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Tênis

Luisa Stefani conquista o título de duplas do WTA de Montreal

Luisa Stefani e Gabriela Dabrowski conquistam o título do WTA de Montreal e brasileira entra no top 20 do ranking mundial

Luisa Stefani e Gabriela Dabrovski - WTA de Montreal
(Pascal Ratthé / Tennis Canada)

 Após conquistar a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio, e ser vice-campeã do WTA de San Jose, Luisa Stefani conquistou o título do WTA de Montreal, no Canadá, neste domingo (15). Jogando ao lado da canadense Gabriela Dabrowski, a brasileira superou a eslovena Andreja Klepac e a croata Darija Jurak por 2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 6/4.

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Essa foi a segunda final nível WTA 1000 na carreira de Luisa Stefani e o primeiro título deste nível. No início do ano, a brasileira foi vice-campeã em Miami, nos EUA, ao lado da norte-americana Hayley Carter. Com o resultado, a brasileira entra do top 20 mundial, marca inédita para ela e qualquer tenista brasileira desde que o ranking da WTA foi criado em 1975.

O jogo

A partida começou com as duas duplas confirmando seus serviços e o placar ficou em 2 a 1 para Luisa Stefani e Gabriela Dabrowski. Na sequência, a dupla da tenista brasileira melhorou. Conseguindo definir bem os pontos fechando a rede, Stefani/Dabrowski conseguiu quebrar o serviço das adversárias e fechara a parcial em 6/3.

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Na segunda parcial, Luisa Stefani e Gabriela Dabrowski começaram jogando melhor e abriram 2 a 0. Na sequência, Andreja Klepac e a croata Darija Jurak seguiram errando e a diferença subiu para 3 a 0 no segundo set. Com a desvantagem no placar, Klepac e Jarak cresceram e encostaram fazendo 4 a 3. Contudo, no momento de definição, mais uma vez, Stefani cresceu na rede e fez o 5 a 3. Na reta final, a dupla da tenista brasileira só precisou confirmar o saque para fechar em 6/4 e conquistar o título com 2 sets a 0.

Luisa Stefani - Gabriela Dabrovski - WTA de Montreal - final - Top 20
Luisa Stefani alcançou o top 20 do mundo após o WTA de Montreal (Pascal Ratthé / Tennis Canada)

Fenômeno do tênis brasileiro

Luisa Stefani completou 24 anos na última segunda-feira (9). Ela começou a jogar tênis aos 10 anos em São Paulo, onde nasceu. Disputou as chaves principais dos quatro Grand Slams juvenis, atingindo as semifinais de duplas do US Open juvenil em 2015, quando chegou a 10ª. posição do ranking mundial juvenil. 

Foi para os Estados Unidos para estudar e jogar tênis. No circuito universitário jogou pela Pepperdine University, na Califórnia, e atingiu a segunda posição no ranking da ITA (Intercollegiate Tennis Association). Foi nomeada caloura do ano 2015 pela ITA, compilando uma campanha de 40 vitórias e apenas 6 derrotas. Entre 2015 e 2018, ainda no circuito universitário americano, dedicou-se parcialmente ao circuito profissional da ITF, o que não a impediu de conquistar 10 títulos e atingir outras cinco finais de duplas naquele circuito.

Optou por trancar a faculdade para disputar o circuito profissional integralmente a partir de meados de 2018. Ganhou destaque nas duplas e começou a colher resultados já em 2019, conquistando um título no WTA de Tashkent, no Uzbequistão, e o vice-campeonato em Seul, na Coréia do Sul, em outubro, com a então nova parceira, a norte-americana Hayley Carter, terminando o ano perto das 70 melhores do mundo.

Em 2020, conquistou o WTA 125 de Newport Beach, na Califórnia e chegou às oitavas de final do Australian Open. Após a quarentena, comemorou o título do WTA de Lexington, nos Estados Unidos. Terminou o ano como a 33ª do mundo, primeira brasileira no top 40 em mais de três décadas.

Começou 2021 com a final no WTA 500 de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, alcançando o top 30 – a primeira brasileira desde 1976 – e chegou à segunda decisão em Adelaide e à terceira em Miami, torneio da série WTA 1000.

O vice-campeonato em Miami permitiu que Luisa subisse para a 25ª posição no ranking, o melhor de uma brasileira na história desde que o ranking WTA foi criado em 1975. Em junho, ganhou mais duas posições e chegou ao 23º lugar. O vice-campeonato em San Jose, na Califórnia, na semana passada, ao lado da canadense Gabriela Dabrowski, garantiu a Luisa mais uma posição no ranking.

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