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Tóquio 2020

Washington Júnior se emociona e dedica medalha para avó incentivadora

Medalhista de bronze logo em sua primeira Paralímpiada, velocista se emociona ao relembrar dos incentivos da avó

(Ale Cabral/CPB)

Além da medalha de ouro com Petrúcio Ferreira, o Brasil comemorou a medalha de bronze de Washington Júnior na disputa dos dos 100 m rasos da classe T47 na Paralímpiada de Tóquio 2020. Saindo com um pódio logo em sua primeira edição, o velocista carioca não esconde a alegria com o feito, apesar de acreditar que poderia ter feito ainda mais caso não tivesse testado positivo para covid-19 poucos dias antes da data inicial de embarque para o Japão para a competição.

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“Quem me conhece sabe que não sou de inventar desculpas. Mas tenho certeza que se não fosse por esse teste positivo teria corrido um pouco melhor. Mas o importante é ter conseguido o pódio. Estou muito feliz por isso. Feliz também pelo Petrúcio. Claro que queria ter ganhado, mas vou seguir treinando pra isso. Ano que vem tem Mundial aqui (no Japão) e espero novamente proporcionar alegria para o Brasil”, declarou o medalhista de bronze.

Petrúcio Ferreira conquistou a medalha de bronze em sua primeira participação em Paralímpiada (Ale Cabral/CPB)

Dedicatória para a avó

Bastante lúcido e concentrado durante a zona mista mesmo após ter conquistado o bronze ao ter completado a prova dos 100 m com o tempo de 10s68, Washington Júnior só deixa a emoção aflorar quando fala de sua família. Nascido no Rio de Janeiro, o atleta de apenas 24 anos ressalta o grande incentivo dos familiares em sua conquista, sobretudo a sua falecida avó, Ivone Assis da Graça, que foi uma de suas principais incentivadoras durante toda a carreira.

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“A pessoa especial pra mim não se encontra mais aqui. A minha vó, que já faleceu. Ela foi tudo pra mim. Claro que meu pai e minha mãe sempre me ajudaram, mas a minha vó fez muita coisa por mim. Tenho certeza que se ela estivesse viva agora ela estaria chorando por mim. Tenho muita saudade dela e hoje dedico essa medalha primeiramente pra Deus e também pra ela”, declara o atleta.

Washington Júnior Paralímpiada
Avó de Washington Júnior foi uma das maiores incentivadoras do atleta (Instagram/wjshitao47)

Bastante emocionado, Washington Júnior relembrou das conversas que tinha com a sua avô, que acabou não vendo o seu neto competir uma Paralímpiada. Mesmo assim, o velocista sente que dona Ivone estava ao seu lado na pista e dedica o pódio à ela.

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“Ela falou pra mim que um dia ela iria me ver na Paralímpiada. Eu acredito que ela está me vendo onde quer que ela esteja. É minha primeira Paralímpiada e essa medalha é pra ela. Eu corri e dei o meu melhor aqui por ela. Eu estou muito feliz, mas sei que ela está muito mais”, completou Washington com lágrimas nos olhos.

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