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Hirosaki permanece como base de aclimatação do judô paralímpico

Acordo com a cidade iria expirar após o encerramento da Paralimpíada, inicialmente agendada para acontecer este ano, mas adiada por conta da pandemia do novo coronavírus

Hirosaki seleção brasileira de judô paralímpico
Integrantes da seleção de judô paralímpico (divulgação/CBDV)

A seleção brasileira de judô paralímpico vai poder realizar períodos de treinamento na cidade japonesa de Hirosaki como forma de aclimatação para os Jogos de Tóquio, previstos para agosto de 2021.

A Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV) e a prefeitura local renovaram nesta segunda-feira (7) acordo que possibilita o período de aclimatação. Assinado em 2017, entendimento iria expirar após o encerramento da Paralimpíada, inicialmente agendada para acontecer este ano, mas adiada por conta da pandemia do novo coronavírus.

A seleção brasileira de judô paralímpico já esteve na cidade por três vezes. “Tive a oportunidade de participar dos treinamentos de 2017 e 2019. É muito importante esse intercâmbio, somos muito bem recebidos, temos um volume de treinos muito grande. E, além disso, estamos no país que é o berço do judô. Eu me sinto em casa”, ressalta a atleta Alana Maldonado, atual campeã mundial da categoria até 70 kg.

Hirosaki seleção brasileira de judô paralímpico
Acordo iria expirar ainda este ano (divulgação/CBDV)

Como forma de solidariedade aos brasileiros pelo momento de enfrentamento da pandemia, autoridades e estudante da cidade localizada a aproximadamente 700 km da capital Tóquio gravaram um vídeo com cartazes de “Força Brasil” e cânticos tradicionais.

“Quero saudar o prefeito Hiroshi Sakurada e o presidente da Federação de Judô, Kazuei Seino. É extremamente importante essa amizade entre Brasil e Hirosaki. Desde 2017, tivemos diversas fases de treinamento em um intercâmbio com muitos ganhos aos nossos atletas. Fico muito feliz que em 2021 essa parceria vai continuar”, disse o presidente da CBDV, José Antônio Freire, em vídeo enviado ao município asiático.

Vale destacar que a CBDV possui, além de Hirosaki, acordo nos mesmos moldes com outra cidade japonesa, Tono, para fases de treinamento da seleção de futebol de 5, tetracampeã paralímpica e única ganhadora dos Jogos até hoje.

Deficientes Visuais em Tóquio

Das modalidades paralímpicas ligadas à deficiência visual, geridas pela CBDV, apenas o judô paralímpico permanece com vagas em disputa para os Jogos. Antes da pandemia atingir o mundo havia duas etapas qualificatórias previstas que precisaram ser adiadas. Ao todo, 13 brasileiros tentam carimbar passaporte rumo ao Japão. O judô já garantiu ao Brasil 22 medalhas na história das Paralimpíadas.

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Já os esportes coletivos estão todos confirmados na capital japonesa. O futebol de 5 obteve sua classificação graças ao título mundial conquistado em 2018, na Espanha.

O goalball, por sua vez, confirmou participação com as duas seleções por conta das campanhas no Mundial da Suécia, em 2018. Os homens foram campeões e as mulheres ficaram com o bronze. A modalidade rendeu até hoje duas medalhas paralímpicas, ambas no masculino: bronze em 2016 e prata em 2012.

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