Siga o OTD

Os Olímpicos

Dobradinha suíça no Super-G e uma zebra sueca na patinação

Será uma mini Olimpíada de Inverno nas próximas semanas com vários mundiais ao mesmo tempo

No primeiro dia de disputas do Mundial de Esqui Alpino em Cortina d’Ampezzo, Itália, tivemos as duas provas do Super-G.

O Mundial abriu com as mulheres e o título foi pela primeira vez para a suíça Lara Gut-Behrami. Ela é especialista nesta prova, tendo já conquistado outras duas medalhas em mundiais no Super-G (uma prata e um bronze), além de 16 vitórias e 25 pódios em etapas de Copa do Mundo. Também foi 4ª colocada nas duas últimas Olimpíadas. A americana Mikaela Shiffrin foi a 4ª a descer e logo deixou sua marca, com o tempo de 1:25.98. Na sequência, veio a suíça Corinne Suter, que melhorou o tempo da americana em 0.13, marcando 1:25.85 para assumir a liderança. Duas atletas depois foi a vez de Gut-Behrami que fez uma descida espetacular para marcar 1:25.51. Campeã olímpica em 2018, a checa Ester Ledecka acabou na 4ª posição a apenas 0.06 do bronze de Shiffrin. Vale lembrar em nos Jogos de 2018, Ledecka surpreendeu a todos com o ouro, tirando Gut-Behrami do pódio. Com o bronze, Shifrin chega a 8 medalhas em Mundiais (5 ouros, 1 prata e 2 bronzes).

Na prova masculina, o ouro foi pro austríaco Vincent Kriechmayr, um dos principais nomes do esqui alpino nas provas de velocidade. Ele, que tinha sido prata no último Mundial, foi o 5º a descer e marcou 1:19.41. Um pouco depois foi a vez do francês Alexis Pinturault largar e o líder da Copa do Mundo marcou 1:19.79 para assumir a vice-liderança da prova. Os atletas seguintes deixavam muito a desejar, com descidas ruins e longe dos líderes. No Super-G, os 20 melhores do circuito descem antes e, depois disso, fica muito difícil alguém surpreender e pegar medalha. O alemão Romed Baumann foi o 20º a largar e, com uma prova limpíssima, fez 1:19.48, ficando a apenas 0.07 de Kriechmayr e levou o bronze. O canadense Brodie Seger quase foi a zebra. Apenas 28º a sair, ele fez 1:19.83 e por 0.04 não pegou o bronze. O austríaco Matthias Mayer, atual campeão olímpico, terminou em 6º com 1:20.01.

Enquanto isso, os patinadores de velocidade estão radicados na cidade holandesa de Heerenveen para várias competições, inclusive o Mundial, que também se iniciou nesta quinta-feira. Na primeira prova, os 3.000m femininos, o ouro ficou com a holandesa Antoinette de Jong com 3:58.47, seu primeiro título mundial individual. A super Martina Sablikova foi muito bem, mas ficou a 0.10 de de Jong com 3:58.57 e acabou com a prata. A checa venceu esta prova nos Jogos Olímpicos de 2010 e soma seis títulos mundiais na distância. A também holandesa Irene Schouten completou o pódio com 3:59.75.

Já os homens competiram nos 5.000m e a vitória foi uma zebra. O sueco Nils van der Poel surpreendeu ao vencer com 6:08.39 e se tornou o primeiro sueco a vencer um título mundial ou olímpico na modalidade desde Tomas Gustafsson nos Jogos de Calgary-1988! O holandês Patrick Roest foi prata com 6:10.05 e  russo Sergey Trofimov bronze com 6:13.02. A surpresa negativa ficou com Sven Kramer, que buscava seu 31º título mundial geral. Ele é o atual tricampeão olímpico da distância e já a venceu em Mundiais incríveis oito vezes. Desde o início Kramer não vinha bem e, quando viu que não tinha mais chances, apenas completou a prova com altíssimos 6:35.52, terminando em 19º.

Chegada impressionante na final do Snowboard Cross masculino. FIS/Reprodução YouTube

Fechando o dia, na cidade sueca de Idre, o Mundial de Snowboard Cross viu o espanhol Lucas Eguibar e a britânica Charlotte Bankes subirem no topo do pódio. As duas decisões foram muito apertadas, mas a masculina foi espetacular. Eguibar, o austríaco Alessandro Hämmerle e o canadense Éliot Grondin chegaram praticamente juntos, numa distância de uma prancha entre o primeiro e o terceiro. No photo finish, vitória dada a Eguibar, prata para Hämmerle e bronze para Grondin. No feminino, vale destacar que a americana pentacampeã mundial Lindsey Jacobellis parou ainda nas quartas de final.

Nesta sexta-feira, as provas de inverno seguem intensas, com finais no biatlo, na patinação de velocidade, no snowboard e no skeleton.

Mais em Os Olímpicos