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Tóquio 2020

Brasil vira em cima dos Estados Unidos e se reabilita no vôlei masculino

Depois de perder para a Rússia na última rodada, Brasil se recupera com vitória sobre de virada os Estados Unidos no vôlei masculino dos Jogos Olímpicos

Lucarelli Brasil x Estados Unidos vôlei masculino Jogos Olímpicos. Tóquio 2020
FIVB

Depois de perder por 3 a 0 para a Rússia, a seleção brasileira de vôlei masculino precisava dar uma resposta no jogo contra os Estados Unidos, que começou no fim da noite de quinta e terminou no começo da madrugada de sexta. Foi um duelo duríssimo em que os americanos venceram o primeiro set, mas a equipe comandada pelo técnico Renan Dal Zotto soube manter os nervos no lugar, conseguiu a virada e venceu por 3 a 1 com parciais de 30/32, 25/23, 25/21 e 25/20. Foi a terceira vitória em quatro partidas disputadas até agora nos Jogos Olímpicos. O Brasil fecha a participação na primeira fase sábado, às 23h05, contra a França.

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“A energia foi diferente. O time estava com uma energia mais animal e isso fez diferença. A gente sabe que a derrota foi dolorida mas foi um jogo, a gente sabe que tinham outros dois e só dependia da nossa atitude”, explicou Lucarelli. “A gente teve uma conversa. Eu falo, esse time é cascudo. Não sei qual será o resultado, mas é um time forte. Principalmente ontem quando a gente estava naquela ressaca da derrota, de uma derrota que dói e frustra porque não conseguimos jogar bem, a gente foi para a quadra e treinou como se fosse o último treino. E ninguém treina mais do que a gente. O Lucão falou depois do jogo de hoje, é uma pá de cal nesse jogo como foi na derota. Não tem tranquilidade, a gente joga assim. A gente precisa estar com a faca no pescoço pra colocar ela no dente pra jogar. Essa é a mentalidade”, garantiu Bruninho. “A gente fez um ótimo treino ontem. A gente não sabia o resultado de hoje, mas a a única certeza que a gente tinha era de que a gente ia jogar bem. Eu fico feliz porque os Estados Unidos jogam há muito tempo junto e são candidatos ao pódio”, completou o técnico Renan Dal Zotto.

Chamou a atenção o fato de que, logo depois de um jogo em que o Brasil sofreu muito com os bloqueios da Rússia, todos os atacantes tenham saído de quadra com pontuação alta. Lucarelli foi quem mais marcou com 19 acertos, seguido por Leal com 18, Wallace com 17 e Lucão com 12. Nos Estados Unidos, Mattew Anderson marcou 22, Torey Defalco fez 21 e Taylor Sander, 18.

“Você percebia hoje que estava todo mundo bem, todo mundo dentro do jogo, rodando bola. E isso é muito bom para o levantador porque você consegue fazer as estratégias sem ter preocupações na cabeça de alguém não estar tanto no jogo. Hoje, em todos os momentos, todos estiveram sempre presentes. Essa energia foi fundamental para que a gente conseguisse essa vitória”, comemorou Bruninho. “Os ponteiros estiveram bem! Hoje conseguimos pegar a bola de cima e estourar os dedos do bloqueio americano, mas eu acho que se eu tivesse que apontar um fundamento que foi importante, eu começaria pelo saque. Erramos pouco e colocamos uma pressão neles tremenda e, consequentemente, o sistema bloqueio e defesa funcionou. Botamos muitas bolas para cima e tivemos um bom aproveitamento de contra-ataque, coisa que não tivemos no último jogo”, analisou Renan.

O JOGO

O primeiro set foi de extremo equilíbrio. Após um início fulminante por parte dos norte-americanos, que chegaram a abrir 5 a 0, o Brasil deu a resposta em seguida com uma ótima sequência de Leal e Lucarelli. No entanto, os Estados Unidos foram buscar a parcial e se encontraram com Defalco e Anderson inspirados em quadra. No momento decisivo da parcial, o Brasil teve quatro chances de fechar o set, porém não conseguiu e viu os Estados Unidos reverterem a diferença e também abrirem quatro chances para sair na frente, confirmando na última delas, fechando o primeiro set em 32 a 30.

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O equilíbrio persistiu no segundo set! O Brasil até chegou a abrir 22 a 18 em um ponto de bloqueio de Bruninho, mas os Estados Unidos marcaram quatro vezes seguidas e chegaram ao empate em um ataque de Defalco. A partir daí, as equipes trocaram pontos, mas foram os brasileiros que chegaram primeiro ao set point. Desta vez, no entanto, ele não foi desperdição. Depois de um rally muito disputado, Alan colocou a bola no chão e fechou a parcial em 25/23.

No terceiro set, os dois times trocaram pontos até chegarem ao empate por 7 a 7. Foi o momento em que Lucarelli entrou em ação e deu um respiro para a equipe brasileira. Com um ponto de ataque e mais dois aces seguidos, colocou 10 a 7 no placar para o Brasil. A vantagem aumentou para quatro pontos quando Wallace colocou a bola no chão para fazer 14 a 10. O domínio continou e a diferença chegou a 18 a 13 no bloqueio de Lucão em cima de Taylor Sander. Desta vez, os Estados Unidos não tiveram poder de reação e a parcial foi fechada em 25 a 21 numa bola trabalhada por Bruninho com Lucão no meio-de-rede.

A reação dos Estados Unidos veio no começo do quarto set. A equipe começou melhor a parcial e chegou a três pontos de diferença em 7 a 4. A vantagem, no entanto, durou pouco. Com pontos de Wallace, Lucarelli e Leal, além de um erro de recepção dos americanos, o Brasil chegou ao empate em 8 a 8. Na sequência, um ataque na rede de Mitchell Stahl colocou a equipe de Renan Dal Zotto na frente.

Os Estados Unidos se perderam no jogo e o Brasil chegou a 14 a 11 no ace de Wallace e não perdeu mais a liderança. Com Bruninho distribuindo bem as jogadas entre Wallace, Lucarelli, Leal e Lucão, a equipe cresceu na reta final e fechou o jogo!

BRASIL x ESTADOS UNIDOS – Vôlei masculino – Tóquio 2020

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