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Tóquio 2020

Disputa por equipes estreia em Tóquio e Brasil confia em medalha

Nos três mundiais disputados neste ciclo, a seleção brasileira subiu ao pódio duas vezes, com o segundo lugar, em 2017, e o terceiro, em 2019

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Os atletas brasileiros ganharam a medalha de prata no Mundial de judô de 2017 (Marina Mayorova/IJF)

O último dia de julho marcará, em 2021, o encerramento das competições de judô nos Jogos Olímpicos de Tóquio e a atração final será a inédita disputa por equipes mistas. Acostumados aos embates individuais, os atletas brasileiros terão de trabalhar em conjunto. No ciclo para a Olimpíada na capital japonesa, o Brasil entrou no tatame nesta categoria em três Campeonatos Mundiais e conquistou medalha em dois deles.

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O evento em grupo reunirá seis competidores de cada nação, sendo três homens e três mulheres. No feminino, os judocas são divididos em três categorias: até 57 kg, até 70 kg e +70kg. No masculino a divisão é similar: até 73 kg, até 90 kg e +90 kg. Depois dos Jogos Olímpicos Rio-2016, o Brasil competiu por equipes mistas nos Mundiais de 2017, em Budapeste, na Hungria, de 2018, em Baku, no Azerbaijão, e de 2019, em Tóquio, no Japão.

Medalha em Mundiais deste ciclo

O Brasil disputou a final em 2017 contra o Japão e ficou com a medalha de prata. Já em 2018, os judocas brasileiros não foram bem e acabaram em sétimo, com derrotas para a França, no Grupo C, e para a Alemanha, na repescagem. E, em 2019, a seleção brasileira recolocou seu quimono no pódio com a medalha de bronze. O Brasil avançou no Grupo B, mas perdeu do Japão na semifinal e ganhou o terceiro lugar batendo a Mongólia.

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O favorito ao ouro é o Japão. Além de competir em casa, a seleção japonesa foi a campeã dos três Mundiais desde ciclo. Os judocas nipônicos derrotaram o Brasil, em 2017, e a França tanto em 2018 quanto em 2019. Além das duas pratas, os franceses ganharam o bronze em 2017, ano em que a Coreia do Sul também ficou em terceiro. Em 2018, os sul-coreanos repetiram o bronze ao lado da Rússia, que também foi terceiro em 2019.

Posição dos técnicos

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O judô brasileiro ficou em sétimo lugar no Mundial de 2018 (Marina Mayorova/IJF)

“Nós temos boas chances de conquistar uma medalha nessa competição por equipes mistas, que será realizada pela primeira vez em uma Olimpíada. Acredito nisso devido às conquistas anteriores que o Brasil teve em disputas semelhantes. Já fomos vice-campeões Mundiais em Budapeste em final contra o Japão e, no ano passado, conquistamos a medalha de bronze em Tóquio”, disse Mario Tsutsui, técnico da seleção brasileira feminina de judô.

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“A equipe brasileira sempre tem mostrado um desempenho bom nas competições por equipes. Analisamos e avaliamos que a nossa equipe, além de ter atletas fortes em cada categoria, tem uma energia boa como equipe e é bem unida. E acredito que, se conseguirmos potencializar a força de cada um em força de equipe, nós teremos uma grande chance de subir no pódio”, declarou Yuko Fujii, técnica da seleção brasileira masculina de judô.

Disputa por equipes mistas tem segredo?

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Em 2019, o judô brasileiro ganhou a medalha de bronze no Mundial (Marina Mayorova/IJF)

Os dois treinadores foram questionados pela reportagem do Olimpíada Todo Dia se a categoria por equipes mistas tem algum segredo. Para Yuko Fuji, o caminho para o sucesso na briga por uma medalha passa pela união em vários aspectos. “Temos que trabalhar duro juntos, sofrer bastante juntos e ralar bastante juntos e assim nós conseguiremos fazer uma equipe sólida, e assim nós sorriremos juntos no pódio”, apontou a técnica.

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Já Mario Tsutsui destacou a importância de ter um grupo de disputa homogêneo. “O segredo é ter uma boa equipe e bem equilibrada para que possamos ter atletas nas categorias até 57 kg, até 70 kg e +70 kg no feminino e, no masculino, nas suas três categorias. O segredo é compor uma equipe com seis atletas nas suas respectivas categorias, pois isso dá maior segurança”, opinou o treinador.

Regulamento e desempate

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A disputa por equipes mistas estreia em Jogos Olímpicos na edição de Tóquio (Gabriel Sabau/IJF)

Na disputa individual, o judô manterá em Tóquio sete categorias tanto no masculino quanto no feminino, repetindo as outras edições dos Jogos Olímpicos. Cada país pode classificar, no máximo, um atleta por cada uma delas. E, para se qualificar, o judoca precisará estar inserido entre os 18 melhores do mundo.

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Como não existe uma classificação específica para as equipes mistas, a nação será representada por seis judocas que se garantirem na competição individual. Em caso de empate por três a três nos embates, a definição da seleção que avança para a fase seguinte será feita por um sorteio para que uma das categorias lute novamente para definir o classificado.

Possibilidades e estratégias

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O judô brasileiro tem boas condições de medalha em Toquio (Fawaz Alenezi/IJF)

Entre as mulheres, a categoria até 57 kg é a da brasileira Rafaela Silva, que ainda tem sua participação na Olimpíada pendente devido à suspensão por doping. É improvável, mas atletas das categorias individuais de até 48 kg e até 52 kg também podem disputar. Na primeira, Gabriela Chibana é a melhor ranqueada no momento. Já na segunda a melhor posicionada é a Larissa Pimenta.

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Já na categoria até 70 kg, a judoca Maria Portela lidera a corrida olímpica. Nesta categoria também pode competir as atletas até 63kg e, neste instante, Ketleyn Quadros é a melhor brasileira. Por fim, na +70 kg, o Brasil, com os dados de hoje, poderia escolher entre Mayra Aguiar (até 78 kg) e Maria Suelen Altheman (+ 78 kg).

Na disputa entre os homens, Eduardo Barbosa é o melhor brasileiro neste momento na categoria até 73 kg. Os competidores das categorias até 60 kg e até 66 kg também estão disponíveis e, se a Olimpíada fosse hoje, Eric Takabatake seria o qualificado da primeira e Daniel Cargnin da segunda.  

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Na categoria até 90 kg, o brasileiro melhor ranqueado é o Rafael Macedo, mas a comissão técnica também poderia recorrer ao atleta de até 81 kg que, neste instante, teria Eduardo Yudy Santos como possibilidade. Por fim, na categoria + 90 kg, teria como opções, neste momento, os atletas Rafael Buzacarini (até 100 kg) e Rafael Silva, o Baby (+ 100 kg).

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