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Tóquio 2020

Brasil busca reação em jogo coletivo, bate a Rússia e vai à semi no vôlei

Brasil vira sobre a Rússia no vôlei feminino e, agora, encara a Coreia do Sul na semifinal, nesta sexta (6)

Brasil e Rússia - Jogos Olímpicos de Tóquio
(Divulgação/FIVB)

Tóquio – Foi um show de vontade e jogo coletivo, com emoção, é claro! O Brasil encarou o Comitê Olímpico Russo, nesta quarta (04), saiu atrás no placar em um jogo difícil e disputado, e buscou a reação na partida. Vitória muito comemorada pelas comandadas por Zé Roberto Guimarães por 3 sets a 1 com parciais de 23/25, 25/21, 25/19 e 25/22). Agora, a seleção de vôlei feminino se prepara para encontrar a Coreia do Sul, nesta sexta (6), em horário a definir, na semifinal dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

Assim, o Brasil espanta o fantasma das quartas de final da Rio-2016, quando a equipe foi eliminada, e garante a vaga na semifinal. Além disso, a campanha chega a seis jogos e seis vitórias nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. A seleção feminina liderou o grupo A com 5 vitórias, seguida da Sérvia, que ficou em segundo (4V e 1D), da Coreia do Sul e da República Dominicana (classificadas para o mata-mata), e Japão e Quênia (eliminados). 

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“Brasil e Rússia sempre tem emoção, ainda mais nas quartas de final. A gente lembra daquele histórico há nove anos atrás, que tiveram cinco match points para o Brasil fechar, então passa um filme na cabeça. Nosso grupo trabalha demais, a gente sabe o quanto somos merecedoras de estarmos aqui e vamos com tudo para a semifinal. A gente chegou aqui sem ser favorito e agora está um bolo danado e tudo pode acontecer. Estamos confiantes e bora buscar essa final”, disse Camila Brait.

Agora, as comandadas de José Roberto Guimarães terão pela frente a Coreia do Sul, que venceu a Turquia e contra quem o Brasil estreou com vitória na Olimpíada. Do outro lado da chave, o caminho também é duro e conta com fortes equipes. Mesmo com a ausência da China, que já ficou pelo caminho, teremos confrontos de peso. A Itália, de Egonu, foi derrotada pela Sérvia, que vai encarar os Estados Unidos, que superaram a República Dominicana.

Fala, seleção

“Estou muito feliz pelo que a gente vem fazendo. Está muito nítido para o mundo inteiro que o que tem feito a diferença para o Brasil é o time e acreditar o tempo inteiro. Começamos a partida perdendo de 1 a 0, quase perdemos o segundo set e sempre acreditamos uma na outra. Sabíamos que não éramos as grandes favoritas, mas que juntas podíamos fazer coisas incríveis. E é o que estamos fazendo. Saímos de situações muito difíceis juntas e assim que vamos conseguir ainda mais na semifinal. Estou muito orgulhosa de ter a oportunidade de jogar com um time tão confiante e vencedor”, destacou Gabi.

“A gente trabalhou muito, temos essa qualidade. Então, temos que enaltecer isso. Fiquei feliz porque vi o time junto, sem desistir em momento algum. Isso foi muito legal de sentir. Esse time tem força, não vai entregar fácil. É um time que luta e que faz do Brasil uma equipe competitiva. O pessoal sabe que sew deixar o Brasil crescer vai ter trabalho. Se a gente encontrar um pouco de força, vamos brigar. Tomara que tudo caminhe como está caminhando”, completou o técnico Zé Roberto Guimarães.

Velhos rivais

Vale lembrar que Brasil e Rússia tem longo histórico no vôlei feminino nos Jogos Olímpicos. Em Atenas 2004, as russas bateram a seleção feminina de virada, com direito a cinco match points salvos no quarto set, que era vencido pelo Brasil por 24 a 19.

No título do Brasil em Pequim 2008, não houve chance de revanche contra as russas. Em 2012, no entanto, a alma brasileira foi lavada. Após uma primeira fase complicada com direito a quase eliminação, o Brasil passou em quarto e enfrentou as rivais, vencendo por 3 sets a 2 em uma das partidas mais espetaculares da história olímpica. A partida fez a seleção embalar, bater o Japão na semifinal e os Estados Unidos na final para garantir o bicampeonato.

O jogo

Brasil e Rússia - Seleção feminina de vôlei feminino - Jogos Olímpicos de Tóquio
(Julio César Guimarães/COB)

O Brasil começou o jogo com Fê Garay, Tandara, Roberta, Gabi, Carol Gattaz, Carol e Camila Brait. Macris tem se recuperado da lesão no tornozelo e começou no banco. O Comitê Olímpico Russo, no entanto, saiu na frente de forma avassaladora e abriu boa vantagem por 5 a 1. Mesmo assim, o Brasil buscou. Fernanda Garay e Ana Carol eram as maiores pontuadoras do set. Zé Roberto colocou Macris em algumas oportunidades. O jogo era difícil e a Rússia se mantinha na frente. Com o set point para as adversárias, o Brasil marcou duas vezes, mas Goncharova atacou mais uma vez e fechou 25 a 23.

O segundo set começou com vantagem russa. Carol empatou e Gabi marcou o ponto que colocou o Brasil na frente no placar. O ataque russo, no entanto, passou pelo bloqueio triplo e abriu três de vantagem. Na força e vontade, o Brasil igualou e passou à dianteira. O jogo era difícil e disputado ponto a ponto. A comissão da CBV fez a função da torcida. Com Rosamaria e Gabi, o jogo foi pra sua igualdade: 1 a 1. Set com 25 a 21 para o Brasil.

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A terceira parcial começou com adversárias na frente. Fê Garay logo empatou. O jogo era repleto de rallys. A vantagem brasileira chegou a cinco pontos. O time se encontrou e vibrava muito com cada ponto conquistado. E o jogo era cheio dos bloqueios. Gattaz estava bem e foi a responsável por fechar o set para o Brasil com 25 a 19.

A Rússia voltou com vontade de jogo. A igualdade estava no placar até o quarto ponto. Gabi e Rosamaria marcaram e colocaram o Brasil na vantagem. Margem essa que foi crescendo conforme o set e passou para três pontos. A Rússia buscou e assumiu a dianteira com dois de vantagem. O que estava perto de fechar o jogo, virou uma chance de empate para as adversárias. Carol Gattaz e Gabi marcaram os pontos fundamentais para empatar no alto dos 17 a 17. Igualdade que se manteve. Decisão veio no final. Ponto de Rosamaria levou o Brasil ao match point. 25 a 22. Final 3 a 1 e vaga nas semis para o Brasil.

REVEJA – Brasil x Rússia pelas quartas de final do vôlei feminino nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020

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