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FIVB retira sede da VNL, mas mantém Mundial na Rússia

Brasil jogaria quatro partidas em Ufa pela Liga das Nações (VNL) e nova sede ainda foi anunciada. FIVB mantém mundial masculino na Rússia.

FIVB retira sede russa da Liga das Nações (VNL), mas mantém provisoriamente a Rússia como sede do Mundial
Divulgação/FIVB

No terceiro dia de invasão russa ao território da Ucrânia, a Rússia começa a sentir mais efeitos no campo esportivo. A Federação Internacional de Vôlei (FIVB) anunciou neste sábado (26) a retirada da Rússia como sede de duas rodadas da Liga das Nações de Vôlei (VNL). A cidade de Ufa receberia quatro jogos do Brasil na VNL entre 29 de junho e 3 de julho.

Porém, a federação comandada pelo brasileiro Ary Graça manteve por enquanto o Mundial masculino, programado para o segundo semestre de 2022. O comunicado da organização diz que a “FIVB continuará a monitorar de perto a situação e decidirá sobre outros eventos agendados para a Rússia”.

– Confira a tabela da Liga das Nações de vôlei

A manutenção do Mundial programado para disputar entre 26 de agosto e 11 de setembro, foi criticada por muitos jogadores e técnicos, como os brasileiros Bruninho e Leal, o polonês Michal Kubiak, o argentino Facundo Conte e o francês Earvin N’Gapeth.

A FIVB ainda diz que está em contato com vários de seus “stakeholders”, incluindo as Federações Nacionais, e comunica uma “preocupação excessiva pelo povo da Ucrânia”. A nova sede das partidas da Liga das Nações (VNL) ainda não foi divulgada

Ekaterina Gamova, uma das embaixadoras do Mundial, postou em seu Instagram que a invasão da Ucrânia é uma “página vergonhosa” na história russa. Bicampeã mundial em 2006 e 2010 e medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Sidney 2000 e Atenas 2004, ela repostou na tarde deste sábado um “apelo das ONGs russas para encerrar a guerra”.

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A federação também resolveu mudar o sorteio do Mundial Feminino que acontecerá na Holanda e Polônia. Originalmente marcado para Varsóvia, na Polônia, agora será na sede da FIVB em Lausanne, na Suíça, de forma virtual com todas equipes podendo assistir ao vivo. A nova data ainda não foi anunciada.

Outra organização que está sendo criticada por uma suposta leniência diante da invasão da Rússia é a Confederação Europeia, que anunciou neste sábado que clubes russos perderam os mandatos ao longo da temporada em torneios continentais, como a Champions League.

+ COI condena invasão da Rússia na Ucrânia e atletas olímpicos se manifestam

A Confederação de Vôlei da Polônia respondeu dizendo que seus times não jogarão contra adversários russos, conforme anunciado pelo Webvôlei. O polonês Zaksa Kędzierzyn-Koźle tem confronto programado contra o Dínamo Moscou pelas quartas de final da Liga dos Campeões.

“Por conta da invasão à Ucrânia, nós nos parece possível realizar uma disputa esportiva contra times da Rússia e de outros países que apoiam as agressões do Kremlin. Nossa posição é baseada em questões morais e também na preocupação com os atletas poloneses. Nós não ficaremos calados diante das agressões sem precedentes às quais a Ucrânia foi vítima. Queremos ressaltar também que não apontamos os atletas russos como responsáveis pelas ações dos seus governantes, mas não podemos ficar indiferentes diante das vítimas dos conflitos. Ficaremos juntos dos nossos amigos ucranianos”, diz a nota assinada por Sebastian Swiderski, ex-jogador e atual presidente da Federação da Polônia.

Interessado em cinema, esporte, estudos queer e viagens. Se juntar tudo isso melhor ainda. Mestrando em Estudos Olímpicos na IOA. Estive em Tóquio 2020.

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