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Pequim 2022

Guia do esqui cross-country nos Jogos Paralímpicos de Inverno

Guia especial sobre a disputa do paraesqui cross-country nos Jogos Paralímpicos de Inverno de Pequim 2022

Cristian Ribera Paraesqui cross-country Jogos Paralímpicos Pequim-2022
Cristian Ribera é aposta do Brasil no paraesqui cross-country (Marcio Rodrigues/CPB)

Guia do paraesqui cross-country nos Jogos Paralímpicos de Inverno

O paraesqui cross-country é um dos esportes “fundadores” dos Jogos Paralímpicos de Inverno e está presente desde a primeira edição, em 1976, na cidade de Örnsköldsvik, na Suécia. Desde o início é praticado por homens e mulheres com algum tipo de deficiência física ou visual. Entretanto, portadores de cadeira de rodas só passaram a competir na modalidade a partir da segunda edição, em 1980.

A lógica é a mesma do esqui cross-country olímpico com provas de velocidade. Os atletas largam e percorrem um trajeto que combina subidas, descidas e trechos planos. O vencedor é aquele que completar esse percurso no menor tempo possível.

As disputas

Ao todo, são três provas individuais para todas as categorias: sprint, com classificatória e baterias eliminatórias, média distância e longa distância para ambos os gêneros. Elas também são divididas de acordo com a técnica de esqui (estilo livre ou clássico) para deficientes visuais e amputados nos membros superiores.

Nos Jogos Paralímpicos de 2022, apenas a longa distância será na técnica clássica.  Além disso, o paraesqui cross-country conta com dois revezamentos 4 x 2,5km para todas as classes. O de gênero misto, como o próprio nome sugere, possui homens e mulheres. Além disso, há o aberto, em que a delegação pode inscrever quatro atletas de qualquer categoria.

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Local de competição

As provas acontecerão no Centro Nacional de Biatlo no resort de esqui Hualindong, em Zhangjiakou. O local foi reformado e adaptado para abrigar competições dos Jogos Paralímpicos de Inverno de 2022. A primeira prova em Pequim vai ser a longa distância para cadeirantes (18km masculino, 15km feminino) no dia 5 de março, a partir das 23h no horário de Brasília.

As categorias

Ao todo, o esporte possui três categorias distintas para disputa de medalhas nos Jogos Paralímpicos de Inverno. A categoria sitting engloba atletas cadeirantes ou amputados nos membros inferiores. No standing são competidores com problemas nos membros superiores (braços). Além disso, o Visually Impaired é destinado a pessoas com alguma deficiência visual.

Dentro dessas categorias, os atletas também recebem classificações diferentes de acordo com seu grau de deficiência. Entretanto, eles competem juntos na categoria do paraesqui cross-country e a classificação serve para definir a diferença de tempo de acordo com um cálculo matemático definido pelo Comitê Paralímpico Internacional.

Por exemplo, a categoria LW12 no sitting, com menor grau de deficiência, considera o tempo total do atleta. Já na categoria LW10, contabiliza apenas 86% do tempo total da prova do competidor.

Fique de Olho!

Da mesma forma que nos Jogos Olímpicos, a Noruega e a Finlândia são os países que dominam a modalidade nos Jogos Paralímpicos de Inverno. Ambos lideram o quadro de medalhas em todas as categorias. O Comitê Olímpico Russo, os Estados Unidos e Canadá também possuem destaque. Na categoria dos brasileiros, atenção redobrada para a estadunidense Oksana Masters entre as mulheres e o russo Ivan Golubkov entre os homens.

O Brasil no Paraesqui cross-country

O paraesqui cross-country é um dos dois esportes paralímpicos de inverno trabalhados pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e a Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN). As primeiras atividades começaram em 2013 com Fernando Aranha. Mesmo com pouco tempo de adaptação, ele atingiu a pontuação necessária e garantiu a classificação aos Jogos Paralímpicos de Sochi, em 2014.

Desde então, a modalidade foi evoluindo com a adoção do rollerski no treinamento. Nos Jogos Paralímpicos de 2018, o Brasil classificou sua primeira mulher, Aline Rocha, e obteve seu melhor resultado nos esportes de inverno com a sexta colocação de Cristian Ribera na prova de longa distância para cadeirantes.

Em 2022, Cristian e Aline novamente estarão presentes, mas eles não estão sozinhos. Graças ao desempenho do país nas competições internacionais, o Brasil conseguiu mais três vagas masculinas. Robelson Lula, Wesley dos Santos e Guilherme Rocha, todos na categoria sitting, completam a lista da equipe brasileira em Pequim. A perspectiva é a melhor possível, com briga de medalha tanto entre os homens quanto entre as mulheres

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