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Tóquio 2020

Após grande estreia, Bárbara foca no ouro olímpico em sua quarta tentativa

Nome fundamental na estreia da seleção brasileira feminina, goleira Bárbara disputa quarta Olimpíada com foco no ouro

(Sam Robles/CBF)

Em uma goleada, geralmente a goleira do time vencedor não é um dos grandes destaques da partida. Mas não foi o caso de Bárbara na estreia da seleção brasileira feminina nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, na vitória por 5 a 0 sobre a China. Se, numa beira do campo, a eficiência do ataque garantiu um placar elástico, a manutenção defensiva dessa marca imponente passou e muito pelas mãos da goleira do Brasil. 

Graças a Bárbara, a Seleção segue sem ter sido vazada em estreias olímpicas desde Sidney 2000. A seleção só tomou gols em Atlanta 1996, na primeira vez em que a modalidade foi disputada em Olimpíadas. Na ocasião, o Brasil empatou em 2 a 2 com a Noruega.

Feliz com sua atuação, a experiente goleira Bárbara sabe que há muito caminho a ser percorrido. Em sua quarta edição de Jogos Olímpicos, a arqueira espera fechar com chave de ouro um lindo ciclo com a seleção brasileira.

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“É minha quarta e última Olimpíada e espero que seja com a medalha de ouro. É muito difícil chegar até a seleção, mas permanecer é bem mais. Quem já passou por aqui e quem ainda está aqui sabe bem disso. A primeira luta é para estar aqui, e mais uma vez eu estou tendo essa oportunidade de disputar mais uma”, relembrou.

Goleira Bárbara participa da sua quarta edição de Jogos Olímpicos (Sam Robles/CBF)

A goleada trouxe um início arrasador tanto para Bárbara quanto para a seleção brasileira feminina em Tóquio. Apesar da experiência, a goleira se declarou renovada para o desafio de buscar uma medalha de ouro inédita no Japão, principalmente pelo trabalho da técnica Pia Sundhage.

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“No decorrer do tempo, a gente vai ganhando experiência. E, com esse novo trabalho que está sendo proposto, estamos renovadas. Acredito que a gente chega com uma metodologia totalmente diferente e tenho certeza que a gente vai em busca dessa medalha de ouro”, garantiu ela, que não poupou elogios a Pia.

Bárbara seleção feminina Jogos Olímpicos de Tóquio
Goleira teve um papel fundamental na estreia da seleção feminina diante da China (Sam Robles/CBF)

“As atletas já se conhecem, temos algumas meninas novas, com pouca experiência, mas um talento enorme, que vieram para agregar. Mas a Pia estar no comando hoje, modificando de forma tão profunda o trabalho que fazíamos, eu tenho certeza que é o nosso grande diferencial nessa Olimpíada”, disse.

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Para Tóquio, Bárbara levou na bagagem as alegrias e as lições que aprendeu nas outras três edições que disputou. Aos 33 anos, ela saboreia a oportunidade de alcançar o que sonha há tanto tempo na Seleção.

“Em 2008, entrei logo no primeiro jogo, quando a Andreia se machucou. Pude jogar, ir até a final e conquistar a medalha de prata. Lembro como se fosse hoje. E, nos últimos Jogos, em 2016, quando não conseguimos chegar à final… isso é uma parte dolorida para mim. Ficou um desejo, uma sensação de que podíamos mais, de que podíamos ter chegado à final, e isso deixa uma angústia no peito. Tem esses dois lados. Mas a lembrança que não é tão boa nos dá a oportunidade de retornar em busca daquilo que deixamos para trás”, concluiu.

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