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Tóquio 2020

COI evita condicionar Jogos à vacina e cria fundo de ajuda

Thomas Bach preferiu despistar quando perguntado se a realização dos Jogos dependem da descoberta de uma vacina contra o coronavírus e anunciou a criação de um fundo de R$ 4,6 bilhões

Thomas Bach, presidente do COI, preferiu despistar quando perguntado se a realização dos Jogos dependem da descoberta de uma vacina contra o coronavírus.
Thomas Bach é o presidente do COI (World Athletics)

A pandemia do coronavírus já provocou o adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio, mas mesmo em 2021 a realização do evento segue sendo motivo de debate. Em uma entrevista por teleconferência nesta quinta-feira (14), Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) optou por não condicionar as Olimpíadas à descoberta de uma vacina contra a Covid-19 e anunciou a criação de um fundo de ajuda ao esporte.

“Temos um grupo para garantir a segurança da organização e um ambiente seguro para todos. Os conselhos da Organização Mundial da Saúde (OMS) são importantes também. Estamos a um ano e dois meses dos Jogos, então é muito cedo para tirar conclusões. Seguimos as decisões desse grupo”, disse Thomas Bach.

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Em seguida, o presidente do COI foi questionado se os Jogos Olímpicos de Tóquio correm o risco de serem cancelados se não houver uma forma de atestar a segurança em relação à saúde de todos, de jornalistas a atletas. Mais uma vez Thomas Bach evitou prognósticos diretos e ressaltou o trabalho da força-tarefa criada para analisar a situação proveniente da pandemia do coronavírus.

“Estamos trabalhando para o sucesso dos Jogos Olímpicos em julho de 2021. Queremos realizar esses Jogos em um ambiente seguro para todos. A força-tarefa está empenhando todos os seus esforços nisso, para assegurar esse ambiente seguro. Estamos a um ano e dois meses dos Jogos. Então não vamos fazer especulações sobre qualquer futuro acontecimento”, analisou.

No começo desta semana, John Coates, chefe da comissão de inspeção do Comitê Olímpico Internacional (COI), revelou que a entidade não trabalha com um plano B para os Jogos Olímpicos de Tóquio.

Fundo bilionário

Thomas Bach, presidente do COI, preferiu despistar quando perguntado se a realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio dependem da descoberta de uma vacina contra o coronavírus.
Os Jogos Olímpicos foram adiados para 2021 (Divulgação/COI)

Após as perguntas relacionadas à realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio, Thomas Bach anunciou a criação de um fundo de US$ 800 milhões (cerca de R$ 4,65 bilhões) que ajudarão a cobrir os custos do adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio e diminuirão o impacto financeiro causado pelo coronavírus no esporte mundial.

“Esta crise tem um efeito financeiro muito grave no mundo, na sociedade, nos governos e, claro, também nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Temos discutido esse impacto financeiro. Isso não é fácil, porque planejar esses dias é muito difícil por causa de todas as incertezas. Ninguém sabe como é o mundo amanhã. Fizemos uma avaliação de todos esses impactos financeiros e pensamos na criação de um fundo”, disse.

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Os US$ 800 milhões serão divididos em duas partes. Os organizadores dos Jogos Olímpicos de Tóquio vão receber US$ 650 milhões, enquanto os outros US$ 150 milhões serão destinados ao Movimento Olímpico, que abrange os comitês olímpicos nacionais e as federações.

“O COI deve organizar pela primeira vez os Jogos Olímpicos após um adiamento e vai ajudar as partes interessadas. Essa situação jamais vivida precisará da nossa solidariedade. Todos precisamos fazer sacrifícios e compromissos. Com os planos financeiros divulgados hoje, estamos cumprindo o nosso papel”, finalizou Thomas Bach.

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