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Surfe

Brasil garante seis surfistas nas oitavas de final da Narrabeen Classic

Ítalo Ferreira, Filipe Toledo, Gabriel Medina, Jadson André, Caio Ibelli e Tatiana Weston-Webb já estão entre os 16 melhores e o país pode classificar mais três

Ítalo Ferreira - Surfe - Tour - WSL - Pipe Masters
(WSL/Damien Poullenot)

No primeiro dia com baterias eliminatórias na Narrabeen Classic, a terceira etapa do circuito mundial de surfe de 2021, o Brasil seguiu dominante. Dos 12 surfistas do país que caíram na água neste sábado (17), seis já conseguiram avançar de fase e o destaque ficou com o Ítalo Ferreira, que venceu Mick Fanning com dois aéreos. Única representante do país, Tatiana Weston-Webb está entre as 16 melhores no feminino.

Como ainda há quatro baterias por disputar no round 3 masculino, o Brasil pode classificar mais três atletas para as oitavas de final da etapa de Narrabeen classic, na Austrália.

Ítalo Ferreira voa para as oitavas

Em um dos duelos mais esperados do dia, Ítalo Ferreira teve o australiano Mick Fanning, que é tricampeão mundial, como oponente. Logo nos primeiros minutos, o surfista da Austrália conseguiu um 3.83. Como resposta, o brasileiro encaixou um aéreo e tirou um 6.50. 

Não feliz com uma manobra aérea, Ítalo encaixou outra em seguida e sua somatória subiu para 13.00 e, mesmo estando no começo da disputa, o brasileiro colocou Mick Fanning contra a parede. Na segunda metade da disputa, o australiano conseguiu um 5.50, colocando seu total em 9.33, mas foi só. Com isso, o atual campeão mundial e campeão da etapa de Newcastle Cup seguiu para as oitavas de final em Narrabeen Classic.

Filipe Toledo se garante entre os 16 melhores 

Abrindo o round 3 de Narrabeen Classic, Filipe Toledo enfrentou o australiano Mikey Wright. Mesmo com a pouca quantidade de ondas no começo da disputa, o brasileiro colocou seu surfe na água e abriu vantagem com uma somatória de 6.60, após mais de 10 minutos. 

(Ed Sloane / WSL)

Já perto da reta final, Filipinho conseguiu melhorar ainda mais seu total, ao tirar um 3.50 e chegar em uma somatória de 9.33. Como resposta, o australiano achou uma onda e conseguiu os primeiros pontos, com 4.33. Vendo o adversário encostar, o brasileiro trocou uma de suas notas e chegou a 9.63, colocando pressão em Wright. 

Nos últimos dois minutos, o surfista da Austrália teve a prioridade para buscar a virada, mas o mar não ajudou e Filipe Toledo se garantiu no round dos 16 melhores da etapa do Mundial de surfe. Na busca por uma das vagas nas quartas de final do Narrabeen Classic, Filipinho terá o português Frederico Morais. 

Gabriel Medina cresce durante a bateria e elimina surfista local

Bicampeão mundial, Gabriel Medina teve Dylan Moffat, da Austrália, como adversário no round 3 de Narrabeen Classic. Nos primeiros minutos, os dois surfistas fizeram um confronto equilibrado, com vantagem para Medina, com 6.50 contra 5.84. 

Na continuação, Moffat, que era o representante local, virou. Com um 4.90, o australiano chegou em 8.67 e empurrou Gabriel para o segundo lugar. Como resposta, Medina foi construindo novas notas e com um 5.27 chegou a 10.10 e voltou a liderar. 

Gabriel Medina 1
– WSL / CAIT MIERS

Na reta final, a diferença aumentou ainda mais. Com um 5.90 na última onda da bateria, Gabriel Medina foi a 11.17 e se garantiu entre os 16.

Caio Ibelli consegue a vaga na última onda

Vindo da repescagem, Caio Ibelli teve Seth Moniz, dos Estados Unidos, como oponente. Embalado pela vitória no começo do dia, Ibelli foi com tudo e abriu 7.30 contra 3.50 do havaiano. Após alguns minutos sem onda, o americano encostou na disputa. 

Com uma pequena série de manobras, Seth conseguiu um 3.77 dos árbitros e elevou sua somatória para 6.57. Já na reta final, os dois surfistas conseguiram duas boas notas e a liderança passou para o atleta do Havaí. 

Caio Ibelli Mundial de Surfe
– WSL / RYAN JANSSENS

Após perder a ponta de maneira momentânea, Seth Moniz tirou um 5.83, chegou a 9.60 e voltou a liderança. Dentro dos últimos dois minutos, Caio Ibelli achou a melhor onda da bateria. Com uma série de duas manobras, o brasileiro fez 6.57, alcançou um total de 11.17 e avançou na etapa do Mundial de surfe. 

Com o avanço de Caio Ibelli em Narrabeen Classic, o Brasil já garantiu ao menos um representante nas quartas de final. Isso porque nas oitavas, Ibelli medirá forças contra Gabriel Medina. 

Jadson André elimina australiano e segue vivo

Em mais um duelo entre Brasil e Austrália, Jadson André e Jack Freestone se enfrentaram por uma das vagas nas oitavas de final. Nos primeiros minutos do confronto, o brasileiro foi melhor e com um 6,33 tomou o primeiro posto da bateria. 

Atrás no confronto, Jack apostou na quantidade, nos primeiros minutos, e chegou a 4.76. Na continuação, Jadson André surfou uma segunda onda, tirou 0.77 e chegou 7.10, aumentando a vantagem. Próximo da metade do confronto, o australiano virou.

Com um 4.67, Jack Freestone chegou a 7.50 e assumiu a liderança. Contudo, foi por pouco tempo. Com duas ondas seguidas, Jadson chegou em 9.76 e empurrou o australiano para o segundo posto. Na reta final da bateria, os dois atletas passaram a conseguir notas. 

Jadson André Narrabeen Classic
– WSL / DAMIEN POULLENOT

Neste momento do confronto, Jadson André aumentou seu total, chegando a 11.66, e Jack Fresstone colocou sua somatória em 10.07. Nos minutos finais, o australiano chegou a ter a prioridade e conseguiu uma onda, mas não melhorou seu resultado e o brasileiro seguiu para a próxima fase do mundial de surfe.

No round dos 16 melhores surfistas de Narrabeen Classic, Jadson André medirá forças contra Ethan Ewing, mais um australiano.

Nas últimas quatro baterias pelo round 3 masculino, o Brasil ainda conta com a participação de Alex Ribeiro, Adriano de Souza, Peterson Crisanto e Yago Dora, que se enfrentam na fase em questão. Com isso, o país pode garantir mais três vagas entre os 16 melhores surfistas de Narrabeen Classic.

Tatiana Weston-Webb avança por 0.02 e está nas oitavas

Única representante do país na chave feminina, Tatiana Weston-Webb teve as australianas Tyler Wright e Laura Enever como as adversárias. Após uma bateria ruim, em que sofreu e ficou na terceira colocação durante a maior parte do tempo, a brasileira conseguiu a virada no placar e avançou para as oitavas de final. 

Tatiana Weston Webb
– WSL / KURT STEINMETZ

Com uma série de manobras, a brasileira teve a melhor nota da bateria, com 5.93, e ficou na segunda colocação, com 8.96. Consistente durante todo o tempo, Tyler Wright venceu a bateria e avançou com 9.10. Já Laura Enever foi eliminada ao terminar com 8.94. Com isso, Tatiana Weston-Webb se garantiu nas oitavas, onde terá Nikki Van Dijk, da Austrália.

Eliminações

Deivid Silva cai para Kanoa Igarashi

Fechando o dia de baterias em Narrabeen Classic, Deivid Silva enfrentou Kanoa Igarashi, do Japão. Após alguns minutos sem ação na disputa, a organização determinou um recomeço da Bateria e o japonês foi melhor. Com uma série de manobras em uma grande onda, Kanoa abriu sua participação com um 6.33. Como resposta, o brasileiro encontrou uma série de manobras, em uma onda menor e teve 5.50, que fez seu total subir para 6.23 e ficar vivo no confronto.

Vendo Devid crescer, Igarashi subiu seu total para 10.16 e jogou a pressão para o surfista do Brasil. Contudo, mais uma vez a resposta veio e com um 5.70, Deivid Silva assumiu a liderança da bateria pela primeira vez, com cerca de 20 minutos para o fim.

Deivid Silva foi o quinto na última etapa do Mundial de Surfe
(Photo by Cait Miers/World Surf League via Getty Images)

Próximo da metade da bateria, Kanoa Igarashi fez duas manobras na mesma onda e saiu com um 5.10 e voltou a liderar, agora com um total de 11.43. Por conta da quantidade de ondas, Deivid Silva não conseguiu uma resposta rápida, como nos momentos anteriores, e ficou em dificuldades na etapa do Mundial de Surfe.

Mesmo sem a prioridade, Kanoa passou a arriscar mais e colocou seu total em 11.46, dificultando ainda mais a situação do brasileiro na luta por uma das vagas nas oitavas de final em Narrabeen Classic. Nos minutos finais, o mar não ajudou Deivid e o surfista do Brasil acabou eliminado da terceira etapa do Mundial de Surfe.

Miguel Pupo é eliminado por John John Florence

O confronto mais difícil para o Brasil era o de Miguel Pupo. No round 3, o brasileiro teve como oponente o bicampeão mundial John John Florence, do Havaí. Tentando se colocar bem na disputa, Pupo já abriu a bateria com duas ondas, totalizando 3.37. 

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Atrás do placar, John John Florence conseguiu surfar suas duas primeiras ondas e chegou em 2.53. Na continuação da disputa, Miguel subiu seu total para 4.57 e o americano deu a resposta. Com duas boas ondas seguidas, John John assumiu a liderança com 11.10 e colocou o brasileiro em uma situação complicada. 

Muito atrás da disputa, Miguel achou uma onda, conseguiu uma série de manobras e aumentou sua somatória para 7.23, com pouco mais de sete minutos para o fim. Quando o relógio ainda tinha cerca de 120 segundos para o fim, Pupo conseguiu um pequeno aéreo, melhorou seu total para 9.56 mas não foi o suficente para a virada e o brasileiro foi eliminado no round 3.

Como foi a repescagem masculina

Na terceira bateria da repescagem, Caio Ibelli teve Mike Wright, da Austrália, e Matthew McGillivray, da África do Sul, como adversários. Na disputa, os primeiros 15 minutos foram quase sem nenhuma onda, com somente o representante australiano conseguindo manobras e liderando a disputa com 6.27.

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Com a vantagem  de Wright, Caio Ibelli e Matthew McGillivray foram para cima. Com uma onda para cada, os dois surfistas encostaram no australiano, com o brasileiro fazendo um 6.00 e o sul-africano 4.33. Com os oponentes se aproximando, Mike aumentou sua somatória, chegando a 8.04.

Já na reta final da bateria, o brasileiro cresceu. Com uma boa série de manobras, Caio Ibelli tirou um 3.97 e assumiu a liderança para 9.97 pontos. Já dentro dos 10 minutos finais, Mike encostou no total de Caio, com uma somatória de 9.94, e complicou a vida de Matthew, que acabou eliminado da etapa do Mundial de surfe. 

Alex Ribeiro se garante nos 32 melhores

Na última bateria da repescagem masculina, Alex Ribeiro duelo contra Conner Coffin, dos Estados Unidos, e o australiano Adrian Buchan. Nos primeiros 15 minutos, o brasileiro se saiu melhor e assumiu a ponta com 5.50. 

No embalo do brasileiro, Coffin também conseguiu uma boa série de manobras e encostou no total de Alex. Com isso, o surfista do Brasil trocou uma de suas notas e colocou sua somatória em 8.33. Da mesma maneira, o americano também alterou uma de suas notas e chegou em 8.00, deixando Adrian Buchan em terceiro, com 5.20. 

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Na reta final da bateria, somente o brasileiro aumentou ainda mais sua somatória e seguiu como campeão da disputa. Coffin se manteve no segundo posto e Adrian Buchan ficou em terceiro, sendo eliminado.

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