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Tóquio 2020

Felipe Wu tira peso dos ombros e vai tentar o “melhor possível” na Olimpíada

Depois de conseguir a classificação para a Olimpíada de forma quase inesperada, Felipe Wu vai à Tóquio sem meta definida: “Vou fazer o melhor possível”

Felipe Wu tiro esportivo
Divulgação

Felipe Wu vai disputar em Tóquio sua segunda Olimpíada. Se no Rio de Janeiro, onde conquistou a medalha de prata na pistola de ar 10 m, ele garantiu a vaga por antecipação porque era o líder do ranking mundial, a classificação para Tóquio veio quase que no apagar das luzes e, segundo ele, isso muda um pouco a forma como o atleta vai encarar os Jogos.

“Estou mais solto, mais relaxado, se existe relaxamento em algum tipo de atleta. Estar em uma Olimpíada é o grande objetivo para cada atleta. Diferente de 2016, dessa vez eu atiro só por mim. No Rio de Janeiro, por ser em casa, por ter a questão da liderança do ranking, eu atirava por muita coisa. Hoje, eu vejo a conquista da vaga mais minha, individualizada e agora eu atiro só por mim”, afirma o atirador.

Felipe Wu quer conseguir vaga para Tóquio "o quanto antes"
Felipe Wu conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos Rio-2016 na pistola de ar 10 m (Wander Roberto Exemplus COB)

A declaração de Felipe Wu tem a ver com o fato de que a conqusita da vaga para Tóquio era quase impossível e extremamente improvável, mas aconteceu. Após mais de um ano sem competições de grande porte, Felipe Wu foi basicamente para o tudo ou nada na etapa da Índia da Copa do Mundo de tiro esportivo. Então número 79 do ranking mundial, o brasileiro assume que não pensou no que precisava para se garantir na Olimpíada.

“Eu fui para tentar ir o mais longe possível. Sinceramente, fui para a competição sem nem ter ideia do que precisava para a vaga. Quando vi que estava na final, sabia que poderia conseguir, mas só mantive o pensamento de ir o mais longe possível e deu certo. Agora na Olimpíada de Tóquio o meu pensamento é ir fazer o melhor possível, sem meta, querendo o melhor possível”.

O caminho foi ficando difícil e a pandemia “ajudou”

Medalhista de prata na Rio 2016, Felipe Wu não teve um bom ciclo olímpico para Tóquio. Com diminuição do apoio e uma lesão no ombro, que o acompanhou na primeira parte dos quatro anos, o atirador caiu de rendimento e o sonho olímpico foi ficando mais longe. 

(Crédito: Saulo Cruz/COB)

Com dificuldades de repetir o rendimento do ciclo anterior, em que chegou na Rio 2016 liderando o ranking mundial de sua prova, Felipe Wu passou a ter “problemas”. Nas Américas, a melhor forma de se conquistar a vaga olímpica é através dos torneios continentais, o Pan-Americano de Tiro esportivo ou os Jogos Pan-Americanos, e Felipe não conseguiu competir nos dois. 

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Com a maré ruim e quase sem esperança, a pandemia da Covid-19 chegou e Felipe Wu aceitou. “Eu não estava bem, tinha o ombro ainda incomodando e resolvi me fechar. Fiquei no meu canto, recuperei, treinei da maneira que deu e foquei no que daria para ser feito e foquei nisso”. Deu tudo certo e o atirador vai a Tóquio em busca de seua segunda medalha olímpica.

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