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Tóquio 2020

Presente e futuro estão na equipe feminina de tênis de mesa em Tóquio

Caroline Kumahara, Giulia Takahashi e Bruna Takahashi estão na equipe feminina de tênis de mesa do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio

equipe feminina de tênis de mesa
Divulgação

Segundo o dicionário, a palavra presente é algo que “expressa o que existe ou acontece no momento em que se fala ou que está no tempo atual, assitindo a um acontecimento pessoalmente” e a definição de futuro é “que se prevê que venha a ter determinado estado ou qualidade num momento próximo”. Portanto, muitas vezes para se ter um é preciso perder o outro. Contudo, na equipe feminina de tênis de mesa do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio, presente e futuro coexistem no mesmo grupo.

-Seleção feminina testa variações contra estilos do jogo antes de Tóquio

Atualmente treinan no Rio de Janeiro, em uma das fases de preparação para a Olimpíada de Tóquio, Caroline Kumahara, Bruna Takahashi, que pertence ao Time Ajinomoto, e Giulia Takahashi. Apesar da pouca idade do trio, as atletas colocam nos treinamentos o presente e o futuro da equipe feminina de tênis de mesa. Mais experiente do trio, Kumahara, de 25 anos, terá em Tóquio sua terceira participação em Jogos Olímpicos.

“Em 2012 eu não tinha ideia do que estava fazendo, de onde estava, de nada. Em 2016 eu encarei como mais um campeonato que eu fui jogar e definitivamente Jogos Olímpicos não é assim. Essa será diferente por conta disso. Eu entendi o tamanho e o que representa uma Olimpíada. Cresci muito nesse sentido, consegui entender que a minha vida não era apenas ‘ir para os campeonatos, jogar e ganhar’, hoje eu entendo que tem muito mais”.

Caroline Kumahara - Aberto de Portugal
(Foto: ITTF)

“Minha rrmã é minha referência”

Aos 16 anos, Giulia Takahashi é a reserva da equipe feminina de tênis de mesa do Brasil em Tóquio. Destaque ao redor do mundo, ocupando o terceiro lugar no ranking mundial júnior e 35º no ranking mundial cadete, a jovem não esconde o que sente e em quem se espelha.

“Eu não consigo descrever o que eu estou sentido. Estou aprendendo muito aqui, com todos e está muito bom tudo. A gente se ajuda e acaba se motivando. Eu sempre me espelhei na minha irmã e em 2016 ela estava na Olimpíada com 15 anos. Vendo ela eu também coloquei na cabeça que queria ir para a Olimpíada com 15 e, graças a Covid-19 eu vou com 16. Espero aprender, melhorar e que em 2024 eu consiga ir para jogar em Paris”.

Giulia Takahashi, irmã de Bruna Takahashi, dona de quatro medalhas nos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019 e com participação nos Jogos Olímpicos Rio-2016, é uma das maiores esperanças do tênis de mesa do Brasil. Com 15 anos, a atleta chegou à seleção brasileira adulta e está na Missão Europa, programa elaborado pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil), treinando com as compatriotas e também com as atletas juvenis de Portugal
(ITTF/Divulgação)

Bruna Takahashi é a melhor brasileira do ranking mundial adulto, ocupando a posição 47, e diferente dos Jogos Olímpicos de 2016, em que jogou apenas na disputa por equipes, será a representante do Brasil nas disputas de simples e por equipes. Sobre a Olimpíada de Tóquio, Bruna é bem direta no comentário.

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“Não importa a minha posição no ranking na Olimpíada. Lá todas vão ser ótimas jogadoras. Não importa muito se é a melhor classificada ou a pior que está nos Jogos Olímpicos, por estar lá eu sei que é uma jogadora ótima e que eu vou ter que dar o meu máximo para conseguir o melhor possível en Tóquio”.

Uma aprende com a outra

Faltando cerca de um mês para o início das competições para a equipe feminina do tênis de mesa do Brasil, as atletas sabem que já estão na reta final da reta final da preparação olímpica. Depois de inúmeras horas de treinos e competições pelo mundo, Caroline Kumahara é a única que consegue definir o que o grupo de atletas foi durante todo o ciclo para o Japão. “Penso que somos a equipe mais unida do tênis de mesa feminino”.

E essa união se mostra de outas formas também. Apesar da diferença de idade, estilos de vida e de ser e formas encarar sua caminhada no esporte, Kumahara e as irmãs Takahashi não escondem o quanto aprendem uma com a outra no período em que estão juntas pela seleção brasileira de tênis de mesa.

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(Twitter/rfetm_tenismes)

“A Carol Kumahara me ensinou muito na parte de concentração e seriedade no jogo. De como encarar as adversárias, do estudo, essas coisas. A gente é bem diferente, mas ela me ensina muito nisso, nesse sentido”, comenta Giulia Takahashi.

“A Bruna me mostra todos os dias como ela tem sangue nos olhos para vencer. Eu sou competitiva, nós todas somos, mas a vontade que ela demonstra na partida é impressionante. Independente contra quem seja, ela vai para cima e busca um jeito de ganhar, é realmente muito bom isso e muito dela”, disse Carol Kumahara.

“A Giulia é o sorriso e a alegria da minha casa. Não importa o que esteve acontecendo, ela sempre vai estar com o sorriso no rosto e tentando fazer você sorrir. Ela acaba trazendo essa alegria, esse jeito de ser e faz você ficar mais feliz também”, falou Bruna Takahashi.

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