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Seleção paralímpica encerra período de treinos na altitude

Edilene Boaventura, Júlio César Agripino, Yagonny Sousa e Yeltsin Jacques treinaram por um mês em cidade no sul de Minas Gerais

Seleção brasileira de atletismo
Os atletas participaram deste treinamento em altitude por 30 dias (Divulgação CPB)

O treinamento em altitude da seleção brasileira de atletismo paralímpico terminou nesta terça-feira (15). Quatro corredores que disputam provas de média e longa distância ficaram concentrados por um mês na cidade de Senador Amaral, no sul de Minas Gerais, para realizar essa parte da preparação para os Jogos de Tóquio, que ocorrerão em agosto de 2021.   

Senador Amaral está a 1.560m do nível do mar, cerca de 800 m mais alto que São Paulo, sede do Centro de Treinamento Paralímpico. Ao correr em locais com maior altitude, os atletas sentem mais dificuldades pois o corpo não está adaptado com a menor concentração de oxigênio no ar.  

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“O CPB montou toda uma estrutura para a gente treinar na pousada. Então, no salão de eventos colocaram os equipamentos para fazermos o trabalho de soltura e musculação, além de ter um massoterapeuta para dar todo o suporte necessário. Só saímos para treinar. Lá tinha uma estrada de terra muito bonita e boa para treino de altitude, com subidas e descidas”, relatou Yeltsin Jacques, que foi ouro nos 1.500m e bronze nos 5.000m da classe T12 (atletas com baixa visão) nos Jogos Parapan-americanos de Lima 2019. 

Júlio César Agripino, ouro no Mundial de Atletismo Paralmípico de Dubai
Júlio César Agripino no Mundial de 2019 (Ale Cabral/CPB)

“Durante a pandemia, nós ficamos muito tempo só treinando em casa. Eu tenho uma esteira e comprei alguns outros equipamentos para ajudar. Já tinha voltado a treinar na rua, porém, só estava treinando em baixa altitude e no asfalto, que causa grande impacto no corpo. Esse percurso em Senador Amaral foi muito bom por ser estrada de terra, o que dá um descanso. No começo, eu não senti muito, mas com o tempo veio a exaustão da altitude que exige mais do corpo. Fez muito bem para a nossa preparação”, comentou Júlio César Agripino, campeão dos 1.500m da classe T11 (atletas cegos) no Mundial de Atletismo em Dubai 2019.  

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A razão da ida

Geralmente, a equipe costumava ir à Colômbia para realizar este tipo de treino a mais de 2.600 m de altura. Mas, por conta da pandemia de Covid-19, a comissão técnica escolheu uma cidade brasileira em que os atletas poderiam realizar os treinos em altitude e seguir o protocolo de segurança para preservar a saúde de todos os participantes.  

Edilene Boaventura e Yagonny Sousa, dois técnicos, um massoterapeuta e quatro atletas-guias acompanharam o grupo para assegurar a qualidade e segurança dos treinos.  

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