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Tóquio 2020

Confiante, revezamento 4×400 m misto faz sua estreia em Tóquio

Equipe garantiu qualificação olímpica no Mundial de Doha, em 2019, e como prova nova tem espaço para evoluir

Revezamento 4 x 400 m misto no Mundial de Atletismo de Doha (Wagner do Carmo/CBAt)
Revezamento 4 x 400 m misto no Mundial de Atletismo de Doha (Wagner do Carmo/CBAt)

O revezamento 4×400 m misto vai estrear no programa olímpico nos Jogos de Tóquio 2020. O Brasil já está qualificado para a competição, após disputar a final do Campeonato Mundial Atletismo de Doha, em setembro. Antes, o grupo fez a primeira prova na categoria adulta no Mundial de Revezamentos de Yokohama, em maio de 2019.

A equipe no Japão no revezamento 4×400 m misto foi formada por Lucas Carvalho, Tiffani Marinho, Cristiane Silva e Alexander Russo e terminou em sexto lugar, com 3:20.71. No Catar, o quarteto teve Lucas, Tiffani, Geisa Coutinho e Alexander na final, completando a prova na oitava colocação, com 3:16.22. Na qualificação, com Anderson Henriques no lugar de Alexander, o grupo bateu o recorde sul-americano, com 3:16.22.

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“Mesmo com as dificuldades da pandemia, espero muito fazer parte da equipe do revezamento 4×400 m misto em Tóquio. Vou tentar a quarta e última Olimpíada de minha carreira”, disse Geisa Coutinho. “Fui ao Mundial de Yokohama, onde me machuquei, e depois ajudei a equipe a se classificar para os Jogos em Doha”.

Em busca da vaga

Geisa é um exemplo de dedicação ao esporte. Tanto que chega aos 40 anos competitiva, tendo ganhado em fevereiro a medalha de bronze nos 400 m do Sul-Americano Indoor de Cochabamba, na Bolívia. “Só peço a Deus que os Jogos de Tóquio não sejam cancelados por causa da doença. Vou fazer a minha parte e treinar muito. Estou bem, me cuidando e na luta”, comentou a atleta do Pinheiros, nove vezes campeã individual do Troféu Brasil de Atletismo.

Na quarentena, Geisa tem adaptado os treinos em casa. “Não estou saindo para correr na rua e sigo os cuidados recomendados. Temos de esperar tudo passar porque agora as coisas estão confusas”, afirmou a atleta olímpica em Atenas-2004, Londres-2012 e Rio-2016, que tem o tempo de 51.08 como recorde pessoal.

O paulista Lucas Carvalho, de 26 anos, também tem grandes objetivos para 2020-2021. “Quero correr os 400 m abaixo dos 45 segundos e, com certeza, participar de mais uma final do revezamento 4×400 m misto e quem sabe pegar uma medalha na Olimpíada. Acho que temos grandes chances de ganhar uma medalha”, comentou.

Lucas Carvalho é um dos nomes da equipe do revezamento 4x400 m do Brasil
Lucas Carvalho é um dos nomes da equipe do revezamento 4×400 m do Brasil
(Wagner Carmo/CBAt)

Líder do Ranking Brasileiro de 2020 (45.60) e segundo colocado de 2019 (45.69), o bicampeão do Troféu Brasil tem 45.37 como melhor marca da carreira. “Estou treinando como posso em casa e às vezes consigo ir a uma academia”.

Anderson Henriques, Alexander Russo, Tiffani Marinho e Cristiane Silva estão também na luta para integrar a equipe olímpica. Anderson, de 28 anos, é o atleta mais experiente e o único que correu os 400 m em menos de 45 segundos: 44.95 no Mundial de Moscou-2013. Já Tiffani, de 21 anos, é a grande esperança da especialidade.

Tiffani Marinho é a esperança do futuro do revezamento 4x400 m do Brasil
Tiffani Marinho é a esperança do futuro do revezamento 4×400 m do Brasil
(Wagner Carmo/CBAt)

Neste primeiro semestre de 2020, os campings de treinamento previstos pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e Comitê Olímpico do Brasil (COB) foram suspensos por causa da pandemia global. Evandro Lazari, o treinador do revezamento 4×400 m misto nos dois mundiais do ano passado, aguarda a situação melhorar. “Não temos nenhum planejamento pronto por agora. Entendo que o momento é o de repensar tudo e esperar as definições”.

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