Siga o OTD

Tóquio 2020

Rayssa Leal faz história e, aos 13 anos, conquista prata no skate street

Aos 13 anos, Rayssa Leal ganhou a prata do skate street e se tornou a mais jovem medalhista olímpica da história do esporte brasileiro

Rayssa Leal medalha de prata Jogos Olímpicos de Tóquio skate street
Breno Barros/Rede do Esporte

Rayssa Leal fez história só ao entrar na pista em Tóquio ao se tornar a mais jovem da história a representar o Brasil em Jogos Olímpicos. Mas isso não bastava para a maranhense de 13 anos, ela queria mais. Depois das eliminações das experientes Pamela Rosa e Letícia Bufoni, a garota era a única esperança do país na final olímpica do skate street feminino. E ela não decepcionou e conquistou a medalha de prata para o Brasil.

Com a conquista da medalha de prata, Rayssa Leal quebrou mais um recorde. Ela superou Rosangela Santos, que era a mais jovem medalhista da história do país ao ganhar o bronze em Pequim-2008 no revezamento 4×100 do atletismo aos 17 anos. “Não caiu a ficha ainda de poder representar bem o Brasil e ser a mais nova a ganhar uma medalha. Eu estou muito feliz e esse dia vai ficar marcado na história”, afirmou Rayssa.

Rayssa Leal medalha jogos olímpicos tóquio 2020
Breno Barros/Rede do Esporte

Faltou pouco para Rayssa Leal superar também o recorde de Gabriel Jesus, medalhista de ouro mais jovem da história ao ganhar o futebol masculino da Rio-2016 com 19 anos e três meses. Na final, a skatista liderou a competição até a penúltima rodada, quando foi ultrapassada por Momiji Nishya, do Japão.

Apesar da juventude, Rayssa Leal em nenhum momento sentiu a pressão de estar disputando uma competição olímpica. Muito pelo contrário! Parecia que ela estava andando de skate para brincar. “Eu tenho ao máximo me divertir porque eu tenho certeza que se divertindo as coisas fluem e acontecem naturalmente. Então, tem hora que eu danço, que é muito engraçado. Senão me engano, ontem a gente fez um tik tok, ficamos dançando, se divertindo e eu tento o máximo ficar mais leve e não pegar toda essa pressão”, explica.

A medalhista de ouro tem também de 13 anos, mas é cinco meses mais velha do que a brasileira. Na classificação final, ela somou 15,26 pontos, 0,62 a mais do que Rayssa Leal. Em terceiro lugar, Funa Nakayama, de 16, completou a dobradinha japonesa no pódio com 14,49.

+GUIA DOS JOGOS OLÍMPICOS DE TÓQUIO

QUALIFICAÇÃO

Os melhores desempenhos foram das japonesas Funa Nakayama e Momiji Nishiya, que fizeram 15,77 e 15,40. Apenas as duas terminaram a frente de Rayssa Leal, que ficou em terceiro. A holandesa Roos Zwetsloot ficou com a quarta vaga para a final, enquanto Aori Nishimura, do Japão, última campeã mundial, terminou em quinto. Completam a lista de classificadas: Wenhui Zeng, da China, Margielyn Didal, das Filipinas, e Alexis Sablone, dos Estados Unidos.

+ SIGA O OTD NO YOUTUBETWITTERINSTAGRAMTIK TOK E FACEBOOK

Mais experientes da equipe brasileira, Pamela Rosa e Letícia Bufoni tiveram desempenho abaixo do que era esperado. A maior nota de Pamela foi um 3,57, mas ela não teve a regularidade necessária para avançar. Já Letícia não passou de um 2,90, mas ainda assim terminou a frente da compatriota.

+ RECEBA NOTÍCIAS NO TELEGRAM OU PARTICIPE DO NOSSO GRUPO DO WHATSAPP

Pamela justificou o desempenho abaixo do esperado por conta de uma lesão do tornozelo, enquanto Letícia assumiu a culpa pela ausência na briga por medalhas.

“Mais uma vez enfrentei uma competição lesionada, mas essa lesão não me parou, fui até onde consegui !
Agradeço imensamente todas as energias positivas, toda torcida e todo o apoio”, escreveu Pamela Rosa nas redes sociais ao publicar a foto da lesão no tornozelo, que foi reproduzida nesta reportagem.

Já Letícia Bufoni se culpou pelo mau resultado por conta de um erro de cálculo. Na última manobra, ao invés de arriscar, ela fez o que achou que seria suficiente, mas acabou ficando de fora. “Infelizmente não deu para mim. Foi um erro de cálculo. Eu achei que a última manobra iria me levar para a final. Então, não quis arriscar muito, quis garantir só que acabou não sendo suficiente. Essa é a primeira vez na vida toda que eu não chego a final de uma competição. Ao mesmo tempo, o nível estava muito alto. Então, é aprender com os erros e melhorar para as próximas”.

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

Mais em Tóquio 2020