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Basquete

‘Tenho plano A, B e C’, diz Petrovic sobre o Pré-Olímpico

Por conta da pandemia, calendário da NBA e de algumas competições não estão completamente definidos e a seleção brasileira pode estar desfalcada

Petrovic convoca Brasil para duelos contra o Uruguai
Petrovic trabalha com algumas possibilidades para o Pré-Olímpico na Croácia (Divulgação FIBA)

De 22 de junho a 4 de julho de 2021 a seleção brasileira masculina estará na Croácia disputando o Pré-Olímpico de basquete. Contudo, por conta da Covid-19, a NBA e algumas ligas europeias não sabem como será o calendário e se os atletas estarão disponíveis para as seleções. Mesmo com isso, o croata Aleksandar Petrovic já pensa nas alternativas para am competição. “Tenho plano A, B e C para formar time do Brasil no Pré-Olímpico”, comentou o treinador em entrevista exclusiva ao Olimpíada Todo Dia.

O reflexo da pandemia do coronavírus no esporte vai se seguir no próximo ano. Por conta dela, a temporada de 2020/2021 da NBA não tem uma data de início e de término confirmada. A Covid-19 fez com que o último ano do basquete dos Estados Unidos acabasse somente no dia 11 de outubro e deixasse uma incógnita sobre como será a sequência. 

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Por conta disso, não se sabe se os atletas que atuam na NBA estarão disponíveis para convocações nas datas do Pré-Olímpico, visando a vaga para os Jogos de Tóquio-2020, adiados para o ano que vem. Levando isso em consideração, Aleksandar Petrović é direto quando perguntado sobre o assunto. “Primeiro temos que ver o que vai acontecer com a NBA. Porque existe uma pressão dos jogadores para jogar por suas seleções também. Mas temos que estar prontos para o que pode acontecer. Hoje tenho plano A, B e C para formar o time do Brasil na Croácia. Não somos favoritos, mas se trabalharmos direito podemos classificar”.

Aleksandar Petrovic técnico da seleção brasileira de basquete masculino mundial guy peixoto cbb
Petrovic no último Mundial com a seleção brasileira (Foto: Divulgação/FIBA)

No caso do Brasil, Cristiano Felicio, Bruno Caboclo e Raulzinho atuaram na última temporada da NBA e, apesar de não terem contratos garantidos para a próxima temporada, podem ter este problema para o Pré-Olímpico da Croácia. 

A mescla pode dar a vaga

Nos últimos anos, quando se falava em seleção brasileira masculina, já vinha a mente nomes como o de Marcelinho, Marcelinho Huertas, Leandrinho, Nenê, Tiago Splitter, Anderson Varejão, Alex e Marquinhos. Contudo, com algumas aposentadorias, o Brasil precisou buscar novos nomes. 

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Apesar de ter feito uma convocação para as eliminatórias da Copa América de 2022 com alguns nomes desconhecidos do grande público, Petrovic sabe o que quer fazer com o Brasil em junho em solo croata.

“Acho que mesclar os veteranos e os mais jovens e quem joga dentro e fora do país é o caminho. Os mais velhos nós sabemos que estão na reta final de sua passagem pela seleção brasileira. Na Europa temos Benite, Augusto Lima, Huertas e Rafa Luz, na NBA temos o trio e no Brasil Alex, Marquinhos e bons jovens que estão nas listas da Copa América de 2022 e certamente vão estar no Pré-Olímpico. Vamos trabalhar e todos têm que saber do que é preciso. Cada minuto que está em quadra pela seleção é preciso se dedicar, se entregar, desfrutar, é preciso ser intenso”. 

Alex Basquete Brasil Tóquio
Alex é o exemplo de que idade é apenas número para Petrovic (FIBA/Divulgação)

Mais experiente jogador do Brasil no último mundial, Alex Garcia, o “Brabo”, já disse algumas vezes que se vê jogando em alto nível por pelo menos mais duas temporadas. Para Petrovic, o ala vai seguir na seleção brasileira mais algum tempo. 

“Alex é necessário na seleção brasileira. Temos que ter jogadores que saibam defender os chutadores de fora e os alas dos adversários como ele defende. Não me importa a idade, me importa o que é feito na quadra, e o Alex mostra na quadra que ainda pode estar ali”. 

Varejão precisa jogar 

Um dos destaques do Brasil no Mundial de basquete de 2019, disputado na China, Anderson Varejão pode se tornar um problema para o técnico Petrovic. Sem jogar há pouco mais de um ano, o pivô tem mantido sua forma treinando de maneira individual, mas, segundo o técnico da seleção brasileira, é preciso mais para que ele possa voltar a ser convocado. 

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Anderson Varejão girando para cima de Giannis Antetokounmpo no Mundial
(Divulgação FIBA)

“O único caso mais complicado é o do Anderson Varejão. Ele está há 14 meses sem jogar e, mesmo treinando e mantendo a forma, é preciso jogar. Convocar algum jogador sem ele estar jogando é complicado. Qualquer treinador que acompanha basquete fica impressionado com o que ele fez no Mundial da China, mas ele precisa jogar”, finalizou Petrovic.

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