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Tóquio 2020

Atletas do ‘Comitê Olímpico Baiano’ pensam em férias e celebram medalhas

Canoísta baiano dedica ouro a Jesus Morlán, ex-técnico falecido em 2018. Trio do boxe (Hebert Conceição, Beatriz Ferreira e Abner Teixeira) espera que medalhas inspirem as novas gerações

Isaquias Queiroz - Bia Ferreira - Abner Teixeira - Hebert Conceição - Bahia -
Daniel Ramalho / COB

Só faltou o Olodum para a festa ser completa. Os baianos Hebert Conceição (ouro/até 75kg), Beatriz Ferreira (prata/até 60kg) e Abner Teixeira (bronze/até 91kg), medalhistas do boxe, e Isaquias Queiroz, ouro na canoagem (C1/1.000m), visitaram o CT Time Brasil na manhã desta quarta-feira (11). O ‘comitê olímpico baiano’, como brincou o canoísta, celebrou as conquistas em Tóquio e falou dos planos para o próximo ciclo, que é mais curto, com apenas três anos até os Jogos de Paris 2024.

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“Não me lembra de Paris, não”, brincou Isaquias Queiroz. “Quero descansar um pouco, viajar com a minha família, aproveitar um pouco das férias ao lado deles. Meu objetivo era essa medalha de ouro, eu tinha certeza de que iria brigar pelo título olímpico. Queria representar o cara que mudou a canoagem do Brasil, pelo que fez não só comigo, mas com todos: o Jesus Morlán”, completou o baiano, dono de quatro medalhas (duas pratas e um bronze nos Jogos Rio 2016), referindo-se ao técnico falecido em 2018.

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Pensando no ciclo para a França, Isaquias mira duas medalhas para se tornar o maior medalhista olímpico do país de todos os tempos (Robert Scheidt e Torben Grael possuem cinco).

Sem surpresas

Já a ‘nobre arte’ voltou com três medalhas na bagagem. Se a campanha extremamente positiva surpreendeu os brasileiros, o resultado não foi uma surpresa para os pugilistas medalhistas, como disse Abner Teixeira.

“Tivemos um ciclo bem consistente de resultados. Sabíamos que a gente ia chegar lá e que a medalha não ia ser surpresa, mas que nós íamos surpreender bastante gente”.

Bia Ferreira exaltou a união da equipe e espera que os resultados ajudem a fazer a modalidade crescer ainda mais. O campeão olímpico Hebert lembrou das medalhas dos Jogos anteriores e fez questão de dividir o mérito da conquista.

“Temos uma sintonia muito boa, espero que a gente possa trazer cada vez mais resultados. Que essas medalhas inspirem a base, aqueles que estão vindo, que possam aproveitar e dar alegrias aos brasileiros”, frisou Bia.

“As medalhas de Londres 2012 e Rio 2016 ajudaram muito, com certeza, influenciaram muita gente e foram fundamentais para o desenvolvimento do boxe. Somos de um esporte individual, mas a medalha é resultado do trabalho de toda uma equipe”, completou Hebert.

Hebert-Conceição-x-Oleksandr-Khyzhniak-jogos-olímpicos-boxe - Isaquias Queiroz - Beatriz Ferreira - Abner Teixeira - Bahia -
Momento em que Hebert Conceição acerta o cruzado de esquerda e consegue o nocaute que lhe dá o título olímpico (Wander Roberto/COB)

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