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Judô

Rafaela Silva decide e Reação é tricampeão do Grand Prix

Rafaela Silva busca medalha inédita no Grand Slam de Tóquio

Com a participação decisiva de Rafaela Silva, Instituto Reação conquista pela terceira vez o título do Grand Prix Interclubes de judô feminino

Uma semana após conquistar em São Paulo o título inédito do Grand Prix masculino interclubes de judô, o Instituto Reação, do Rio de Janeiro, faturou o tricampeonato da competição feminina, que foi disputada em Lauro de Freitas, na Bahia. Na decisão contra o Pinheiros, a equipe carioca saiu na frente com vitórias de Jéssica Pereira e Tamires Crude e garantiu a medalha de ouro com a participação decisiva da campeã olímpica Rafaela Silva. Com esse terceiro título, as cariocas igualaram o Minas como maiores campeões da história do GP Feminino. A equipe de Belo Horizonte ficou com bronze desta edição ao derrotar a Sogipa (RS).

A primeira luta da final foi um clássico nacional do meio-leve (52kg): Eleudis Valentim contra Jéssica Pereira. No tempo normal, a luta terminou empatada e, no golden score, Jéssica conseguiu um waza-ari para assegurar o primeiro ponto do Reação.

Em seguida, Tamires Crude (Reação/57kg)) pontuou com dois waza-aris e finalizou Joseane Nunes (Pinheiros/57kg) com uma chave de braço para vencer por ippon.

O ponto decisivo ficou, então, para o terceiro combate, onde o time do Rio contou com toda a experiência e técnica da campeã olímpica, Rafaela Silva, para superar Jéssica Santos (Pinheiros/63kg) por um waza-ari e garantir o terceiro título nacional do Reação. Para Rafaela, no entanto, este foi seu quinto título, fazendo dela a atleta mais vitoriosa da história do GP feminino.

“No início do Grand Prix, o Reação ainda não tinha muitas atletas de alto rendimento. Éramos apenas eu e minha irmã (Raquel Silva). Então, eu lutei pela Sogipa e pelo Pinheiros e fui campeã com esses dois clubes até que conseguimos formar uma equipe muito forte no Reação. Há quatro anos disputamos o Grand Prix, batemos na trave no início, mas conseguimos crescer nos outros anos”, lembrou Rafaela. “Neste ano viemos sem o peso 70kg, então, sabíamos que precisávamos abrir sempre três pontos no início para sairmos vitoriosas e foi o que fizemos. Agora, vamos trabalhar para construir uma nova equipe mista para poder continuar brigando por medalha no ano que vem.”

Os pontos do Pinheiros foram marcados por Bárbara Timo (70kg), que venceu Carolina Pereira por ippon (hansokumake), e por Maria Suelen Altheman (+70kg), que imobilizou Camila Yamakawa até o ippon.

Minas supera Sogipa na decisão pelo bronze

Na disputa pelo bronze, a Sogipa começou melhor com vitória de Érika Miranda por um waza-ari contra Layana Colman, no que seria a única vitória das gaúchas no confronto.

O Minas reagiu na segunda luta com Kamilla Silva superando Gabrielle Gonzaga por ippon. Ketleyn Quadros virou o placar em favor das mineiras, vencendo Ryanne Lima por um waza-ari no golden score. Sarah Nascimento ampliou a vantagem ao superar Maria Portela por um waza-ari e garantiu a medalha para o Minas, que ainda fechou o placar em 4 a 1 após vitória de Isabela Sanches (+70kg) sobre Claudirene Cezar na última luta.

“Apesar da maioria ser jovem na nossa equipe, elas treinam sempre com atletas mais experientes. Eu não duvidei em nenhum momento da capacidade da nossa equipe. Neste tipo de competição a gente tem condições de enfrentar qualquer tipo de dificuldade juntas”, avaliou Ketleyn Quadros, uma das líderes do Minas. “A maioria do nosso time está nas Seletivas agora no final de ano e esse GP foi uma oportunidade para elas verem que realmente podem chegar onde querem. Lógico que a gente entra na competição querendo ser campeã, ainda mais o Minas, que já foi três vezes. Mas, o que eu fico mais feliz é que cada uma conseguiu dar o seu melhor e saímos daqui com um bronze conquistado pelo esforço de todo mundo.”
Esta foi a última edição do Grand Prix Nacional Interclubes Feminino de Judô. Depois de 12 anos com o formato por divisão de gêneros (feminino e masculino), o Grand Prix, a partir de 2018, passará a ser disputado por equipes mistas formadas por homens e mulheres, nos moldes da competição aprovada pelo Comitê Olímpico Internacional que valerá medalha nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

RESULTADO FINAL – GP FEMININO 2017

1º – Judô Comunitário Instituto Reação (RJ)
2º – Esporte Clube Pinheiros (SP)
3º – Minas Tênis Clube (MG)
4º – Sogipa (RS)
5º – S.E. Palmeiras (SP)
6º – Grêmio Náutico União (RS)
7º – Associação Atlética Judô Futuro (MS)
8º – Jequiá Iate Clube (RJ)

CAMPEÕES – GRAND PRIX NACIONAL INTERCLUBES – FEMININO

INSTITUTO REAÇÃO – 3 (2015, 2016 e 2017)
MINAS TÊNIS CLUBE – 3 (2011, 2013 e 2014)
SOGIPA – 2 (2009 E 2010)
AD SÃO CAETANO – 2 (2006 E 2008)
FLAMENGO – 1 (2012)
PINHEIROS – 1 (2005)

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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