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Paris 2024

‘Brasileira’ na França, Julie Oliveira sonha com Paris-2024

Julie Oliveira, oposta de 25 anos, é filha de pai brasileiro, defende a seleção europeia e sonha com Paris-2024

Julie Oliveira quer ir para a Olimpíada de 2024
Aos 24 anos, Julie Oliveira foi convocada para a seleção principal da França (Instagram/julie0lvr)

“Salut, je suis Julie Oliveira Souza et je suis française et brésilienne”. Assim começou o contato da reportagem do Olimpíada Todo Dia com a oposta Julie Oliveira Souza. A atleta, que chamou a atenção pelo sobrenome na lista da seleção francesa de vôlei feminino, confirmou a suspeita. Ela é uma “brasileira” na França. 

Aos 25 anos, Julie Oliveira Souza se destaca pelo sobrenome que coloca nas camisas que usa na seleção e nos times em que atua. Perguntada qual a história por trás disso, a oposta que atua no DPD Legonowia, da Polônia, nas duas últimas temporadas, explica.

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“Meu pai é brasileiro. Nasci e morei quase a vida toda na França, mas tenho família no Brasil e costumo visitar o país”, responde a atleta em bom português para o OTD

Julie Oliveira faz parte de uma nova geração de atletas do vôlei francês. Com o país sendo sede dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, a federação trabalha para que a equipe feminina esteja pronta para brigar com as grandes seleções. “Meu sonho é disputar uma Olimpíada”. 

Projeto para Paris-2024

Diferente do que acontece no masculino, em que a França tem um dos melhores jogadores do mundo, o ponteiro Earvin N’Gapeth, e a seleção é a sexta colocada no ranking mundial, a equipe feminina do país precisa melhorar no cenário mundial. 

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Atualmente, a França é apenas a 53ª no ranking mundial e não disputa as maiores competições internacionais. Para mudar esse cenário, a federação da modalidade no país decidiu iniciar um processo de renovação agora para os Jogos de 2024. 

Na convocação em que Julie Oliveira fez parte, a média de idade do grupo era de 22 anos e evidenciou o que já havia sido comentado pela Federação Francesa de vôlei. Das 17 atletas chamadas para o período de treinos, somente três estão com pelo menos 28 anos. 

Sabendo da ideia da federação de preparar e fortalecer o time para a disputa dos Jogos Olímpicos de Paris, Julie Oliveira não esconde o que pensa. “É uma grande oportunidade de poder ter a Olimpíada em Paris. Pela primeira vez, a seleção francesa feminina vai poder participar, então o objetivo é de trabalhar muito para ser pronta para essa competição. Estou muito orgulhosa da convocação”. 

Caminho no vôlei 

Julie Oliveira conheceu o vôlei em casa. Por influência do pai, que jogava, acabou crescendo próxima do esporte e escolheu a modalidade logo cedo. A paixão pelos pontos, aces e ataques veio logo de cara e a sequência se deu na França. 

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New season, new goals👊🏼🏐💓🙏🏼 #ligueA

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“Aos 14 anos, deixei minha família para ir jogar em uma escola em Paris. É tipo um centro de treino com vários esportes, você joga todos os dias e estuda também. Depois, aos 16 anos, foi para Toulouse e fiquei até os 18. Depois disso comecei a jogar profissional depois”. 

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Mesmo tendo nascido na França e estar jogando no DPD Legionovia há duas temporadas, Julie Oliveira não esconde duas influências brasileiras. Se fora de quadra a oposta vive escutando as músicas do país, quando se fala de vôlei ela não esquece do Brasil. 

“Me espelho muito nas brasileiras, elas me influenciaram. Gosto muito da Sheilla, da Thaisa, da Fabiana, da Tandara. Das estrangeiras eu acompanho muito a Boskovic, gosto bastante do jogo dela”, finalizou Julie Oliveira.

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