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Tóquio 2020

Cerimônia de encerramento ‘passa bastão’ a Paris, exaltando atletas e esperança

Cerimônia de encerramento fecha os Jogos de Tóquio neste domingo, exaltando a esperança e passando o bastão a Paris 2024

(2) Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 (2) - cerimônia de encerramento
Gaspar Nóbrega/COB

Estão encerrados os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Às 20h do horário japonês desse domingo (8), na manhã do horário de Brasília, ocorreu a cerimônia de encerramento com um gostinho amargo para o torcedor. O foco, no entanto, foi evitar que isso acontecesse. A organização do evento relembrou diversos momentos marcantes da Olimpíada, destacando a mensagem de esperança e ‘passando o bastão’ a Paris 2024. Mas antes, lembrando que os Jogos Paralímpicos de Tóquio começarão daqui duas semanas, no dia 24 de agosto.

+ Em 12.º no quadro de medalhas, Brasil faz em Tóquio a melhor Olimpíada da história

A cerimônia de encerramento se iniciou com os porta-bandeiras de todos os países. A ginasta Rebeca Andrade foi a escolhida para representar o Brasil e, ao lado de outros atletas que se destacaram nos Jogos, como Marcel Jabobs, italiano que venceu os 100m rasos do atletismo, se dispôs em um grande círculo ao redor da pira olímpica, em uma imagem de muito significado em tempos de pandemia.

Seis brasileiros representaram todos os atletas e profissionais que participaram dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Além de Rebeca Andrade, o também medalhista de ouro Hebert Conceição esteve no ginásio olímpico. Os outros não competiram no Japão, mas ajudaram muito a fazer a competição acontecer para os outros brasileiros. Bira, funcionário mais antigo do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Xico Porath, treinador de Rebeca Andrade, Ana Corte, coordenadora das ações médias e Sebastian Pereira, sub-chefe da Missão do Brasil nos Jogos Olímpicos.

Cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 é marcada por
Rebeca Andrade entrando no Estádio Olímpico de Tóquio 2020 (Jonne Roriz/COB)

+Confira o quadro de medalhas completo dos Jogos Olímpicos de Tóquio

Os atletas que ainda estavam no Japão, muito dos quais competiram e levaram medalhas hoje, tomaram o gramado com alegria e muitas selfies. Importante lembrar que no século passado, era proibido aos atletas registrarem os momentos, o que mostra como a tecnologia mudou ao longo dos anos.

Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 - cerimônia de encerramento
Os porta bandeira de todos os países em volta de um grande círculo (twitter/olympics)

Festa e os últimos pódios

O clima de festa da cerimônia de encerramento seguiu com a entrada de música. Os habitantes de Tóquio começaram a ser homenageados. Foi uma tentativa de celebrar a interação dos atletas com a população local, algo que costuma ocorrer em Jogos Olímpicos, mas que dessa vez não houve devido aos isolamentos necessários por conta da pandemia do coronavírus. Ao som de bandas pops japonesas, os atores dançaram no círculo central sob aplausos dos competidores.

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Após o hino nacional da Grécia, onde os Jogos Olímpicos tiveram início, a tradicional cerimônia de premiação das medalhas da maratona feminina e masculina. Os quenianos Peres Jepchirchir e Eliud Kipchoge, primeiro desde os anos 1980 a defender o seu título, tiveram a honra de serem coroados no pódio mais assistido por todo o mundo e de ouvir o hino nacional de seus países.

O último pódio dos Jogos Olímpicos de Tóquio (Twitter/JogosOlímpicos)

Além do pódio da maratona, a organização dos Jogos de Tóquio homenageou também os voluntários, que são parte fundamental para a realização de um evento desta magnitude. Ao todo, são 76.186 voluntários, somando Olimpíada e Paralimpíada. Na sequência, mais um belo momento no ato “Nós lembramos”, evocando alguns símbolos da cultura japonesa em um momento de reflexão pela paz mundial e celebrando a vida e aqueles que já não estão mais aqui.

Paris 2024

Um dos momento mais aguardados e tradicionais da cerimônia de encerramento é a “passagem de bastão” para o país que sediará os próximos Jogos Olímpicos. E em Paris, justamente a próxima sede da competição, centenas de pessoas se reuniram em frente à Torre Eiffel, principal atração da cidade, para assistir ao evento de Tóquio-2020. Nas redes sociais, a cidade francesa compartilhou o momento, dizendo: “100 anos depois, Paris sediará os Jogos Olímpicos novamente”.

O hino olímpico foi executado e a bandeira, símbolo dos Jogos, foi passada pela Governadora de Tóquio, Yuriko Koike, para a prefeita de Paris, Anne Hidalgo. Foi executado também a Marselhesa, hino da França, para iniciar a parte de Paris-2024 da cerimônia de encerramento.

O vídeo de apresentação trouxe atletas do BMX passando por tetos famosos de Paris, como Arco do Triunfo, Notre Dame, entre outros. E na praça da Concórdia foi introduzido o breakdancing, esporte que fará sua estreia no programa olímpico daqui quatro anos.

(Twitter/JogosOlímpicos)

Atletas e esperança

Nos momentos finais da cerimônia de abertura, os atletas foram novamente exaltados por terem feito de tudo para competir, mesmo em meio a uma pandemia. Além disso, Thomas Bach, presidente do COI, e Seiko Hashimoto, do Comitê Organizador de Tóquio, ressaltaram novamente a mensagem de esperança trazida pela Olimpíada.

“Caros atletas, nos últimos 16 dias vocês nos surpreenderam com suas conquistas esportivas. Com sua excelência, com sua alegria, com suas lágrimas, vocês criaram a magia desses Jogos Olímpicos. Vocês nos inspiraram com este poder unificador do esporte. Isso foi ainda mais notável, dados os muitos desafios que tiveram que enfrentar por causa da pandemia. Nestes tempos difíceis, vocês deram ao mundo o mais precioso dos presentes: a esperança. Pela primeira vez desde o início da pandemia, o mundo inteiro se uniu. Os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 são os Jogos de esperança, solidariedade e paz. Nós conseguimos”, celebrou Thomas Bach.

“Aos atletas olímpicos, não há palavras para descrever o que vocês conquistaram em Tóquio. Vocês aceitaram o que parecia inimaginável, entenderam o que precisava ser feito e, com muito trabalho e perseverança, superaram desafios inacreditáveis. Hoje a noite, a chama olímpica que iluminou Tóquio se apagará silenciosamente, mas a esperança que se acendeu aqui não será extinta e permanecerá acesa no coração das pessoas de todo o mundo. E nós de Tóquio 2020 estamos prontos e esperando a Paralimpíada, concluiu a presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpico.

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