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Tóquio 2020

Chayenne Pereira faz índice nos 400 m com barreiras e vai à Olimpíada

Chayenne Pereira bate índice olímpico durante disputa do Campeonato Paulista de atletismo; Brasil tem 30 classificados no atletismo

(Wagner Carmo/CBAt)

O Brasil garantiu mais uma velocista nos Jogos Olímpicos. A carioca Chayenne Pereira da Silva, de 21 anos, será mais uma das integrantes da seleção olímpica de atletismo em Tóquio. A atleta fez o índice olímpico ao correr e vencer os 400 m com barreiras em 55.15 no Campeonato Paulista Adulto de Atletismo, nesta sexta-feira (25), no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, em São Paulo. O índice estabelecido pelo World Athletics para a prova é 55.40.

A marca de Chayenne (EMFCA) é recorde sul-americano e brasileiro sub-23 e novo recorde brasileiro adulto – melhorou sua própria marca de 55.70, feita na última quarta-feira (23), em Bragança Paulista, no II Meeting Internacional Rumo a Tóquio. Chayenne fez a segunda melhor marca da história do atletismo sul-americano (atrás da recordista continental Gianna Ursula Woodruff, do Panamá, que tem 54.70) e a 16ª do Ranking da World Athletics.

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Liliane Parrela (Associação Comunidade Atletismo) ficou em segundo com 56.62, seguida por  Rita de Cássia Pereira Silva (ASPM Pindamonhangaba), com 57.48.

“Eu tinha a esperança de me qualificar por pontos para a Olimpíada, e ela aumentou após os últimos resultados. Mas as marcas já estavam saindo nos treinos”, disse Chayenne, que treina na pista da Vila Olímpica de Santa Cruz e na pista da Marinha, no Rio, e está sendo preparada pela treinadora Marsele Mazzoleni para os Jogos de Paris em 2024. Começou correndo revezamentos, mas passou para as barreiras, em 2015, depois de vencer com destreza cordinhas esticadas pela treinadora na praia.

Chayenne Pereira Tóquio Atletismo
Chayenne Pereira é a 30ª representante brasileira no atletismo garantida em Tóquio (Wagner Carmo/CBAt)

“Ela tem 21 anos, saiu da categoria sub-20, e ainda vai melhorar muito. Não posso apressar o desenvolvimento, mas ela pode correr essa prova para 54, para 53 segundos, e ir aos Jogos de Tóquio será uma experiência incrível”, afirma Marsele. 

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Chayenne foi campeã brasileira sub-16, sub-18 e sub-20 e adulta em 2019 nos 400 m com barreiras. Nesta temporada precisou correr muitas vezes para evoluir, teve uma contratura na perna e sentiu o cansaço no Sul-Americano de Guayaquil, Equador (foi 3ª), e depois foi quinta no Troféu Brasil Loterias Caixa, em São Paulo. “Agradecemos ao massaterapeuta Ernandez Massa. Depois de passar por ele, Chayenne ficou bem e ficamos otimistas”, completou Marsele.

Outro bom resultado no Campeonato Paulista de Atletismo nesta sexta-feira foi de Flávia Maria de Lima (FECAM/ASSERCAM), nos 800 m, com 2.01.87, a melhor marca na prova desde 2015, quando ela ganhou a medalha de bronze no Pan-Americano de Toronto. Jaqueline Beatriz Weber (Associação Recreativa Medalha de Ouro) ficou com a prata, em 2.02.69, recorde pessoal, e Uhuru Rocha com o bronze, em 2.06.85.

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