para nosso próprio umbigo e esquecer de quem está ao nosso lado. A saúde está em primeiro lugar”, afirmou a central, que fazia parte da seleção ideal da Superliga até o momento que foi disputada.  

Em quarentena, Thaisa está respeitando as orientações dos órgãos de saúde e tem ocupado seu tempo das mais diversas formas possíveis. “Estou em casa, seguindo as orientações. Tenho feito alguns exercícios físicos em casa mesmo para manter o corpo em atividade. Estou lendo, vendo palestras, tendo sessões com meu coaching, assistindo séries e BBB”, contou a atleta.

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