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Tóquio 2020

COI estuda cenários e deixa decisões sobre Tóquio em aberto

Presidente falou sobre vacina e disse que haverá discussões imporantes sobre cenários para os Jogos nas próximas semanas, mas ainda é cedo para respostas concretas

Tóquio 2020 - COI - Thomas Bach - Jogos Olímpicos - Coronavírus
Tóquio-2020 está marcada para começar em 23 de julho de 2021 (Divulgação/COI)

A menos de um ano para o início dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, a situação do maior evento esportivo do mundo segue incerta. Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (9), o presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Thomas Bach, disse que a entidade acompanha de perto o desenrolar da pandemia de coronavírus, estudando vários cenários possíveis para a realização da Olimpíadas, mas sem data para decisões concretas.

No entanto, Bach afirmou que nas próximas semanas, o Comitê Executivo do COI, o Comitê Organizador de Tóquio-2020 e o governo japonês deverão ter importantes discussões sobre esses possíveis cenários.

“Nas próximas semanas, vocês verão importantes e intensas discussões sobre diferentes cenários sobre medidas contra o coronavírus. A situação do mundo muda dia a dia, e então temos que estar preparados para diferentes cenários, sem saber qual deles teremos no ano que vem. Mas não estou na posição de dar uma resposta concreta, porque não sabemos como o mundo vai estar amanhã. Como querem saber de nós como o mundo vai estar daqui um ano?”, perguntou Thomas Bach.

Sobre as declarações do vice-presidente do COI, John Coates, de que os Jogos Olímpicos irão acontecer com ou sem coronavírus, Bach se limitou a dizer que é preciso considerar o contexto em que ele disse isso e que Coates, “assim como todos do COI, está totalmente comprometido em realizar a Olimpíada em um ambiente seguro”.

Vacina e troca de experiências

Bach falou do compromisso do COI em realizar a Olimpíada da forma mais segura possível (Divulgação/COI)

O presidente do COI também falou que a entidade acompanha o progresso das vacinas ao redor do mundo, mas não condicionou os Jogos Olímpicos à ela. Além disso, reiterou várias vezes o compromisso de todos em realizar a Olimpíada de Tóquio de maneira segura para todos os envolvidos.

“Estamos acompanhando muito de perto o desenvolvimento da vacina, porque isso pode facilitar a preparação (para os Jogos). Não será a bala de prata, mas pode facilitar muito a organização dos Jogos e com sorte a dos torneios preparatórios para Tóquio-2020. Mas é muito cedo para dar uma resposta concreta sobre qual será o cenário final e o que faremos. Mas vamos continuar seguindo o princípio que guiou nossas decisões até aqui, de organizar os Jogos em um ambiente seguro para todos os envolvidos”.

Thomas Bach comentou ainda sobre as competições que aos poucos estão voltando a acontecer ao redor do mundo e disse que o COI tem mantido contato com os organizadores para trocar experiências. No entanto, ponderou mais uma vez que a situação de hoje não será a mesma em julho do ano que vem.

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“Estamos acompanhando o que tem acontecido nesses eventos esportivo se como estão sendo organizandos. Estamos em contato com vários deles para trocar informações e isso vai continuar. Mas só tenho certeza de uma coisa: o ambiente em julho, agosto de 2021 será diferente do de hoje, só não sabemos como. Você não pode automaticamente transferir essas experiências de hoje para a organização dos Jogos daqui um ano. Mas podemos estar otimistas de acordo com nossas informações e contato com especialistas”.

Entidades otimistas

Tóquio 2020
Tóquio-2020 foi adiado por causa da pandemia de coronavírus (Divulgação/COI)

Nesta semana, além do vice-presidente do COI, a ministra japonesa Seiko Hashimoto também ecoou o discurso. “Todos os envolvidos com os Jogos de Tóquio-2020 estão trabalhando juntos para se prepararem, e os atletas também estão fazendo esforços consideráveis para o ano que vem. Acho que temos que realizar os Jogos a qualquer preço. Quero concentrar todos os nossos esforços em medidas contra o coronavírus”.

CEO do Comitê Organizador, Toshiro Muto, também declarou que a vacina contra o coronavírus não é um pré-requisito para Tóquio-2020 acontecer. “O COI e a OMS (Organização Mundial da Saúde) já discutiram esse assunto. Não é uma condição para a entrega dos Jogos. A vacina não é um requisito”;

O dirigente japonês havia dito em junho que existia uma possibilidade dos Jogos de Tóquio-2020 ocorrerem no ano que vem com um público “limitado”. Mas evitou afirmar que poderia acontecer sem a presença de público. De qualquer forma, em agosto, os ingressos para a Olimpíada voltaram a ser comercializados para o público no exterior.

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