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Tóquio 2020

CBV faz balanço e admite que esperava mais do vôlei brasileiro em Tóquio

CBV faz balanço e admite que esperava mais do vôlei brasileiro em Tóquio; seleção feminina foi a única a subir no pódio levando em conta toda a modalidade

(Gaspar Nóbrega/COB)

Passados os primeiros dias após o fim dos Jogos Olímpicos de Tóquio, a CEO da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), Adriana Behar, se reuniu com outros dirigentes da entidade para iniciar o processo de avaliação dos resultados do vôlei brasileiro durante a disputa na capital japonesa.

Com uma enorme tradição, o vôlei brasileiro chegou em Tóquio sendo apontado como um dos favoritos às medalhas nos dois naipes na quadra e também entre os homens e mulheres na areia. No entanto, o resultado foi de apenas um pódio: a medalha de prata com a seleção feminina. Segundo a diretora, a expectativa era realmente por uma participação mais vitoriosa.

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“Os resultados do Brasil nos Jogos Olímpicos foram bons. O do voleibol, não, com exceção da seleção feminina de quadra, que obteve um excelente 2º lugar, melhorando, em muito, o resultado no Rio. Temos que enfrentar a realidade e usar informação de qualidade para fazer um diagnóstico e mudar o jogo rápido para o próximo ciclo olímpico. A nossa expectativa vinha baseada nos resultados anteriores, que estavam, de fato, sendo muito bons. Chegamos com algumas duplas de praia entre as primeiras do ranking – nossas duplas femininas disputaram a final do Major de Gstaad, último torneio antes das Olimpíadas – e as seleções de quadra vindo de um título e um segundo lugar na Liga das Nações. É claro que esperávamos por mais medalhas, mas é do esporte.”, afirmou Adriana Behar.

Adriana Behar admite que esperava resultados melhores do vôlei brasileiro em Tóquio (Divulgação/CBV)

Ainda segundo a publicação feita pela entidade, os impactos sofridos pela pandemia são fatores que não podem ser descartados, e acabou prejudicou a preparação de todos, mas não são encarados como justificativas para os resultados.

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A expectativa agora é de que a experiência desta edição dos Jogos Olímpicos, seja aproveitada como aprendizado e ajude na construção do novo planejamento estratégico elaborado pela CEO junto com sua diretoria. Com cerca de cinco meses à frente da CBV, Adriana Behar tem muitos projetos que devem ser implementados neste próximo ciclo que acaba de começar.

vôlei brasileiro vôlei de praia
Medalha de prata da seleção feminina foi o único pódio do Brasil na modalidade em Tóquio (Breno Barros/ rededoesporte.gov.br)

“Temos um novo ciclo pela frente, dessa vez mais curto, onde temos de buscar um planejamento bem rebuscado. Estamos fazendo uma análise sobre o que pode ser melhorado e trazendo pessoas experientes para nos ajudar nesse trabalho para o futuro”, explicou a Diretora Executiva, que já apresentou algumas das mudanças que pretende fazer na modalidade.

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PROJETOS E INOVAÇÕES:

  • Na parte técnica, a Criação de Grupos de Trabalho, com atletas e/ou técnicos vitoriosos, para que possam dar sugestões e participar do planejamento, buscando um maior desenvolvimento da base e do vôlei brasileiro
  • Ter como missão da CBV, para o próximo ciclo olímpico, ser um prestador de serviços de alta qualidade para que o ecossistema do voleibol brasileiro floresça como referência nacional e internacional não só em termos de resultados esportivos, mas, também, governança, inserção social, desenvolvimento e geração de negócios
  • Visar que a CBV seja superavitária e que gerencie bem os seus riscos para poder investir no desenvolvimento do esporte. É necessária uma mudança de cultura na entidade, instituir centros de custos e lucros, fazer um balanço transparente de ativos e passivos entre todas as partes interessadas
  • Reforçar o papel das nossas Federações no fomento e desenvolvimento do voleibol em todo o país. A capilaridade de nossas federações é um fator potencial de transformação social do Brasil, além de fundamental para a descoberta de jovens talentos do voleibol
  • Utilizar o voleibol no desenvolvimento de projetos sociais e de pesquisa. O potencial do voleibol para captação de recursos internacionais e de leis nacionais de incentivo para pesquisa de ponta é substancial. Tanto para o desenvolvimento da modalidade, como para as áreas de saúde, educação e gestão em geral, dado que cada vez mais se comprova a influência do esporte na qualidade de vida da população
  • Seguindo um caminho de transformação digital da atualidade, utilizar mais o marketing digital e as redes sociais, buscando aumentar a base de fãs do voleibol brasileiro, principalmente o público jovem. Entre elas, uma novidade será trazer para a CBV as NFT’s (tokens não-fungíveis), que são uma nova tendência na indústria esportiva mundial, com casos de sucesso como na NBA, permitindo novas formas de interação entre organizações esportivas, atletas e fãs, trazendo novas fontes de receitas e experiências a todos os participantes

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