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Tóquio 2020

Ofurô Olímpico #15: Isaquias Queiroz, um fenômeno do esporte brasileiro

Ouro emocionante no C1 1000 em Tóquio premiou uma trajetória que já se previa brilhante há muito tempo, com chance de se tornar ainda maior

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(Breno Barros/rededoesporte.gov.br)

É quase impossível imaginar algum brasileiro que não tenha ficado emocionado com a vitória de Isaquias Queiroz no final da noite de sexta-feira, já sábado (7) em Tóquio, na final olímpica do C1 1000 da canoagem velocidade. Embora tivesse um enorme favoritismo mesmo antes da Olimpíada começar, foi empolgante ver a performance do baiano de Ubaitaba, que não deu chance aos rivais.

Fenômeno típico do esporte olímpico brasileiro, moldado pelo falecido técnico espanhol Jesus Morlán, Isaquias ainda tem tudo para ser um ídolo por muito tempo, esbanjando carisma, simpatia e bom humor em entrevistas. Além de ter um senso de empatia que raros atletas já mostraram, ao dedicar sua medalha aos mortos pela Covid-19 no Brasil. Com quatro medalhas olímpicas agora – além do ouro, tem mais duas pratas e um bronze -, Isaquias Queiroz aponta para ser um dos maiores ídolos do esporte brasileiro.

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E como o blog anda numa fase de relembrar previsões, trago aqui um trecho de um post feito em agosto de 2019, quando Isaquias Queiroz conquistou o título mundial do C1 1000 em Szeged, na Hungria, menos de um ano após a morte de Morlán.

“Isaquias Queiroz entra em um seleto time de fenômenos do esporte nacional, que brilham de forma isolada durante um tempo. Algo que ocorreu com Gustavo Kuerten e Maria Esther Bueno. Com uma diferença importante: o tênis tem no Brasil muito mais representatividade do que a canoagem.

Os feitos do atleta baiano na Hungria são ainda mais relevantes quando se relembra que ele não conta mais com o apoio do treinador espanhol Jésus Morlán. No final do ano passado, ele morreu em decorrência de complicações de um câncer no cérebro. Jésus foi quem descobriu Isaquias para a canoagem velocidade e além de treinador, tinha uma relação quase que de pai para filho com o baiano.

Pois Isaquias mostrou que não apenas superou a ausência do treinador como também o colocou na rota para um feito inédito. Desde já, ele pode ser considerado favorito para a medalha de ouro no C1 1000 na Olimpíada de Tóquio-2020.”

A FRASE

“Acho que esta é uma equipe muito especial, porque não somos corredores de 400 metros. Todas nós fazemos provas diferentes. E foi muito legal estarmos juntas para conseguirmos encerrar os Jogos, e para mim, minha carreira olímpica, desta forma”

Alysson Felix, velocista americana, após a conquista da medalha de ouro no 4 x 400 m do atletismo. Com 11 medalhas, ela é a mulher americana que mais vezes subiu ao pódio em Jogos Olímpicos.

O NÚMERO

5

São os países bicampeões olímpicos no futebol masculino. A lista tinha Grã-Bretanha (Londres-1908 e Estocolmo-1912), Uruguai (Paris-1924 e Amsterdã-1928), Hungria (Tóquio-1964 e Cidade do México-1968), Argentina (Atenas-2004 e Pequim-2008). Agora, o Brasil se junta à esta turma (Rio-2016 e Tóquio-2020).

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