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Tóquio 2020

Campeã olímpica mantém tabu e elimina Ágatha e Duda no vôlei de praia

Ágatha e Duda não conseguiram superar a campeã olímpica Laura Ludwig, que, ao lado de Margareta Kozuch, eliminou as brasileiras

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FIVB

Há cinco anos, no Rio de Janeiro, Laura Ludwig levou a melhor sobre Ágatha na final do vôlei de praia olímpico. Ao lado de Kira Walkernhorst, a alemã ficou com a medalha de ouro. Enquanto a brasileira levou a prata junto com Bárbara Seixas. Em 2021, nas areias do Parque Shiokaze, em Tóquio, as duas voltaram a se encontrar com parceiras diferentes, mas com o mesmo resultado. Ao lado de Margareta Kozuch, Ludwig bateu Ágatha e Duda, que pertencem ao Time Dux Nutrition, com parciais de 21/19, 19/21 e 16/14 e garantiu a classificação para as quartas de final.

“É óbvio que a gente está muito triste agora. Logo depois do jogo ter que dar entrevista não é fácil quando você perde, ainda mais numa derrota como essa. Mas nosso coração está tranquilo com relação à nossa entrega. A gente sabe que nossa jornada até aqui foi muito bonita e a gente deu tudo o que a gente podia dar. A gente entregou nossa vida para o esporte. Infelizmente a vitória não veio. A gente queria muito medalhar aqui. Nosso time foi formado falando o tempo todo de Tóquio, mas as meninas tiveram muito mérito. Parabéns para elas e a gente vai crescer com essa derrota”, garantiu Ágatha.

“A gente deu tudo, tentou toda a tática. Naquele momento a gente fez o que a gente tinha que fazer. A gente deu literalmente o nosso melhor. Então, não tenho como falar o que faltou porque só Deus sabe o que faltou e o por quê disso. Eu acho que isso vai fortalecer a gente e vai fazer da gente uma pessoa melhor, uma atleta melhor. Elas jogaram muito e nós também jogamos muito, mas só uma dupla pode ganhar”, acredita Duda, que chegou para a entrevista com os olhos vermelhos de tanto chorar por causa da derrota.

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Atuais líderes do ranking mundial, Ágatha e Duda chegaram a Tóquio como uma das grandes favoritas à medalha de ouro. Com cinco pódios, dois deles no lugar mais alto, em sete torneios do Circuito Mundial em 2021, o momento das brasileiras era muito melhor do que o das alemãs, que não passaram das oitavas de final em nenhuma competição da temporada. Mas pesava contra as brasileiras o fato de Ludwig ter levado sempre a melhor sobre elas nos poucos confrontos do ciclo.

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Em 2017, ainda jogando com Kira Walkernhorst, Laura Ludwig derrotou Ágatha e Duda na decisão do ouro do Tour Finals em Hamburgo. Em 2018, a alemã se retirou do Circuito Mundial para ser mãe. Voltou em 2019 e, já ao lado de Margareta Kozuch, e novamente derrotou as brasileiras na decisão do Finals. De lá para cá, elas não tinham mais se enfrentado. Quis o destino que voltasse a acontecer nos Jogos Olímpicos, mas as brasileiras não conseguiram acabar com o tabu diante da campeã olímpica.

“Na verdade, as pessoas querem que exista essa rivalidade por causa da final no Rio de Janeiro, mas eu acho uma bobagem porque a gente quando entra em quadra nem pensa nisso. É um outro time e a gente vive momentos muito diferentes, cada uma com uma parceira diferente”, acredita Ágatha.

Sobre o futuro, a dupla brasileira vai defender a liderança do ranking mundial no Tour Finals, em setembro, na Itália. Em relação a uma nova participação olímpica, Ágatha, que não esconde o desejo de ser mãe, não quis adiantar nada. “Sobre o futuro eu não vou falar nada não. Eu vou viver esse momento aqui. Eu estou pensando só no agora. Sobre o futuro, eu vou pensar depois”.

Mas, se depender de Duda, as duas estarão prontas para tentar tudo de novo em Paris-2024. “Tem muito torneio ainda para jogarmos juntos e a Olimpíada está pertinho! A Ágatha pode! Fisicamente ela está voando”, acredita Duda.

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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