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Assunção 2022

Ouros e pratas nos arcos recurvo e composto por equipes

Seleções masculina e feminina do recurvo conquistaram as duas medalhas de ouro em finais contra a Colômbia. Já os times do composto garantiram os segundos lugares

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Equipe campeã do arco recurvo feminino (Wander Roberto/COB)

O Brasil conquistou as medalhas de ouro no feminino e no masculino do tiro com arco recurvo por equipes dos Jogos Sul-Americanos de Assunção, no Paraguai. As duas competições foram nesta segunda-feira (3), no Centro Nacional de Tiro con Arco. Tanto Ana Clara Machado, Ane Marcelle dos Santos e Ana Luiza Caetano quanto Marcus D’Almeida, Matheus Quintanilha e Matheus Zwick Ely derrotaram a Colômbia por 5 a 3 nas respectivas finais. Os bronzes foram para chilenas e venezuelanos.

Um pouco mais tarde, no arco composto dos Jogos Sul-Americanos, foram duas medalhas de prata. No feminino, Alexandra Silva, Eiry Nisi e Larissa Oliveira perderam a final para a Colômbia por 236 a 216. No primeiro jogo, já válido pelas semifinais, elas derrotaram o Equador por 223 a 217. No masculino, a chave começou nas quartas onde Luccas Abreu, Rafael Kawakani e Roberval dos Santos derrotaram o Paraguai por 226 a 203. A seguir, um eletrizante 223 a 222 sobre a Argentina e, na final, derrota para a Colômbia por 232 a 227.

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Equipe campeã do arco recurvo masculino (Wander Roberto/COB)

+ confira o quadro de medalhas

Ouros no Recurvo

O torneio de tiro com arco recurvo feminino teve quatro seleções, começando pela semifinal. O Brasil derrotou o Chile por 6 a 0 em uma e a Colômbia fez o mesmo placar no Peru na outra. Na final, Ana Clara Machado, Ane Marcelle dos Santos e Ana Luiza Caetano venceram por 53 a 50 a primeira série contra Ana María Martínez, Mariana Quintana e Valentina Perez. A segunda deu Colômbia por 54 a 53 após revisão de um dos tiros colombianos.

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Revisão em campo

Na terceira série, a revisão também mexeu com o resultado. A Colômbia, sempre atirando primeiro, marcou 53 e, a seguir, o Brasil chegou no último tiro precisando de um dez para empatar. Ana Luiza, de apenas 19 anos, conseguiu. A seguir, houve duas conferências em tiros brasileiros. A primeira realocou um nove para dez, o que daria a vitória para o Brasil, porém o dez de Ana Luiza virou nove. Sendo assim, a terceira série ficou empatada em 53 a 53 e o jogo, em 3 a 3. Na quarta parcial, as brasileiras confirmaram o ouro com 54 a 52, fechando a final em 5 a 3.

Ana Luiza Caetano tiro com arco recurvo arco recurvo Jogos Sul-Americanos de Assunção 2022 medalha de ouro
Ana Luiza Caetano, jovem promessa do arco recurvo (Wander Roberto/COB)

“Foi muito importante, eu e a Ana nos tornamos bicampeãs, foi muito bom voltar quatro anos depois e sermos campeãs de novo. Começamos muito bem, a classificatória foi muito boa. Isso anima muito para o individual”, disse Ana Luiza, que atira na última posição e foi responsável pela flecha que garantiu a medalha de ouro. “Tem a pressão de ter que fazer alguma pontuação no fim, além da pressão do tempo, que posso ter que acelerar meu tiro. Para mim, essa é a graça. Atirar no começo ou no meio é mais monótono, atirar no fim me anima muito mais.”

Campanha masculina

O tiro com arco recurvo masculino por equipes foi com sete seleções. Marcus D’Almeida, Matheus Quintanilha e Matheus Zwick Ely venceram o Paraguai por 6 a 0 nas quartas de final e, na semi, repetiram o placar contra o Chile. Os colombianos, representados por Andres Solano, Daniel Osorio e Jorge Noreña, derrotaram Argentina e Venezuela por 5 a 4.

Marcus D'Almeida tiro com arco recurvo arco recurvo Jogos Sul-Americanos de Assunção 2022 medalha de ouro medalha de prata
Marcus D’Almeida, estrela do time masculino (Wander Roberto/COB)

Na disputa do ouro, o Brasil venceu a primeira rodada por 53 a 51 e fez 2 a 0 no duelo. O empate veio a seguir com os colombianos anotando dez pontos em cinco dos seis disparos para vencer por 58 a 54 e igualar a decisão em 2 a 2. A regularidade brasileira voltou a se impor na terceira série, vencida por 54 a 51 e levando o Brasil a fazer 4 a 2 na disputa. Na última, as duas equipes caíram produção e empataram em 49 a 49, fechando a decisão em 5 a 3 para o Brasil nos Jogos Sul-Americanos.

Marcus D’Almeida, destaque do time, destacou a importância de ganhar por equipes. “Os meninos são novos, estão chegando agora, e isso mostra a força que a gente tem. Começa com o Sul-americano, vamos subindo até chegar ao nível mundial. Subimos o primeiro degrau, que venha muito mais por aqui”, analisou , que projetou a disputa individual, marcada para esta terça-feira (4). “Espero que eu consiga atirar melhor do que estou atirando aqui até agora. Se eu conseguir isso, provavelmente eu saio com mais uma medalha.”

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e Santiago

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