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“O céu é o limite”, diz Lucas Piccinato, treinador do São Paulo

Vaga garantida na elite, campeão da A2 nacional e semifinalista do Paulistão: com jovens atletas, São Paulo brilha em 2019 após reativação do time feminino de futebol

Anderson Rodrigues/saopaulofc.net

O São Paulo vive uma temporada extremamente positiva. Logo no primeiro ano da retomada da equipe feminina, os frutos já foram colhidos. Em conversa exclusiva com o Olimpíada Todo Dia, o técnico Lucas Piccinato mostrou empolgação com o momento atual do clube, destacou a união do grupo e revelou que o sucesso instantâneo não estava previsto.

Em apenas nove meses, o elenco conquistou o título do Campeonato Brasileiro A2 ao superar o Cruzeiro na grande decisão, confirmando também o acesso à elite nacional. Além disso, no último sábado (07), a vitória por 2 a 0 diante do rival Palmeiras levou o Tricolor para as semifinais do Campeonato Paulista, em uma chave que ainda contava com Santos e São José, instituições que há anos realizam um trabalho importante com o futebol feminino.

“Chegar em duas semifinais nos dois torneios que estamos disputando não é uma coisa simples de se fazer. O grupo de trabalho merece muito, trabalha demais. Sabíamos que tínhamos condições de brigar por isso, mas existem equipes muito qualificadas na competição. Sabíamos o quanto seria difícil. Fico feliz pelas coisas estarem dando certo. Agora, é tentar atingir uma meta a mais. Conversamos no vestiário (após clássico contra as palmeirenses). Esse grupo cada vez mais sobe um degrau e me mostra que dá para subir mais um. A semifinal do Paulista é muito importante, estamos felizes, mas queremos buscar uma vaguinha na final para poder brigar por mais esse título”, comentou o treinador de 29 anos.

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Cristiane Mattos/saopaulofc.net

Considerando o retrospecto geral, o time do Morumbi registra campanha impressionante em 2019: ao todo, são 19 vitórias, oito empates e apenas duas derrotas em 29 compromissos. O aproveitamento está na casa dos 74%. Na grande maioria das partidas, o alto rendimento foi alcançado através das boas atuações de jovens jogadoras. A experiente Cristiane, por exemplo, que chegou como principal reforço, conviveu com lesões e convocações para a Seleção Brasileira. A demonstração de força por parte do conjunto de fato chamou a atenção.

“Na primeira entrevista, eu disse que brigaríamos por títulos, justamente pela história que o São Paulo tem e pela capacidade que essas jogadoras que trouxemos têm demonstrado jogo a jogo. A gente esperava, sim, brigar por títulos. Mas é óbvio que, por ser uma equipe muito nova e trabalharmos juntos pela primeira vez, não esperávamos que elas tivessem tanto sucesso tão rápido. Fico feliz por elas, é um grupo de trabalho muito bom e espero, de coração, chegar em mais uma final”, contou Lucas Piccinato.

Em relação à idade, a média das atletas gira em torno de 23,9 anos. Valéria e Vitória Yaya, destaques da nova geração, já defenderam as cores do Brasil na temporada – a última delas, inclusive, marcou presença na primeira lista da sueca Pia Sundhage. A expectativa é de que o crescimento coletivo seja ainda maior daqui para frente.

“O céu é o limite. A gente trabalha demais, busca muito. As meninas são muito jovens. É um grupo de média de idade bem jovem. Quando você tem um elenco assim, o céu é o limite. Tentamos apenas coordenar para que elas estejam sempre no seu 100% dentro de campo. Eu vejo um futuro brilhante para essa equipe”, complementou o comandante.

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