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Judô

Relembre os destaques do judô feminino brasileiro em 2017

Relembre os destaques do judô feminino brasileiro em 2017
Divulgação/IJF

Com ano apagado da campeã olímpica Rafaela Silva, relembre os destaques do judô feminino em 2017!

O ano do judô brasileiro começou com a primeira etapa da Seletiva Nacional, já pensando no ciclo olímpico de Tóquio 2020. As mulheres da Seleção Brasileira de Judô em 2017 foram: Stefannie Arissa Koyama, Larissa Pimenta e Gabriela Chibana na ligeiro (48Kg); Érika Miranda, Sarah Menezes e Eleudis Valentim na meio-leve (52Kg); Rafaela Silva, Tamires Crude Silva e Gilmara Prudêncio na leve (57Kg); Mariana Silva, Ketleyn Quadros e Yanka Pascoalino na meio-médio (63Kg); Maria Portela, Barbara Timo e Amanda Oliveira na médio (70Kg); Mayra Aguiar, Samanta Soares e Melina Scárdua na meio-pesado (78Kg); e, por fim, Maria Suelen Altheman, Rochele Nunes e Camila Yamakawa na pesado (+78Kg).

A primeira competição de grande relevância foi justamente uma das principais etapas do Circuito Mundial. Contando com duas campeãs olímpicas na delegação, Rafaela Silva e Sarah Menezes, o Brasil foi para o Grand Slam de Paris com altas expectativas. No entanto, a delegação feminina voltou para casa sem medalhas. Retornando ao Circuito da Federação Internacional de Judô depois do ouro na Rio 2016, a campeã olímpica Rafaela Silva conquistou o quinto lugar no Grand Slam.

Antes disso, Sarah Menezes e Erika Miranda representaram o Brasil no Aberto Europeu Feminino de Sófia, na Bulgária. As judocas, porém, deixaram a competição nas oitavas de final.

Na disputa do Grand Prix de Dusseldorf, na Alemanha, em fevereiro, Eleudis Valentim chegou a disputar o bronze, mas foi derrotada pela romena Alexandra-Larisa Florian. No segundo dia de competições, Mariana Silva conquistou somente o sétimo lugar. A peso-pesado Rochele Nunes também foi derrotada na disputa pela medalha de bronze, no último dia de disputas.

O judô feminino do Brasil só conquistou a primeira medalha em março, no Aberto Europeu de Praga – o primeiro pódio da modalidade foi o bronze conquistado por Eric Takabatake, no Aberto Europeu de Odivelas, em Portugal, em meados de fevereiro.

Na competição realizada na República Tcheca, Jéssica Pereira e Samanta Soares conquistaram o ouro. Além disso, Beatriz Souza ficou com a prata na decisão do peso-pesado. Os ótimos resultados deixaram o país na segunda colocação geral do Aberto, ficando atrás apenas da Holanda.

No mesmo mês, 11 judocas participaram do Grand Slam de Baku, no Azerbaijão. A novata Stephannie Koyama colocou o ouro no peito ao derrotar na final Milica Nikolic, da Sérvia. Essa foi a primeira medalha da judoca defendendo o Brasil.

No Aberto Pan-Americano de Santiago, no Chile, Amanda Oliveira e Danielle Karla Oliveira conquistaram o bronze. Gabriela Chibana, Eleudis Valentim e Ketleyn Quadros foram campeãs nas respectivas categorias. Já no Aberto Pan-Americano de Lima, no Peru, mais medalhas: ouro para Eleudis Valentim, Tamires Crude, Samanta Soares e Rochele Nunes; prata para Maria Portela e Maria Suellen Altheman; e bronze para Danielle Oliveira, Gabriela Chibana e Amanda Oliveira.

No Grand Prix de Tbilisi, na Geórgia, Rafaela Silva subiu no pódio pela primeira vez na temporada. Dos 15 judocas que representaram o Brasil no torneio, dez conquistaram medalha: Stefannie Koyama, Maria Portela e Victor Penalber ficaram com o ouro; Rafaela Silva, Érika Miranda e Maria Suelen Altheman com a prata e Phelipe Pelim, Charles Chibana, Rafael Buzacarini e David Moura com o bronze. Tais resultados deram ao Brasil a liderança no quadro de medalhas.

Valendo a classificação para o Mundial por equipes deste ano, a seleção feminina brasileira conquistou o ouro no Campeonato Pan-Americano. No individual, ouro com Jéssica Pereira, Beatriz Souza e Samanta Soares, prata com Yanka Pascoalino, e bronze com Stefannie Koyama.

No Grand Slam de Ecaterimburgo, disputado em maio, na Rússia, Erika Miranda garantiu o ouro, e Rafaela Silva e Mariana Silva o bronze. Pouco depois, no Grand Prix de Cancún, Mayra Aguiar foi campeã, estreando na competição já na semifinal.

Visando o Campeonato Mundial de Judô, que foi disputado em Budapeste, na Hungria, a seleção feminina treinou em Castelldefels, na Espanha. A delegação só encerrou o período de preparação em agosto. Já nas disputas, durante os sete dias de competições, o destaque foi para o bicampeonato de Mayra Aguiar e o bronze de Erika Miranda. Rafaela Silva foi derrotada na primeira luta pela portuguesa Telma Monteiro. Além disso, o Brasil conquistou a prata na primeira disputa mista por equipes da história.

Também em setembro, aconteceu o Grand Prix de Zagreb, na Croácia. No primeiro dia de disputas, Eleudis Valentim ficou com o ouro e Jéssica Pereira com o bronze na mesma categoria. No segundo dia, Bárbara Timo subiu no lugar mais alto do pódio.

No Grand Slam de Abu Dhabi, Rafaela Silva e Erika Miranda conquistaram a medalha de prata. Maria Portela, Mayra Aguiar, Beatriz Souza e Maria Suellen conquistaram o bronze.

Reunindo medalhistas olímpicos, o Campeonato Brasileiro de Judô aconteceu em novembro, na Bahia. Ao final da competição, 14 atletas se classificaram para a seleção brasileira principal de 2018, por meio do Ranking Nacional Sênior. No feminino, a liderança do Ranking ficou com Camila Yamakawa (+78kg), Nathália Parisoto (78kg), Barbara Timo (70kg), Alexia Castilhos (63kg), Tamires Crude (57kg), Jéssica Pereira (52kg) e Sarah Menezes (48kg), que garantiu seu lugar na seleção de volta ao peso Ligeiro depois de um ano de testes no meio-leve (52kg).

Também em novembro, o Grand Prix Interclubes de judô feminino foi vencido pelo Instituto Reação, do Rio de Janeiro. Na decisão contra o Pinheiros, a equipe carioca saiu na frente com vitórias de Jéssica Pereira e Tamires Crude e garantiu a medalha de ouro com a participação decisiva de Rafaela Silva.

Chegando ao final da temporada de competições, com nove brasileiros na disputa de medalha, o Brasil ficou longe do pódio no primeiro dia do Grand Slam de Tóquio. No último dia, Maria Suellen Altheman conquistou o bronze.

O último campeonato do ano foi o World Masters, que contou com a participação de 17 judocas brasileiros, sendo oito mulheres. Entre elas, Maria Portela garantiu o ouro e Erika Miranda e Maria Suellen o bronze.

Com o bom desempenho no ano – 42 medalhas de ouro, 37 de prata e 48 de bronze, no feminino e masculino -, o Brasil terminou em segundo lugar no ranking mundial de judô de 2017. O país ficou atrás apenas do Japão, grande potência no esporte.

Ainda assim, Rafaela Silva, eleita a atleta do ano em 2016, não teve uma boa temporada no judô. Depois do ouro olímpico, a judoca encontrou dificuldades em conquistar bons resultados à altura das expectativas criadas após a Rio 2016. Em entrevista exclusiva ao Olimpíada Todo Dia, Rafaela atribuiu os resultados à “fama” após a conquista do último ano.

Mundial Júnior de Judô

Em Zagreb, na Croácia, o Brasil encerrou a participação no Mundial Júnior de Judô com o bronze de Beatriz Souza, que venceu a polonesa Anita Formela – Daniel Cargnin conquistou o ouro. Ao todo 19 judocas brasileiros participaram da competição.

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