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Pequim 2022

Manex Silva termina em 90º nos 15km clássico do cross-country

Brasileiro, que não é especialista na técnica clássica, não impõe bom ritmo, mas termina a sua terceira prova nos Jogos Olímpicos de Pequim 2022

Manex Silva 15km clássico Pequim 2022
Manex Silva durante disputa dos 15km estilo clássico do esqui cross-country em Pequim (Alexandre Castello Branco/COB)

Mesmo sem ser especialista em técnica clássica, o brasileiro Manex Silva queria dar o melhor de si na prova dos 15km nesse estilo nos Jogos Olímpicos de Pequim 2022. Se por um lado ele realmente entregou tudo o que tinha a oferecer, por outro a posição final não foi a posição final esperada pelo atleta.

No total, o representante brasileiro terminou na 90ª colocação dentre os 97 competidores que largaram na prova. Ele alcançou o tempo total de 50min35seg1 e 267.38 pontos FIS – o recorde do Brasil em Jogos Olímpicos no distance é 238.02 pontos FIS, de Leandro Ribela em 2010.

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“Nessa temporada não estou competitivo em provas de distance. Mas estava animado para essa prova e tentar dar o meu melhor. O circuito é muito duro e o estilo clássico não é meu forte. Infelizmente eu ‘morri’ e não consegui dar o meu melhor”, explicou Manex Silva na zona mista após a prova.

A vitória foi do finlandês Iivo Niskanen, com 37min54seg8. Ele imprimiu um ritmo forte em toda a prova e conquistou sua segunda medalha em Pequim 2022 – foi bronze no Skiatlo 15+15km. Já o russo Alexander Bolshunov ficou com a medalha de prata e o norueguês Johannes Klaebo completou o pódio.

Esta foi a segunda medalha de Niskanen em Pequim-2022 e seu terceiro ouro olímpico. Ele também venceu a largada em massa 50km clássico em PyeongChang-2018 e o sprint por equipes clássico em Sochi-2014.

Essa foi a terceira prova de Manex Silva nos Jogos Olímpicos de Pequim 2022. Anteriormente, ele competiu no Skiatlo 15+15km (onde tomou volta e foi eliminado) e no Sprint Livre (conquistando o melhor resultado do país na história). Sua despedida vai ser na prova dos 50km em técnica livre e largada em massa no dia 19, às 3h da madrugada no Brasil (14h no horário local).

Pista mais ‘dura’ está exigindo capacidade física dos atletas

Entretanto, o traçado da pista de esqui cross-country nos Jogos Olímpicos de Pequim 2022 é a principal reclamação dos atletas de diversas nacionalidades. Os longos trechos em aclive, com pouco espaço para descidas e a combinação de neve totalmente artificial estão exigindo da capacidade física dos atletas.

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“A pista realmente está muito dura. É normal ser dura em Copas do Mundo, Mundiais e Jogos Olímpicos, mas aqui está bem mais”, afirmou Manex Silva. Isso obriga os atletas a dosarem a força nos trajetos, remodelando o planejamento para conseguir o melhor desempenho possível.

O brasileiro já havia reclamado disso na prova do Skiatlo 15+15km. Na ocasião, ele começou em alta velocidade, mas não conseguiu manter o ritmo e foi ultrapassado pelos líderes. Jaqueline Mourão e Eduarda Ribera, em outras ocasiões, também apontaram essa dificuldade extra.

Manex Silva torcida Jaqueline Mourão e Eduarda Ribera
Companheiras de seleção, Jaqueline Mourão e Eduarda Ribera dão apoio a Manex nos 15km clássico (Alexandre Castello Branco/COB)

Manex Silva almeja voos maiores nos próximos anos

Com Manex Silva, pela primeira vez o Brasil obteve o índice A olímpico no esqui cross-country. Dessa forma, o atleta pôde disputar todas as modalidades individuais do programa olímpico, incluindo o Skiatlo e a prova de 50km de largada em massa, formatos que o jovem brasileiro não está acostumado.

Apesar de estar gostando da experiência olímpica, o jovem atleta de 19 anos sonha com voos maiores daqui quatro anos. Mais do que participar das provas, ele quer competir na parte de cima da classificação, com países bem mais desenvolvidos no esqui cross-country.

“É bonito estar aqui, é uma boa experiência, você conhece pessoas novas e se motiva com gente muito boa. Mas eu ainda sinto que não é o meu lugar, não estou no nível desses caras. Nos próximos anos gostaria de estar perto dos primeiros e disputar mais com eles”, finaliza o brasileiro.

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