Saint-Denis – Jane Karla chegou a Paris para disputar sua terceira Paralimpíada no tiro com arco. Como nas outras edições, ela carrega o peso de ser o principal nome do Brasil na busca pela medalha inédita na modalidade. Em entrevista exclusiva ao OTD concedida neste sábado (24), ela mostrou confiança de que pode chegar ao pódio após os resultados históricos obtidos em 2023.
A goiana de 49 anos conquistou a primeira medalha individual para o Brasil em mundiais, ao ficar com o bronze em Pilsen, na República Tcheca. A arqueira ainda obteve duas pratas: nas duplas femininas, com Helena de Moraes, e no composto open misto, em parceria com Reinaldo Charão, que também está em Paris.
“Pelo trabalho que eu venho fazendo, pelas conquistas que eu tive nesse ciclo, me dá uma base de que eu estou entre elas (favoritas). Sei que eu tenho condição de trazer o resultado”, enalteceu.
Logo após o resultado em Pilsen, Jane liderou o ranking mundial de maneira provisória. Agora, ela está na segunda colocação. Neste ciclo, Jane também conquistou o ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023 no individual e nas duplas, além do bronze no time misto.
A atleta da classe Open, para quem tem deficiência em membros superiores ou inferiores, também foi campeã do Parapan de Toronto 2015. Já em Paralimpíadas, o melhor resultado foi o quinto lugar individual na Rio 2016.
Embora esteja empolgada, Jane não transforma o fato de ser favorita em pressão. “O tiro com arco é um esporte muito do momento. Então, você tem que estar preparado para tudo. Pode ser um vento muito forte, alguma coisa diferenciada, você tem que estar muito forte mentalmente para que consiga lidar bem com isso”, explicou.
A arqueira realizou neste sábado o primeiro treinamento no local oficial da prova, montado na Esplanada dos Inválidos. “Eu vi a prova olímpica, é basicamente o mesmo local onde a gente vai competir. É muito bonito, mas também tem muito vento”, analisou.
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Emoção de novata
A atleta, que treina em Portugal, vai disputar a quinta Paralimpíada, sendo a terceira no tiro com arco. As duas primeiras edições em que esteve presente foram pelo tênis de mesa. Mesmo com tanta experiência, Jane ainda sente a emoção de uma novata. “Já teve gente que me perguntou: ‘Jane, para você, você nem sente nada?’. Mas eu estou com o coração acelerado só de estar na Vila (Paralímpica). Cada lugar em que você entra é uma novidade. Eu estou adorando”.
A equipe brasileira de tiro com arco será representada por outros quatro arqueiros além de Jane. São eles: Juliana Silva, Luciano Rezende, Reinaldo Charão e Eugênio Franco, o atleta mais velho de toda a delegação do Brasil, com 64 anos.
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