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Tóquio 2020

Thalita Simplício garante prata pro Brasil nos 400m T11 da Paralimpíada

Depois da prata no revezamento 4x100m na Rio 2016, Thalita Simplício, aos 25 anos, garante segundo lugar nos 400m T11 em Tóquio 2020

Tóquio – Para seguir com a carreira vencedora! Thalita Simplício garantiu o segundo lugar do pódio nesta sexta (27), na Paralimpíada de Tóquio 2020, na prova dos 400m, da classe T11, com o tempo 56s80. Além da brasileira, o pódio foi composto pela chinesa Cuiqing Liu, que bateu o recorde paralímpico com 56s25 e ficou com o ouro e a colombiana Angie Mamian com o bronze, com 57s46. Essa é a sétima medalha do país só no atletismo.

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“A gente já vinha de dois tiros de 400m em vinte e quatro horas. Esse era o terceiro. Estamos muito felizes, aconteceram alguns erros, mas somos seres humanos. A gente sabia que a chinesa vinha pra brigar com o ouro junto com a gente, mas a gente deu nosso melhor, com certeza”, conta.

Thalita segue na competição para a disputa dos 100m e dos 200m: “a gente sabe que ela (medalha de ouro) vai vir. A gente está confiante agora, a gente já quebrou o gelo da sensação da competição. Uma sensação diferente de todos os outros Jogos, você entrar num estádio dessa magnitude e sabe que está sem ninguém. Sensação totalmente diferente”.

A parceria com o guia Felipe Veloso

Felipe Veloso tem tripla função ao lado de Thalita Simplício: treinador, guia e amigo. “Estamos juntos há nove anos, desde os Jogos Escolares, quando tudo começou. Aos poucos as coisas foram acontecendo, Thalita sempre mostrou que tem muito potencial. Por ter passado por outras modalidades, fez balé muito tempo, fez caratê, isso deu uma consciência corporal diferenciada. Eu sou grato de poder fazer parte disso. Mudou minha vida em todos os sentidos, pessoal e profissional”, garante Felipe.

Currículo

Em sua carreira, Thalita Simplício conquistou o ouro nos 400m e prata nos 200m no Mundial de Dubai em 2019. Nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, ela foi prata nos 100m e nos 200m. Com o revezamento 4x100m, a atleta garantiu a prata na Paralimpíada do Rio de Janeiro em 2016.

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No ciclo anterior, Thalita já vinha de bons resultados com o bronze nos 400m no Mundial de Doha em 2015, a prata no salto, nos 200m e nos 400m no Parapan-Americano de Toronto 2015.

O começo no esporte

Thalita Simplício nasceu com glaucoma, era baixa visão e, aos 12 anos, tornou-se totalmente cega. Sempre praticou esportes como natação, caratê e goalball. Encontrou o atletismo aos 15 anos em um projeto do próprio Comitê Paralímpico do Brasil.

Jornalista formada pela Cásper Líbero. Apaixonada por esportes e boas histórias.

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