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Jogos Olímpicos de Inverno

Há um ano, o Time Brasil vivia ‘experiência indescritível’ na neve

Terceira edição dos Jogos Olímpicos da Juventude de Inverno contou com número recorde de atletas brasileiros e participações em modalidades

curling Jogos Olímpicos da Juventude de Inverno Lausanne
(Valter Franca/COB)

No início de janeiro de 2020, mais exatamente no dia 9, o Time Brasil iniciava participação histórica na terceira edição dos Jogos Olímpicos da Juventude de Inverno em Lausanne (Suíça). Na competição, que reuniu 1.872 atletas de 14 a 18 anos, a delegação brasileira quebrou recordes nacionais e jovens promessas do esporte vivenciaram sua primeira experiência olímpica.

Foi o caso do capitão da equipe mista de curling, Vitor Mello. “Foi uma experiência indescritível. Aprendi muito em termos de dedicação e motivação, não só em relação ao esporte, mas para a minha vida. Além de terem sido meus primeiros Jogos Olímpicos, foi também a minha primeira competição internacional. Entendi o peso que é representar o meu país. Estar com os outros atletas me ensinou bastante de trabalho em equipe, liderança, respeito. A convivência da equipe foi excelente. Nós mantivemos contato, nos encontramos nos treinos, apesar da pandemia. Lausanne me deu mais motivos para seguir a minha carreira.”

Brasil nos Jogos Olímpicos da Juventude de Inverno

O Time Brasil contou com 12 atletas em seis modalidades – em Lillehammer 2016 foram dez, de cinco modalidades – e o país ainda teve bons desempenhos no snowboard cross, no esqui cross-country e no curling, além da estreia no biatlo em Jogos Olímpicos da Juventude de Inverno.

A estrutura do Comitê Olímpico do Brasil (COB) aos atletas também foi a maior em uma edição do evento. Ao todo, 18 profissionais trabalharam na Missão desde 3 de janeiro para deixar tudo pronto para os atletas.

O esqui cross-country, modalidade em que o Brasil já tem uma tradição de participação em grandes eventos, bateu diversas marcas em Lausanne 2020. Foram quatro participantes – Manex Silva, Rhaick Bomfim, Taynara da Silva e Eduarda Ribera –, com a primeira participação feminina.

Mesmo competindo contra atletas de países tradicionais na neve, como Argentina e Chile, o Brasil teve o melhor resultado de um país sul-americano nas provas da modalidade: Top 40 de Manex Silva na prova de Sprint com 347,26 pontos FIS.

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Taynara da Silva ainda foi responsável pela estreia do Brasil no biatlo feminino. Outra modalidade que participou pela primeira vez nos Jogos Olímpicos da Juventude foi o snowboard cross, com Noah Bethônico. O atleta de 16 anos ficou na 11ª colocação, dois pontos abaixo da linha dos oito que avançavam à semifinal, e terminou com o melhor resultado da delegação brasileira em Lausanne.

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No curling, o Brasil estabeleceu novas marcas com o time formado por Vitor Melo, Michael Velve, Gabriela Rogic Farias e Letícia Cid. Foi a primeira vez que a equipe mista marcou pontos em todos os jogos em uma competição internacional e ainda quebrou os recordes de pontos marcados em uma mesma partida, na derrota de 12 a 3 para Dinamarca, em que venceu dois ends. Ainda nos esportes de gelo, o Brasil foi o único país latino-americano a ter atletas disputando o bobsled e o skeleton, com Gustavo Ferreira, Larissa Cândido e Lucas Oliveira, que competiram em Saint Moritz.

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