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Tóquio 2020

Tiffani Marinho e Lucas Carvalho se aproximam de vaga no 4×400 misto

Pelo Troféu Brasil de Atletismo, Tiffani Marinho e Lucas Carvalho venceram os 400 m e estão muito perto de integrar o revezamento 4×400 m misto

Tiffani Marinho é a esperança do futuro do revezamento 4x400 m do Brasil
(Wagner Carmo/CBAt)

A luta pelos índices olímpicos prosseguiu na tarde desta sexta-feira (11/6) na disputa do 40º Troféu Brasil Loterias Caixa de Atletismo, no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, na Vila Clementino, em São Paulo. E, mesmo não conseguindo as marcas mínimas nos 400 m, a carioca Tiffani Marinho (Orcampi-SP) e o paulista Lucas Carvalho (FECAM ASSERCAM-PR) têm bons motivos para comemorar: estão muito perto da vaga para integrar a equipe do revezamento 4×400 m misto em Tóquio.

Líder do Ranking Brasileiro de 2021, com 51.88 – o índice é 51.35 -, Tiffani Marinho venceu os 400 m, com 52.37. Ela tem a esperança de ainda conseguir a marca mínima. “Enquanto tiver tempo vou tentar. Tenho o plano A, que é o índice, e o B, que é entrar na Olimpíada por pontos na prova individual”, lembrou a corredora que integrou a equipe medalha de prata no Mundial de Revezamentos da Polônia, em maio. “De qualquer forma estou feliz com o tricampeonato brasileiro e com mais uma vitória nesta competição muito importante”, completou Tiffani Marinho de apenas 22 anos.

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Já nos 400 m masculino, depois de um início de temporada irregular – acabou ficando fora do Mundial da Silésia, na Polônia -, Lucas Carvalho venceu nesta sexta-feira com o tempo de 45.69, assumindo a liderança do Ranking Brasileiro, que era de Alison dos Santos, com 45.78. “Estou muito feliz com o meu quarto título e, principalmente com minha recuperação. Senti muita pressão no início do ano. Estava com muita vontade de correr bem e acabei errando às vezes”, lembrou o atleta de 27 anos. “Tenho esperança de entrar por pontos na Olimpíada e quero muito voltar ao 4×400 m misto”, disse o Lucas Carvalho que integrou a equipe finalista no Mundial de Doha-2019, quando assegurou a vaga olímpica do revezamento.

Lucas Carvalho é um dos nomes da equipe do revezamento 4x400 m do Brasil
Lucas Carvalho busca vaga no revezamento 4×400 m misto do Brasil (Wagner Carmo/CBAt)

Quem comemorou também a medalha de ouro foi o paranaense Alexsandro Melo, o Bolt, tricampeão do salto em distância. O atleta do CT Maranhão venceu com 8,02 m (0.3). “Estou feliz porque hoje fui melhor do que ontem”, resumiu o atleta, qualificado para a Olimpíada no salto triplo. “Estamos vivendo outro ano complicado, que afeta em nossa preparação”, comentou o saltador, que está entre os favoritos do triplo, prova em que conquistou o título sul-americano.

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Danylo Santos Martins (ACA-SC), que liderou boa parte da prova, acabou em segundo lugar, com 7,89 m (2.4). Em terceiro ficou Lucas Marcelino dos Santos (Pinheiros-SP), com 7,88 m (0.3).

O paulista Altobeli Santos da Silva (Pinheiros-SP), por exemplo, fez um esforço enorme na final dos 3.000 m com obstáculos, forçou o ritmo desde a largada e depois de sete voltas e meia na pista teve de se conformar com o tempo de 8:26.04, ficando perto da marca mínima exigida pela World Athletics, de 8:22.00.

Campeão dos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019 e do Sul-Americano de Guayaquil-2021, o atleta conseguiu o sexto título da competição. “Fiquei bem próximo do índice, mas faltou um pouco ali no final. Eu acreditava até a última volta que poderia correr a marca, mas infelizmente eu não consegui”, lembrou o finalista nos Jogos do Rio-2016. “E eu corri ‘sozinho’ e espero ainda ter oportunidade de competir e tentar fazer o tempo exigido”, completou o atleta que melhorou o seu recorde do Troféu Brasil, que era de 8:26.06 desde 2017.

Gleison da Silva Santos (ADECAI-PE) ficou em segundo lugar, com 9:01.69, seguido de Israel Tiago Pereira Mecabo (AACN-SC), com 9:03.84.

Na prova feminina, a paranaense Tatiane Raquel da Silva (IPEC-PR), também campeã sul-americana no Equador, confirmou o favoritismo e venceu com 9:42.49, novo recorde do torneio. O anterior era dela mesma com 9:49:22, desde 2016. Simone Ponte Ferraz (APA/SECEL-SC) terminou em segundo ugar, com 9:52.25, com Gabriela de Freitas Tardivo (IPEC-PR) em terceiro, com 10:39.22.

Já nos 800 m duas vitórias com sabores bem diferentes. Eduardo Ribeiro Moreira (Pinheiros-SP), de apenas 20 anos, pôde comemorar seu primeiro ouro no torneio, com 1:46.60. Dudu, como é chamado, é uma das revelações do meio-fundo brasileiro. “Fui vice-campeão no ano passado e agora consegui muito recorde pessoal novamente”, afirmou. “Foi uma prova muito acirrada e ainda tive de dar uma travada na chegada para não bater em outro atleta.”

Guilherme Kurtz (UCA-SC) levou a medalha de prata, com 1:46.61, e o bronze foi para Leonardo Santos de Jesus (Pinheiros-SP), qualificado para o Mundial Sub-20 de Nairóbi, no Quênia, em agosto. Thiago do Rosário André (CT Maranhão) terminou em sexto lugar, com 1:47.78. “Tentei correr para quebrar o recorde do torneio de 1:44.21. Saí forte, passei bem até os 600 m, mas aí senti o esforço”, lembrou o corredor, qualificado para os Jogos de Tóquio.

Na prova feminina, Flavia Maria de Lima (FECAM ASSERCAM-PR) chorou muito ao vencer, com 2:04.19. Medalha de bronze no Pan-Americano de Toronto-2015 e atleta olímpica no Rio-2016. “Tenho enfrentado muitas dificuldades desde que voltei da gravidez da Vitória, de 3 anos. Hoje, ela e meus pais estão isolados por causa da COVID”, disse. “Além disso, sempre estou preocupada com o meu treinador, o Luiz Alberto de Oliveira, que passa por momentos difíceis de saúde no Catar. Prometi para ele que ainda vou correr os 800 m em menos de 2 minutos.”

No salto com vara, prova que encerrou o segundo dia de competições, Juliana De Menis Campos (AABLU) venceu com 4,41 m, seguida por Isabel Demarco de Quados (Orcampi), com 4,05 m, e Ayla Sakamoto Silva (Pinheiros), com 3,95 m.

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